Festival de Artes performativas – LÁ FORA / Évora

Chama-se LÁ FORA e é a segunda edição do Festival de Artes Performativas promovido pela Fundação Eugénio de Almeida, na bela cidade de Évora.

Vão ser três dias de música, dança e performance nos espaços patrimoniais e históricos do Páteo de São Miguel e Fórum Eugénio de Almeida. Na agenda, sete grandes espetáculos que convidam o público a sentir a criação performativa contemporânea na música, dança e performance, durante os dias 11,12 e 13 de junho.

© Fotografia: Salvador Sobral por Omar Lanuti.

A voz de Salvador Sobral, e o piano magistral de Júlio Resende, nomes do piano e do novo Fado em Portugal, marcam o início da 2.ª edição do festival LÁ FORA, no dia 11, pelas 21h30, no Páteo de São Miguel. Um concerto intimista que fará uma viagem pelas principais influências destes dois músicos que têm no jazz o seu ponto de partida. A dança do coreógrafo Marco da Silva Ferreira é a proposta para a noite de dia 12 de junho, com o espetáculo hu(r)mano. Nesta coreografia os intérpretes elevam-se a uma atmosfera paralela ao real, numa reflecção imaginária em torno do “movimento humano urbano” e da sua condição vital. Uma busca constante do significado da dança enquanto produto abstrato, mutável e efémero, que se gera intuitivamente nos universos contemporâneos. Ainda na mesma noite de dia 12, os Tape Junk sobem ao palco. São uma banda rock com um vocabulário apreendido a partir de referências como Pavement, Giant Sand, Stooges, Rolling Stones ou Velvet Underground. Com uma linguagem clara, João Correia escreve sobre situações do quotidiano com as quais facilmente nos identificamos.

No sábado, dia 13, às 19h00, no Pátio de honra do Fórum Eugénio de Almeida, João Paulo Santos, acrobata, e Rui Horta, coreógrafo, apresentam Contigo, um espetáculo performance que junta as influências de ambos e que lida com as diferentes perceções que têm sobre os seus corpos e objetos. Num palco vazio, com alguns objetos, uma vara chinesa e um corpo, João Santos expressa a sua raiva e o domínio das técnicas entre o céu e a terra, mas também a exaustão e a sua solidão. O acesso a este espetáculo é livre. Ao entardecer, pelas 19h45, no jardim do Paço de São Miguel, Pedro Cardoso (Peixe), antigo guitarrista da banda Ornatos Violeta, uma das mais importantes bandas que marcou a chamada “música moderna portuguesa”, apresenta alguns dos temas mais recentes do seu trabalho discográfico, num concerto de guitarra intimista.

© Tape junK.

À noite, no dia 13, no Páteo de São Miguel, dois notáveis concertos encerram o festival. Primeiro, ocasião para descobrir Time for T, grupo musical constituído por elementos de diversas nacionalidades, cuja mistura de culturas e influências definem o tom eclético e original da banda, mas também Banda do Mar, trio sensação do momento que interpretará temas do seu álbum de estreia. Banda do Mar tem Portugal como o ponto de partida de toda a sua história. Foi em terras lusas que Marcelo Camelo conheceu Fred. A amizade estendeu-se a Mallu Magalhães e juntos decidiram que haveriam de formar uma banda. No primeiro álbum, Mallu Magalhães impõe toda a sensibilidade feminina, enquanto Marcelo Camelo revela uma ambição da canção pop-rock nas suas criações e Fred congrega em si um ritmo constante que dá ao disco uma personalidade única. O Festival LÁ FORA é promovido pela Fundação Eugénio de Almeida, com produção O Espaço do Tempo e direção artística de Rui Horta.

Eis o programa resumido para melhor organizar a sua agenda:
11/06, 21h30 – Júlio Resende e Salvador Sobral, Páteo de São Miguel.
12/06, 21h30 – Marco da Silva Ferreira, 23h00 – Tape Junk, Páteo de São Miguel.
13/06, 19h00 – João Paulo Santos, Pátio de honra do Fórum Eugénio de Almeida.
13/06, 19h45 – Peixe, Jardim do Paço de São Miguel.
13/06, 21h30 – Time for T, 23h00 – Banda do Mar, Páteo de São Miguel.

Bilhetes à venda no Fórum Eugénio de Almeida. Um festival a não perder, no Alentejo. •

Fundação Eugénio de Almeida
© Fotografia de destaque: Banda do Mar.

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