Hamlet e Hamlet Talvez / TMJB

Em Almada, o nome que está na boca de todos é: Hamlet! No Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB).

“Hamlet talvez”, com encenação de João Garcia Miguel, prepara-se para entrar em cena na Sala Experimental do TMJB, em Almada, nos próximos dias 30 e 31 de outubro, pelas 21h30. O espectáculo é uma co-produção da Companhia João Garcia Miguel, da Câmara Municipal de Torres Vedras e do Teatro-Cine de Torres Vedras. Nesta versão explora-se uma interpretação alternativa do carácter e dos impulsos que motivam o infeliz (e tão falado) príncipe da Dinamarca.

O TMJB tem, também, em cena o “Hamlet”, com encenação de Luis Miguel Cintra, que apresenta o texto de Shakespeare quase na integra. Depois de “Burgher King Lear” (2006), “Romeu & Julieta” (2011) e “Open Hamlet” (2013), João Garcia Miguel continua o seu diálogo e entrega a William Shakespeare. Nesta adaptação do clássico “busca-se simultaneamente um entendimento e ajuda para os enigmas do viver, e auxílio para modificar e explicar o que vemos acontecer em cada um de nós. Parte-se da subjectividade filosófica dos actores em cena, e através da personagem de Hamlet e da sua intemporalidade, exploram-se as sombras, os fantasmas, as incertezas existenciais e a nossa própria desumanidade“. Esta poderá ser vista até dia 15 de novembro, na Sala Principal do TMJB; quarta e quinta, às 20h00, sexta e sábado, às 21h00, e domingo, às 16h00.

Para Garcia Miguel, Hamlet “impõe-se como uma dúvida fracturante, uma espécie de identidade oracular e fantasmagórica que anuncia, avant la lettre, o sujeito moderno e as suas ramificações na direcção do sujeito contemporâneo”. Trata-se de uma viagem pelo reino de Elsinore pouco convencional e muito propícia à reflexão sobre as forças concretas e dispersas, que nos incitam à ação e que opostamente, por vezes, nos paralisam – afinal, ser ou não ser? fazer ou não fazer? As questões constantes da vida de cada um.

João Garcia Miguel (n.1961) iniciou a sua carreira profissional na década de 1980 e foi um dos fundadores dos colectivos Canibalismo Cósmico, Galeria Zé dos Bois e OLHO- Associação Teatral, que dirigiu entre 1991 e 2002. Em 2003 fundou a Companhia João Garcia Miguel e, em 2008, tornou-se director artístico do Teatro-Cine de Torres Vedras. Em 2014 foi distinguido com o prémio SPA para Melhor Espectáculo de Teatro, com Yerma. Um imparável na nossa cultural, no nosso teatro.

Para esta cena, temos a seguinte ficha técnica: António Pedro Lima, Frederico Barata, Pedro J. Ribeiro, Rita Barbita e Sara Ribeiro – interpretação; Sérgio Coragem – assistente de direção e apoio à tradução; Ana Luena – figurinos; Raquel Matos – direcção de produção. Não fique em casa e rume ao teatro, em Almada. É Hamlet que espera por si. •

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© Fotografia (de ensaio): Tyrone Ormsby.

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