A Biblioteca de Arte Equestre no Palácio de Queluz

Mais de mil títulos impressos e manuscritos e 165 gravuras e estampas originais traduzem o acervo da única biblioteca nacional dedicada exclusivamente à Arte Equestre, de portas abertas ao público, a partir de hoje, no Palácio de Queluz.

Biblioteca de Arte Equestre D. Diogo de Bragança, VIII Marquês de Marialva. Eis o nome atribuído ao conjunto de três salas do o Palácio de Queluz, onde está patente uma coleção permanente composta por 1.400 títulos impressos e manuscritos, inventariada pela casa leiloeira Cabral Moncada, dos quais fazem parte 800 títulos europeus, entre os quais 16 manuscritos, datados dos séculos XVI ao XX, 294 livros e folhetos dos séculos XIX e XX,  322 livros ilustrados da segunda metade do século XX, e 165 gravuras e estampas originais relacionadas com a tradição equestre portuguesa, sendo alguns considerados exemplares raros. Temporariamente estão também expostos dois retratos a óleo – um da família dos terceiros duques de Lafões e um de D. Pedro Vito de Meneses Coutinho, 6.º marquês de Marialva —, uma casaca de cavaleiro tauromáquico e uma réplica de cavalo ajaezado com gualdrapas e xairel de finais do século XVIII. no Palácio de Queluz.

A biblioteca – batizada com o nome de D. Diogo de Bragança (1930-2012), jurista e músico de formação, fora um exímio cavaleiro e especialista em arte equestre, tendo adquirido documentos sobre esta temática e abordado em várias publicações – representa ainda um complemento da missão da Escola Portuguesa de Arte Equestre (EPAE), fundada em 1979 e sediada nos jardins do Palácio Nacional de Queluz, na divulgação desta tradição e do cavalo lusitano, bem como na formação regular de cavaleiros.

De acordo com o comunicado da Parques de Sintra, responsável pela gestão do Palácio e Jardins de Queluz e da EPAE, “encontram-se já em curso ações de conservação e restauro de muitos títulos e gravuras, bem como o tratamento documental com vista à elaboração de um catálogo informatizado que em breve estará disponível online no website da Parques de Sintra”. Por sua vez, o catálogo da coleção será integrado, a posteriori, “no maior catálogo coletivo das bibliotecas portuguesas, coordenado pela Biblioteca Nacional”.

Em paralelo, fica disponível para consulta o acervo bibliográfico do Palácio Nacional de Queluz, além dos cerca de 20 exemplares doados pela Companhia das Lezírias.

Tudo boas razões para (re)descobrir a beleza da arte equestre de segunda a sexta, das 9.30 às 13 horas e das 14 às 17.30 horas, sendo a entrada gratuita para investigadores e académicos sendo, para o efeito, necessário fazer marcação prévia feita pelo email de sandra.oliveira@parquesdesintra.pt . O restante público pode fazê-lo através da aquisição do bilhete para o Palácio Nacional de Queluz. •

+ Parques de Sintra
© Fotografia: Nelson Pereira

Para partilhar com os amigos