Criado em 2011, pela Fundação Cupertino Miranda, o Festival Internacional da Polifonia Portuguesa ruma este ano para a sua 6.ª edição com um alinhamento que merece toda a sua atenção para descobrir ou aprofundar o seu conhecimento na música erudita.
Tendo como premissa clara a divulgação da música polifónica dos século XVI e XVII, o Festival viaja além da música e toma o seu tempo para, também, dar a descobrir a história e arquitetura dos espaços por onde este passa, com ligações intrínsecas ao período do Barroco. Não se limitando a um único palco, o Festival Internacional da Polifonia Portuguesa tem rumado a palcos singulares em cidades como Amarante – na Igreja de São Gonçalo -, Braga – na Basílica do Bom Jesus, Igreja de São Vitor, Catedral de Santa Maria/ Sé e Igreja do Mosteiro de Tibães -, Coimbra – na Igreja de Santa Cruz, Porto – na Igreja de São Francisco e Igreja de São Lourenço/ Grilos -, Vila Nova de Famalicão – na Igreja do Mosteiro de Landim -, Ponte de Lima – na Igreja da Misericórdia, , Santiago de Compostela – na San Martín Pinario -, Viana do Castelo – na Igreja de São Domingos) entre outras mais que foram palco deste Festival tão singular.
Nesta nova edição as eleitas para receber estas sonoridades são: Amarante (Igreja de São Gonçalo), Braga (Basílica do Bom Jesus), Coimbra (Igreja de Santa Cruz), Guimarães (Igreja de São Francisco), Porto (Igreja de São Lourenço – Grilos), Vila Nova de Famalicão (Mosteiro de Santa Maria de Landim) que acolhem mais uma vez o Festival. E, às desejadas repetentes cidades, juntar-se-ão duas estreantes neste festival – Aveiro (Museu de Aveiro- Igreja de Jesus) e Arouca (Mosteiro de Santa Maria de Arouca).
No programa, alinham-se sempre concertos, visitas guiadas, seminários, provas de vinho e sermões do Padre António Vieira conseguindo assim uma programação completa de promoção da cultura nacional, desconhecida por uns, esquecida por outros e, claro, estimada por mais. Mais do que um festival de música é um festival que visa mostrar os sons e a época que abraçam os mesmos. A cada edição do Festival é publicado um livro bilingue, em português e inglês, que representa um importante registo que fica de cada Festival, sendo já uma referência para estudiosos da música polifónica portuguesa e da arquitetura barroca, um livro obrigatório para aprofundar o seu conhecimento.
Em 2016, para marcar os 450 anos do nascimento de Manuel Cardoso, há todo um programa especial dedicado a este grande músico português, interpretado pela Cappella Musical Cupertino de Miranda (CMCM) e pelos organistas Claudio Astronio e Andrés Cea Galán.
Para melhor lhe dar a conhecer outros mundos sonoros da nossa cultural, a Mutante está a preparar-vos uma entrevista com a Cappella Musical Cupertino Miranda que irá ser publicada na próxima semana, mesmo antes do arranque do festival. Para já, deixamos o programa da 6.ª edição para ir reservando os dias na sua agenda – asseguramos que é um festival a não perder (mesmo para quem não tem no estilo uma queda):
30/06 – 21h00 Visita Guiada; 21h30 Concerto CMCM / Mosteiro de Santa Maria de Landim, Vila Nova de Famalicão.
01/07 – 14h30 Seminário; 18h00 Visita Guiada; 18h30 Concerto CMCM com organista Claudio Astronio
/ Mosteiro de Santa Cruz, Coimbra.
02 /07 – 21h00 Visita Guiada; 21h30 Concerto CMCM com organista Claudio Astronio / Basílica do Bom Jesus, Braga.
03 /07 – 18h00 Visita Guiada; 18h30 Concerto CMCM / Mosteiro de Santa Maria de Arouca.
07/07 – 21h00 Visita Guiada; 21h30 Concerto CMCM / Igreja de São Francisco, Guimarães.
08/07 – 13h30 Sermão Padre António Vieira, por Luís Miguel Cintra; 15h30 Sermão Padre António Vieira, por Luís Miguel Cintra / Torre dos Clérigos (Frente à Torre), Porto.
08/07 – 18h00 Visita Guiada; 18h30 Concerto CMCM com organista Andrés Cea Galán / Igreja de São Lourenço (Grilos), Porto.
09/07 – 21h30 Visita Guiada; 22h00 Concerto CMCM com organista Andrés Cea Galán / Igreja de São Gonçalo, Amarante.
10/07 – 22h00 Concerto CMCM com organista Andrés Cea Galán; 19h00 Concerto CMCM / Igreja de Jesus – Museu de Aveiro.
Tome nota dos dias, reserve na sua agenda e deixe-se levar por sonoridades que, tantas vezes, não são tão ouvidas e são tão preciosas para o hoje e o amanhã. Festival Internacional da Polifonia Portuguesa para descobrir ou continuar a ouvir, a ir. •
+ Festival Internacional da Polifonia Portuguesa
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