A Amazónia na praia / Morena Jambo

Marca 100 por cento nacional inspira-se na maior floresta tropical do mundo, levando-as para os areais d’aquém e d’além mar.

Amazónia – The Green Gold é o nome da coleção de verão de 2015 da Morena Jambo que, enamorada pela natureza, reinterpreta a fauna, a flora e uma tribo indígena da Amazónia, a Xingu, nos fatos de banho, nos triquínis e nos biquínis feitos a partir de matéria-prima nacional, com a particularidade de muitas das peças serem reversíveis.

Porém, a escolha da Amazónia não acontece por acaso. Apesar da Morena Jambo ser uma marca portuguesa, criada em 2007, a essência advém do maior país da América do Sul, do outro lado do Atlântico, pois a fundadora, Azenilda Tenório, nasceu e cresceu com os pés na areia do Recife, no nordeste brasileiro, onde a paixão pela beachwear começou a ganhar asas. Em 2014, uma reestruturação da marca marcou o relançamento da mesma e Yasmine Santana, filha de Azenilda Tenório e creative designer da Morena Jambo, pôs mãos à obra dando azo à imaginação – tanto que já estão a trabalhar na edição de verão de 2016 – e, este ano, vestiu corpos femininos com as dádivas da majestosa floresta Amazónia.

Como exemplo dos três pilares da coleção cheia de cores e padrões vibrantes, Juliana Lima, com o marketing and o brand manager da Morena Jambo nas mãos, fala do fato de banho e do biquíni “listados em tons de cinza, preto e branco, uma alusão ao encontro das águas dos rios Negro e Solimões, dois afluentes do rio Amazónas que não se misturam”, daí as riscas assimétricas que acompanham as peças e são como que rematada com dois folhos discretos em preto no topo e na cintura, no fato-de-banho. No âmbito da flora, Juliana Lima destaca a Vitória Régia, “parecida com a flor de lótus” que, ao contrário desta, “nasce na água cristalina do rio Amazonas, por isso a trouxemos para complementar esta coleção”, como aconteceu com a escama do pirarucu, a qual apresenta um belíssimo tom laranja deste peixe “chamado de bacalhau brasileiro”. Quanto à tribo Xingu, a Morena Jambo inspirou-se na forma como esta comunidade indígena entrelaça as folhas verdes das árvores da majestosa floresta. Falamos da coleção Oca cujas peças são feitas de crochet, um trabalho que resulta da parceira com a marca portuguesa Magi Loureiro, a qual reúne mãe e filha – Margarida e Gisela Loureiro. Aqui o artesanal, interpretado pela renda saída das mãos de Margarida Loureiro, funde-se com o traço de Gisela Loureiro. “Uma tendência que ultrapassa a linha do convencional”, defende Juliana Lima, e que, como tal, “tem ganhado adeptas”.

E muitos outros exemplos ficaram de fora, pois falamos “de uma grande variedade de produtos, feitos em pouca quantidade”, uma vez que a tónica esta marca portuguesa estar na exclusividade. Mesmo assim, a Morena Jambo não dispensa do seu serviço exclusivo, “muito requisitado”, adianta Juliana Lima, através do qual são eleitas as cores, os padrões e o modelo. Como fazê-lo? Basta contactar a marca e marcar visita para, na fábrica, tirar as medidas e escolher o feitio do fato de banho, do triquíni ou do biquíni. Um serviço tailor-made que funciona durante todo o ano, sendo recorrente para quem aprecia a exclusividade no sentido mais restrito ou por mulheres que vestem tamanhos grandes, para quem a Morena Jambo sugere ainda os modelos plus size, em relação ao qual “houve muito elogios e muita procura”.

No alinhamento do respeito pela natureza, as pessoas que estão por detrás da marca fazem questão de colocar as peças de coleção adquiridas em “sacos de tecido sustentável” ou, no caso da coleção Oca, em caixas de papel reciclável. Para além disso, foi posto em prática o plano o que lhe podemos chamar de “zero desperdício”, no qual o tecido que sobra é reutilizado para fazer elásticos e fitas para o cabelo, os quais podem ser adquiridos nos pontos de venda da marca (a ver aqui ). •

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