A árvore e o seu zingamocho / Laboratório d’Estórias

Porque a quadra mais aguardada do ano está à porta, o zingamocho da árvore de Natal ganha honras de protagonista na decoração da casa e, ao que parece, é para ficar o ano inteiro.

zin.ga.mo.cho [zĩɡɐˈmoʃu] (nome masculino)
1. remate de um zimbório; pináculo.
2. grimpa; cata-vento (De zingar + mocho).

“A árvore e o seu zingamocho”. Eis o título da nova peça decorativa do Laboratório d’Estórias que retrata a tradição da montagem da árvore de Natal por meio de um jogo de peças em grés e madeira de tília disponíveis em três tamanhos diferentes e em três cores distintas – branco cobalto, verde lunar e vermelho carmim.

Porém, ao contrário das convencionais árvores de Natal, esta não tem fitas, não tem luzes nem bolas, e muito menos tem os dias contados a partir de 6 de janeiro de 2016, graças à sua vertente utilitária. Ou seja, as peças em grés que compõem o pinheiro transformam-se em caixas, onde pode guardar pequenos objetos ou colocar os frutos secos para servir à mesa, por exemplo, pois a parte do tronco faz de tampa.

Assim, “A árvore e o seu zingamocho” permanece como objeto de decoração o ano inteiro, tendo o seu zingamocho como protagonista de mais uma estória – a nona – criada pela dupla Rute Rosa e Sérgio Vieira, os mentores do Laboratório d’Estórias e responsáveis pela concepção das peças produzidas e vidradas à mão na fábrica caldense Molde; as peças de madeira de tília torneadas resultam do trabalho da empresa familiar Ferreiras & Marcelino, em Leiria.

Sobre a história da árvore de Natal, reza a história que terá sido D. Fernando II – o Rei-Artista, nascido na Alemanha, casado com a rainha D. Maria II e um dos grandes impulsionadores da cerâmica das Caldas da Rainha – quem, no século XIX, trouxe este símbolo para Portugal, um costume que foi ganhando espaço nas nossas casas onde o presépio era o símbolo de Natal. •

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