O ciclo “Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie” está de volta ao Palácio Nacional de Queluz para a sua bem-vinda terceira edição. Durante o mês de outubro, que começa já este sábado, ao longo de nove concertos, as “Noites de Queluz” propõem uma viagem pela música erudita que se ouviu na Europa entre o Barroco e o Romantismo.
Organizado em parceria com o Divino Sospiro – Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal, o ciclo tem a direção artística de Massimo Mazzeo e conta com a participação de muitos dos mais conceituados intérpretes europeus especializados na música desta época. Noites absolutamente imperdíveis se for amante pleno da arte que é a música.

© Palácio Nacional de Queluz, PSML – Wilson Pereira
“Este ciclo de música, na terceira edição, é uma pequena contribuição, uma luz aparentemente escondida que atravessa a cortina, onde a interpretação de grandes obras da cultura ocidental é complementada com a apresentação moderna de mais uma obra recuperada do património musical associado ao Palácio de Queluz: a serenata “L’Endimione” de N. Jommelli”, sublinha Massimo Mazzeo.
O concerto de abertura, “Uma serenata redesperta para a vida”, tem lugar já no dia 01 de outubro, pelas 21h30, na Sala do Trono, e celebra o Dia Internacional da Música precisamente com a estreia moderna mundial da serenata “L’Endimione”, de Niccolò Jommelli, sobre libreto de Pietro Metastasio. A obra, ouvida em Queluz em 1780, regressa agora ao Palácio com Lucia Napoli (mezzosoprano), Milena Georgieva (soprano), Bárbara Barradas (soprano), Margarida Pinheiro (soprano) e o Divino Sospiro, sob a direção musical de Massimo Mazzeo. Sábado, uma estreia de luxo.
Já no dia 08 de outubro, Vittorio Ghielmi, um dos maiores intérpretes atuais de viola da gamba (instrumento com sonoridade superlativa), e Florian Birsak (pianoforte) apresentam o concerto “O crepúsculo da viola da gamba”, às 21h30, na Sala da Música, com a interpretação de obras de Carl Friedrich Abel, Johann Christian Bach, Andreas Lidl, Muzio Clementi e Carl Philipp Emanuel Bach. No dia 14 de outubro, às 21h30, na Sala da Música, tem lugar o concerto “Dois grandes e um pequeno mestre”, pelo agrupamento alemão Compagnia di Punto que interpreta obras de Antonio Rosetti, Franz Joseph Haydn e Wolfgang Amadeus Mozart.

© Milena Georgieva
Rogério Rodrigues, um jovem português radicado na Holanda, especialista em pianos históricos, apresenta a 15 de outubro, às 21h30, na Sala da Música, o recital “Dois virtuoses do pianoforte e um lusitano em Paris”, com obras de Mozart, Muzio Clementi e João Domingos Bomtempo. O italiano Giuliano Carmignola, um dos grandes violinistas da atualidade, é o protagonista do fim-de-semana que se inicia a 20 de outubro, pelas 21h30, na Sala do Trono. Com a Accademia dell’Annunciata (orquestra) e Riccardo Doni (cravo e direção musical), Carmignola apresenta o concerto “Um virtuose italiano na Inglaterra georgiana”, com obras de Johann Christian Bach, Carl Philipp Emanuel Bach, Felice Giardini e Carl Friedrich Abel. No dia 22, o violinista regressa à Sala do Trono, às 21h30, para “Um serão com Beethoven”, acompanhado pela Accademia dell’Annunciata e pelo Divino Sospiro e sob a direção musical de Massimo Mazzeo. Como o nome do concerto sugere, o programa é preenchido com obras de Beethoven: imperdível!
A 21 de outubro, às 21h30, na Sala do Trono, Gabriela Canavilhas (piano) e o Concerto Moderno (orquestra), com direção de César Viana, apresentam o concerto-palestra extraordinário “Um compositor português no tempo de Napoleão”, dedicado a João Domingos Bomtempo. “Um passeio pelo Classicismo europeu” é a proposta para o concerto da noite de 28 de outubro, na Sala da Música, pelas 21h30. O Helianthus Ensemble – composto por Laura Pontecorvo (flauta), Iskrena Yordanova (violino), Marco Ceccato (violoncelo) e Guido Morini (cravo) – interpretará obras de Tommaso Giordani, Giovanni Battista Costanzi, Joseph Haydn, Franz Danzi e Mozart.

