3 novas exposições / Gulbenkian

“A impossibilidade poética de conter o infinito”, de Edgar Martins, “O traço e a cor – Desenhos e aguarelas na coleção Calouste Gulbenkian” e “Meeting Point, Rembrandt e Paula Rego em diálogo no Museu Gulbenkian” são os títulos das três mostras que, a partir de hoje, dia 7 de junho, se encontram de portas abertas a todos na Gulbenkian, em Lisboa.

Começamos pela exposição “A impossibilidade poética de conter o infinito”, do fotógrafo português Edgar Martins, o primeiro autorizado a explorar os vários espaços da Agência Espacial Europeia (ESA), a qual reúne 60 fotografias captadas em centros de testes, departamentos robóticos, simuladores espaciais, entre outros espaços da ESA, dentro de abordagem simbólica entre a realidade e a ficção. No âmbito deste projeto foi produzido o livro “The rehearsal of space and the poetic impossibility to manage the infinite”, com textos de John Gribbin, físico britânico, João Seixas, investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, e Sérgio Mah, curador e docente universitário português. Comissariada por Leonor Nazaré visitar, a exposição está patente até 8 de setembro, na Sala de Exposições Temporárias, na Fundação Calouste Gulbenkian.

Passamos para “O traço e a cor – Desenhos e aguarelas na coleção Calouste Gulbenkian”, comissariada por Manuela Fidalgo e patente até 21 de setembro, na Sala de Exposições Temporárias do Museu Calouste Gulbenkian, onde estão expostas, pela primeira vez, quatro dezenas de desenhos e duas dezenas de aguarelas preferidos de Calouste Gulbenkian, que os adquiriu entre 1905 e 1937. Em paralelo, há uma mostra que contém uma seleção de livros editados entre os século XVIII e XX. A mostra coincide com a publicação de um catálogo dedicado a estes núcleos da coleção, produzidos nos principais centros europeus (França, Holanda, Flandres, Inglaterra e Itália) entre o século XVI e o princípio do século XX.

Para o fim deixamos “a cereja no topo do bolo”: o diálogo entre Rembrandt, com “Figura de velho” (1645), e Paula Rego, com “O tempo, passado e presente” (1990), no Museu Gulbenkian, até 21 de setembro, e comissariada por Helena de Freitas. O ensaio de uma narrativa que une duas obras focadas nos mesmos temas, sempre intemporais, mas retratados de forma diferente, traz a obra de Rembrant, pela primeira vez, a Portugal e leva, também pela primeira vez, um artista contemporâneo a este espaço museológico.

Marque a visita na agenda e não deixe de ir. •

Fundação Calouste Gulbenkian
© Fotografia de entrada: Edgar Martins / Edifício de abastecimento de propergóis de lançadores e cápsulas espaciais, Porto Espacial Europeu, CSG (Kourou, Guiana Francesa) | da série “O ensaio do espaço e a impossibilidade poética de gerir o infinito”