Agenda Próximo Futuro / Gulbenkian

Em setembro, o Próximo Futuro leva o teatro, a dança, a música e o cinema para palcos da cidade de Lisboa e não só.

Imagem do espetáculo “La reunión” / © Fotografia de Jorge Becker

O programa de cultura contemporânea da Gulbenkian integra, antes de mais, três espetáculos de produção chilena com estreia europeia. Comecemos por um clássico de Shakespeare, “Otelo”, apresentado na versão de teatro de marionetas trazido pela companhia do consagrado ator, dramaturgo e encenador Jaime Lorca, para o Teatro Nacional D. Maria II. Passemos para “La reunión”, de Trinidad González, e terminemos com “Escuela”, do encenador e dramaturgo chileno Guillermo Caldéron que, uma vez mais, marca presença na programação de teatro do Próximo Futuro. Ambos estão agendados para o Teatro do Bairro. Fora de Lisboa, os três espetáculos podem vistos no Cine-Teatro Louletano, em Loulé. Por sua vez, a produção portuguesa de teatro apresenta “As confissões verdadeiras de um terrorista albino”, peça encenada por Rogério de Carvalho com o Teatro Griot, para o Teatro Meridional, e “Pedro Páramo”, obra do mexicano Juan Rulfo, em cena no Teatro Meridional.

No universo da dança, o Grande Auditório Gulbenkian recebe dois espetáculos de dança inéditos em Portugal: In-Organic, da coreógrafa brasileira Marcela Levi, e Puto Gallo Conquistador, da uruguaia Tamara Cubas.

Sobre os bons sons, o Próximo Futuro leva, ao Grande Auditório da Fundação Gulbenkian, o espetáculo “Eterno Pixinquinha”, um tributo ao compositor e instrumentista carioca tido como um dos pilares da moderna música popular brasileira. Sob a direção artística de Paulo Aragão, o espetáculo integra a recriação da sonoridade do “Pessoal da velha guarda”, programa de rádio das décadas de 1940′ e 1950′ em que Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho, 1897-1973) marcou o panorama musical brasileiro enquanto músico, maestro e orquestrador.

No mundo da sétima arte, é exibida a estreia mundial do documentário “No reino secreto dos Bijagós”, trabalho de pesquisa do realizador guineense Sana Na N’Hada e do produtor português Luís Correia (Lx Filmes), no Grande Auditório da Fundação.

Entretanto, a exposição “Artistas comprometidos? Talvez”, que reúne mais de duas dezenas de obras de artistas contemporâneos da América Latina, de África e da Europa, com curadoria de António Pinto Ribeiro, aguarda a sua visita até 7 de setembro, na Fundação Gulbenkian. •

+ Próximo Futuro
© Fotografia (de entrada): Sofia Berberan / “As confissões verdadeiras de um terrorista albino”