© Divino Sospiro
O concerto de encerramento do ciclo de Queluz, “Três trios da trindade vienense”, tem lugar a 29 de outubro, às 21h30, na Sala da Música. Federica Valli (pianoforte), Stefano Barneschi (violino) e Paolo Beschi (violoncelo) formam o trio La Gaia Scienza, que apresenta obras de Joseph Haydn, Mozart e Beethoven. Um ciclo de música de excelência, em Queluz. Para facilitar as notas na sua agenda, eis a suma do que acima apresentámos:
01/10, 21h30 – “Uma serenata redesperta para a vida”, Sala do Trono.
Lucia Napoli (mezzosoprano), Milena Georgieva (soprano), Bárbara Barradas (soprano), Margarida Pinheiro (soprano), Divino Sospiro (orquestra), Massimo Mazzeo (direção musical).
08/10, 21h30 – “O crepúsculo da viola da gamba”, Sala da Música.
Vittorio Ghielmi (viola da gamba), Florian Birsak (pianoforte).
14/10, 21h30 – “Dois grandes e um pequeno mestre”, Sala da Música.
Compagnia di Punto/ Christian Binde (trompa e direção).
15/10, 21h30 – “Dois virtuoses do pianoforte e um lusitano em Paris”, Sala da Música.
Rogério Rodrigues (pianoforte).
20/10, 21h30 – “Um virtuose italiano na Inglaterra georgiana”, Sala do Trono.
Giuliano Carmignola (violino), Accademia dell’Annunciata (orquestra), Riccardo Doni (cravo e direção musical).
21/10, 21h30 – “Um compositor português no tempo de Napoleão”, Sala do Trono.
Gabriela Canavilhas (piano), Concerto Moderno (ensemble de cordas), César Viana (direção).
22/10, 21h30 – “Um serão com Beethoven”, Sala do Trono.
Giuliano Carmignola (violino), Accademia dell’Annunciata + Divino Sospiro (orquestra), solista), Massimo Mazzeo (direção musical).
28/10, 21h30 – “Um passeio pelo Classicismo europeu”, Sala da Música.
Helianthus Ensemble/ Guido Morini (cravo e direção).
29/10, 21h30 – “Três trios da trindade vienense”, Sala da Música.
La Gaia Scienza (trio com piano).

© Sala do Trono – Palácio Nacional de Queluz, PSML – Wilson Pereira
“O Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal, com sede nas instalações do Palácio Nacional de Queluz, tem como objetivo principal a promoção e divulgação do património musical associado ao Palácio de Queluz, no qual a música ocupou desde sempre um papel central, e onde foram apresentadas dezenas de serenatas e óperas“. Ali, são realizados, nas salas do Palácio, concertos, eventos, conferências, simpósios e colóquios, assim como masterclasses e outras iniciativas que se propõem estudar e recuperar o tempo e a tradição de grandes acontecimentos musicais da época da permanência da Família Real no Palácio de Queluz, contribuindo em simultâneo para a fruição pública de uma programação musical de qualidade e para a afirmação do Palácio como referência incontornável da nossa herança cultural. Todo um projeto de louvar e estimar pela importância na construção da história.
Embarque nesta viagem pela música erudita, em outubro, num dos belos Palácios Nacionais… Queluz. •
+ “Noites de Queluz – Tempestade e Galenterie”
+ Divino Sospiro
© Fotografia de destaque: Pormenor do cartaz de divulgação.
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