6.ª edição do GUIdance / CCVF

Fevereiro é sinónimo de GUIdance – Festival Internacional de Dança Contemporânea, em Guimarães, que, pelo 6.º ano consecutivo, volta a marcar o calendário cultural de inverno, no país.

Nesta 6.ª edição, em 9 peças que compõem o programa, há duas estreias absolutas: “Se alguma vez precisares da minha vida, vem e toma-a” de Victor Hugo Pontes (4 de fevereiro, Centro Cultural Vila Flor – CCVF) e “Maremoto” de Miguel Moreira, Útero (6 de fevereiro, CCVF).

Há duas peças que constituem recriações de duas obras, ambas inicialmente estreadas em 2002 e que são significativas como iniciáticas de identidades dos seus criadores: o português Miguel Moreira na sua relação em movimento entre a dança e o teatro, com “Parede” (10 de fevereiro, Plataforma das Artes e da Criatividade) e “Kaash” de Akram Khan (peça emblemática, recriada com novo elenco mais de uma década depois e que reafirma o diálogo da dança com outras artes, neste caso revisitando esse ato gerador de uma identidade que uniu um trio então apresentado como representantes de uma nova geração de artistas britânicos-asiáticos: o escultor Anish Kapoor e o músico Nitin Sawhney). Acrescentemos ainda “Hyperfruit” de Ludvig Daae (6 de fevereiro, Plataforma das Artes e da Criatividade), “Je danse parce que je me méfie des mots” de Kaori Ito (dia 12, Centro Cultural Vila Flor) e “Golden Hours (as you like it)” de Rosas, Anne Teresa de Keersmaeker (dia 13 de fevereiro, Centro Cultural Vila Flor). Por fim, nesta lista de espetáculos a não perder, o GUIdance apresenta ainda duas peças de referência do repertório de criadores nacionais, “Hu(r)mano”, obra de 2014 de Marco da Silva Ferreira (5 de fevereiro, Centro Cultural Vila Flor) e “Nevoeiro”, obra de 2013 de Luís Guerra (dia 13 de fevereiro, Plataforma das Artes e da Criatividade).

O GUIdance é já “um elemento identitário de uma visão coletiva e comunitária que se expressa através das artes, consolidando a mundividência de um território urbano a viver o presente, mas em permanente preparação do seu futuro. Nesta era, a da imagem, o corpo coloca-se cada vez mais no centro enquanto veículo de todas manifestações vitais. Quer no domínio existencial, das artes ou até mesma na ocupação do espaço público. É portanto um assunto que a todos nós diz respeito. Algo intrínseco. Uma área de interesse comum que deve carregar o fascínio de uma descoberta permanente“.

Para a 6ª edição, mantêm-se as condições fundamentais como as estreias absolutas e nacionais, a presença de criadores consagrados e outros mais jovens, também eles nacionais e internacionais, a componente formativa, a relação com as escolas e com a comunidade artística e a abertura à participação do público nas várias atividades paralelas. Tudo isto faz do GUIdance um festival de referência.

A edição de 2016 do GUIdance tem na base a ideia forte e clara que orientou o pensamento programático deste ano: um festival de diálogos, com a dança contemporânea na sua mais completa relação com as outras artes. Estão presentes quatro pontos cardeais para incendiar criativamente as nove peças do programa deste ano: teatro, música, literatura e artes visuais, onde se inclui a fotografia. No programa encontrará Tchekhov, Mapplethorpe, Anish Kapoor, Nitin Sawhney, Brian Eno, Shakespeare, entre outros. E claro, em primeiro plano, grandes criadores deste nosso tempo. Vai ficar em casa?

À semelhança das edições anteriores do festival, o GUIdance inclui atividades paralelas que possibilitam a bailarinos e alunos de dança uma dimensão mais participativa através da frequência de masterclasses. Este ano, as masterclasses serão orientadas por Victor Hugo Pontes (05 de fevereiro) e pela Akram Khan Company (10 de fevereiro). As inscrições para as masterclasses podem ser efetuadas através do formulário disponível no site do CCVF.

Os bilhetes para o GUIdance 2016 já se encontram à venda, podendo ser adquiridos nas bilheteiras do Centro Cultural Vila Flor e da Plataforma das Artes e da Criatividade, Lojas Fnac e El Corte Inglés, entidades aderentes da Bilheteira Online, e via online no site CCVF. Um festival a não perder, em GUImarães! •

+ CCVF
© Imagem: pormenor do cartaz de divulgação.

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