Confirmações: Misty Fest’16

Para abrir a semana, na música, desvendemos mais cinco nomes para a 7.ª Edição do Misty Fest.

Um ilusionista saído de um conto teatral de Borges; um experimentalista em estilo clássico-pop minimal; um misturador de jazz moderno com palavra hip-hop; outro vanguardista do jazz electrónico que traz ao momento o mais improvável; uma bela de voz espiritual e quente capaz de dar maior união poética às palavras de suas casas-mãe “sodade” e saudade. Em todos estes cinco nomes, um denominador comum: um álbum novo a estrear no Misty Fest 2016.

Depois da apresentação de um song writer para a sessão de abertura, na linha das apresentações do ano passado, também nesta 7ª edição haverá espaço, para 5 nomes ricos em sabores do outro mundo do jazz, com ângulos e padrões diferenciados daqueles que habitualmente passam pelas salas e festivais do nosso País.

Da Argentina chega Daniel Melingo, um poeta e multi-instrumentista, do saxofone, guitarra e clarinete, com uma carreira no teatro, músico de rock com incursões no punk, e que é hoje um dos nomes maiores do tango e milonga. O espetáculos de Melingo são cénicos e intensos, incapazes de deixar indiferente quem assiste. Na bagagem traz um novo álbum “Anda”, onde o tango renasce , sob forma de ficção neo-rock arty, como numa galeria de personagens que caracterizam Erik Satie e Serge Gainsbourg.

Wim Mertens, natural da Bélgica, pianista, contratenor e guitarrista, cantor do fértil território modern classical, uma referência mundial, já compôs para cinema, teatro e passagens de moda da prestigiada casa Dior. Um compositor que possui uma vasta discografia, recheada de prémios, merecidos aplausos e distinções. Para esta edição trará “Dust of Truths”, o momento final, triunfal da trilogia, “Cran aux Oeufs”, apresentados na edição do Misty do ano passado.

O americano José James, uma das mais celebradas vozes da nova geração, é um intérprete de expressão musical com alma de Nova Iorque, que combina jazz, soul, drum’n’bass com a palavra falada. Desta fusão resulta a marca própria da sua vocalização jazzística. Nesta edição apresenta um novo álbum, também com selo da prestigiada editora Blue Note, projeto sucessor da aclamada homenagem a Billie Holiday. Um álbum retrato destes agitados tempos, que encerra a pergunta: “qual o valor do amor?”.

De Itália, Enrico Rava é  um dos gigantes do jazz italiano, consagrado trompetista de longa carreira com arranque nos anos 1960, época em que trabalhou com o mundialmente famoso Gato Barbieri. Trabalhou também com Pat Metheny, Michel Petrucciani, John Abercrombie, Joe Henderson, Richard Galliano, Miroslav Vitous, Andrea Centazzo, Joe Lovano, Gil Evans e Cecil Taylor (tudo nomes de peso). Nesta edição, apresentará “Tribe” – um projeto de originais com a participação solista Gianluca Petrella.

Carmen Souza, que chega de Cabo Verde, nasceu em Lisboa e cresceu em ambiente de linguagem mista – português e crioulo. Será na reta final da Tour Epistola, que se apresentará com line-up especial e temas do novo álbum, numa experiência conduzida por paisagens da lusofonia, do crioulo e do jazz orgânico. Este espetáculo será mais um momento de renovação e re-invenção musical que não deve perder.

Celebrar esta experiência internacional é o melhor passaporte para descobrir a programação do Misty 2016, que continuaremos a desvendar ainda este mês de maio.

Entretanto… Vá tomando nota destes nomes Misty, para não perder a Fest(a). •

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© Imagem: pormenor do cartaz de divulgação.

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