As islandesas Pascal Pinon têm vindo a conquistar plateias por todo o mundo, em todos os palcos por onde passam. Ásthildur e Jófríður Ákadóttir, gémeas tão naturalmente musicais, fundaram a dupla em 2009 e lançaram o primeiro disco quando ambas tinham apenas 14 anos. Agora, com 22 anos, vão encantar Coimbra com um concerto obrigatório, pela mão da Lugar Comum.
Desde cedo, pianinho pianinho, foram conseguindo estruturar todo um universo sonoro com uma identidade muito própria, criando um espaço de infinita beleza e criatividade. A confirmar a sua qualidade e consistência no início seu percurso musical, está o terem atraído, bem cedo, o interesse da editora berlinense Morr Music, com quem viriam a editar um primeiro álbum homónimo (2009), caracterizado pela adolescência das harmonias e a utilização de um vasto acervo de teclados, xilofones e mesmo caixas de música, que o situavam na geografia delicada da twee folk.
O ano de 2013 marca a edição do álbum que naturalmente se seguiu – “Twosomeness”. Produzido por Alex Somers (Sigur Rós, Julianna Barwick), este, na sua intervenção ao longo do processo de gravação, teve a arte de dotá-lo da densidade sonora que faltara ao antecessor. O recurso a elementos electrónicos e a convivência com o legado de Björk e dos Sigur Rós, deram a Jófríður e Ásthildur um merecido rol de elogios por parte da crítica, que assinalou a sua rápida maturidade sonora.
Três anos passados e em 2016 surge o novo disco, “Sundur”, resultado do reencontro de Jófríður e Ásthildur, após um período em que a primeira formou um projecto de electrónica (Samaris), ao passo que a segunda frequentou um curso de música clássica em Amesterdão. É o documento mais cru e diverso que lançaram até hoje, explorando uma influência folk e um som minimalista com aquele inconfundível toque islandês que nos deixa rendidos, inevitavelmente, às músicas vindas desse norte. Sem surpresas, o registo foi presença assídua nas mais diversas listas dos melhores discos de 2016. Deixando para trás a estética do álbum precedente, “Sundur” marca um retorno à essência da escrita de canções, em torno de narrativas folk islandesas e de uma ideia de afastamento e proximidade, que pautou a vida das duas irmãs nos últimos anos.
Com o passar do tempo, as islandesas são cada vez menos o segredo bem guardado de uns poucos para se transformarem numa das maiores certezas da música da actualidade e chegam a Coimbra já no dia 09 de março, ao CAV / Centro de Artes Visuais (Coimbra) com concerto agendado para as 21h30 (é aconselhada a reserva de bilhete dada a lotação limitada da sala – lugarcomum.pt@gmail.com).
Caso lhe seja impossível estar em Coimbra para um concerto ímpar num espaço singular, a dupla islandesa Pascal Pinon passará também pelo Auditório de Espinho – Academia, no dia 10 de março pelas 21h30 (terão a colaboração de um ensemble de cordas da Escola Profissional de Música de Espinho), e pela Casa Independente em Lisboa, no dia 11 de março pelas 22h30 (evento Bodyspace em Casa).
Três datas que marcam a estreia absoluta de Pascal Pinon em Portugal. Absolutamente não perder. A ir. •