Há Fado no Cais… O fado tem uma dimensão cada vez mais importante na vida cultural portuguesa e tem alcançado uma crescente projeção internacional que culminou com a sua integração no elenco do Património Imaterial da Humanidade, decidida em 2011 pela UNESCO.
Enlaçando de modo muito característico as artes da poesia e da música, quer de matriz popular, quer de matriz “cultivada”, e permitindo, simultaneamente, uma grande liberdade na criação e utilização das formas e dos conteúdos literários e musicais, o fado foi objeto de um protocolo de colaboração e coprodução assinado em 2012 entre a Fundação CCB e o Museu do Fado/EGEAC, que tem continuidade este ano de 2015.
https://www.youtube.com/watch?v=iMpzXSfrVdU
Assim, no âmbito da iniciativa Há Fado no Cais, Cristiana Águas “um valor seguro, uma voz de mão-cheia, com alma de fado e uma garganta plena de mundo” sobe ao palco do Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém (CCB), no próximo dia 30 de maio, pelas 21h00, para um concerto de apresentação do seu trabalho de estreia. O mundo de Cristina Águas estende-se Atlântico fora, que pula entre Lisboa e o Rio de janeiro e que encanta quem nele entra. Pierre Aderne, produtor do trabalho de estreia de Cristiana Águas, conheceu a cantora numa noite de fados no clube de Mário Pacheco e adivinhou-lhe “uma similitude” com Gal Costa, “não nos timbres, que são distintos, mas pela entrega às melodias e aos poemas“; de imediato se ofereceu para lhe produzir o disco de estreia, que reúne músicos portugueses e brasileiros. O resultado dessa experiência chega agora aos palcos maiores.
Acompanhada por Nelson Dourado, António Andrade Santos e Carlos Meneses (viola, guitarra portuguesa e baixo, respetivamente), Cristiana Águas entrega-se sem reservas a um repertório cuidado, com peças da autoria de gente como Luís Caracol, Mário Pacheco, Pedro Esteves, Leo Minax e Pierre Aderne. Um concerto a ir, em Lisboa. •
+ CCB
© Vídeo: Cristiana Águas, “Porque não“.
© Fotografia: Alfredo Matos.
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