Na música a semana começa com os ouvidos postos na Gulbenkian. Os músicos de vanguarda Wang Li e Wu Wei ressuscitam instrumentos musicais antigos no álbum “As estações harmónicas” para criar uma música surpreendente, inovadora e livre, música com que prometem preencher o espaço, em Lisboa.
Nascido na China e a residir, agora, em Paris, o músico Wang Li passou quatro anos da sua vida num mosteiro francês, onde desfrutou de uma serenidade ímpar e profunda que naturalmente influenciaria para sempre a sua música. Wu Wei, também chinês mas residente na marcante cidade de Berlim, é considerado um mestre avant-garde do sheng, tendo tocado com orquestras de renome internacional, como a Filarmónica de Berlim ou a Filarmónica de Los Angeles sob a direção do maestro Gustavo Dudamel.
Juntos, estes dois intrépidos artistas vão levá-lo a embarcar em meditações improvisadas que exploram as nuances dos seus instrumentos. Os sons do berimbau e da flauta calabash e o ambiente expansivo do sheng são acompanhados por respirações circulares e cantos vindos da garganta – vocalizações -, uma música drone pontuada por ritmos e sons que o vão surpreender e abrir as portas a uma experiência futurista e que se crê profundamente meditativa.
O álbum “As estações harmónicas” foi lançado em junho de 2016 pela editora discográfica Harmonia Mundi e agora chega aos palcos nacionais para lhe dar uma viagem singular a mundos sonoros menos comuns. Dia 28 de janeiro, pelas 21h00, no Grande Auditório da Gulbenkian, alinha? •