Como vai o cinema

Foi apresentado, na semana passada, na Cinemateca Portuguesa, a obra “Empatia e alteridade – A figuração cinematográfica como jogo”, que se debruça sobre a temática da figuração cinematográfica.

“A presente investigação ocupa-se da figuração cinematográfica. Contrapondo-a ao conceito de imagem, hoje tão difundido quanto degradado, desde logo se pretende restabelecer o sentido desse ato, questionando a analogia entre o figurado e a figura e a razão por que só o vivido e experienciado pode ser compreendido.”

José Bogalheiro escrevia assim no início do resumo da sua tese de doutoramento, em 2011. Editado pela Documenta, esta obra é uma reflexão sobre o atual estado do cinema em Portugal, sobre a forma como as imagens nos dominam, nos viciam e, eventualmente, nos degradam, como indivíduos.

Diretor do Departamento de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema, onde é professor desde 1981, José Bogalheiro descreve o percurso de uma geração do cinema no nosso país, à qual ficou ligado de vários modos, incluindo como realizador e produtor – neste caso na Trópico Filmes, onde nasceram filmes, como “Uma rapariga no verão”, de Vítor Gonçalves (1986), “O sangue”, de Pedro Costa (1989) e a  Nuvem”, de Ana Luísa Guimarães (1992). •

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