Fred Hersch com a OJM

Considerado um dos mais conceituados pianista e compositor de jazz da sua geração, Fred Hersch tocará pela primeira vez ao vivo com a Orquestra Jazz de Matosinhos (OJM), este início de dezembro em Barcelona e no Porto.

Fred Hersch estreou-se em Nova Iorque em 1977 e desde aí partilhou o palco com grandes lendas do jazz, incluindo Joe Henderson, Stan Getz, Charlie Haden, Art Farmer e Bill Frisell. Reconhecido pela sua carreira sólida no domínio do jazz enquanto solista, compositor e bandleader, o pianista Fred Hersch estreia-se ao lado da Orquestra Jazz de Matosinhos em dois concertos únicos: dia 02 de dezembro no Voll-Damm Festival Internacional de Jazz de Barcelona; e dia 04 de dezembro na Casa da Música no Porto.

Ao vivo, vão rever as composições de Fred Hersch com arranjos dos directores da OJM, Pedro Guedes (aluno do pianista no início dos anos 90, nos EUA) e Carlos Azevedo, e do pianista Mike Holober. Exemplos da prodigiosa criatividade do pianista que tem mais de 40 álbuns editados, em diferentes formados: solo, trio – com os parceiros de longa data John Hébert (contrabaixo) e Eric McPherson (bateria) –, pequenas formações e a pouco convencional Pocket Orchestra. Um curriculum de peso e invejável.

Duas vezes nomeado para o Grammy de Melhor Performance Instrumental de Jazz e uma para o Grammy de Melhor Composição Instrumental, Fred Hersch é uma referência entre os seus pares como, por exemplo, Brad Mehldau que foi seu antigo aluno. “No mundo musical de Fred, muitos dos desenvolvimentos da história do jazz e de toda a história da música se juntam de forma intensamente contemporânea. O seu estilo está muito relacionado com a ideia de individualidade, e tem muito a ver com beleza. Eu não estaria a fazer o que faço se não o tivesse aprendido com Fred, e penso que isso se aplica a bastantes outros músicos”, afirmou ao New York Times.

Paralelamente à sua carreira na música, Fred Hersch é um dos principais rostos da luta contra a SIDA nos EUA integrando movimentos que ajudam, informam e educam na prevenção do vírus. Por tudo isto, estes dois concertos são obrigatórios para quem tem no jazz uma paixão e para quem tem na música um modo de estar.

A ir, em Barcelona ou no Porto. OJM a saber traçar um percurso de sucesso. •

+ OJM
© Fotografia: Fred Hersch, DR.

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