De 5 a 13 de julho, o Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema está em alta, com a apresentação de um total de 224 filmes, dos quais 63 são portugueses; 76 sessões de cinema; cinco concertos; oito festas; e um olhar especial sobre o futebol.
Curta metragem de Matt Devide, intitulada “Panyfee FC” (2011)
Porque o Campeonato do Mundo – ou Copa Brasil, se assim quiserem – está a dominar as atenções de milhares todos os dias, a 22.ª edição do Curtas Vila do Conde entra nesta festa da bola com o cinema, em “Fora de Jogo!”, a categoria que inclui sessões de curtas e longas metragens, de Jacques Tati, Corneliu Porumboiu e Miguel Gomes, entre outros; os filmes concerto incluem dois espetáculos centrados no futebol; as sessões de abertura e de encerramento contam com a exibição de jornais que abordam o papel do futebol nos meados do século XX. E nem mesmo o Rio Ave Futebol Clube fica de fora, associando-se a este programa especial, apoiando a exposição “Sport grounds and stadiums”, do fotógrafo austríaco Josef Dabernig, que integra o estádio do Rio Ave FC à sua coleção, patente no Teatro Municipal durante o evento.
Imagem do filme “Night moves” (2013), de Kelly Reichardt
Outro dos destaques do Curtas Vila do Conde é a retrospetiva “In Focus”, da americana Kelly Reichardt, autora de um cinema “minimalista”, desde o inicial “River of grass” (1994) ao seu último filme “Night moves” (2013), com Jesse Eisenberg e Dakota Fanning, exibido em ante-estreia nacional.
No alinhamento do programa, o festival de cinema reúne “os melhores filmes do último ano” nas competições “Internacional”, “Nacional”, “Experimental”, “Vídeos musicais”, “Curtinhas” e “Take One!”. Os dois últimos, dedicados ao público do futuro, dividem-se em sessões de cinema e oficinas dedicadas a uma aprendizagem lúdica relacionada com o mundo do sétima arte; e na projeção de filmes de escola da autoria da nova geração de cineastas. Produções recentes marcam também presença nas secções Panorama – Português e Europeu.
Uma vez que cinema rima com música ao vivo, o Curtas deste ano chama Filho da Mãe e Jibóia ao palco para acompanhar “In the land of the headhunters” (1914), de Edward S. Curtis, com boas sonoridades; e os peixe : avião, para preencher de musicalidade o clássico francês “Ménilmontant” (1924), de Dimitri Kirsanoff.
Para finalizar, falamos da exposição “Aventura Antonioni”, na Solar – Galeria de Arte Cinemática, uma referência à obra de Michelangelo Antonioni, considerado um dos mais importantes realizadores da história da sétima arte. A mostra integra a performance artística de Ghuna X, que cria um ambiente sonoro, trabalhado a partir das misturas eletrónicas de sons, influenciadas pelas bandas sonoras dos filmes do cineasta italiano.
Boas razões para rumar a norte e assistir a bons filmes. •
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