Em julho, o Festival das Artes volta a encher a Região Centro de música, magia, artes plásticas, cinema e muito mais. Como já bem nos habituaram, o Anfiteatro Colina de Camões, nos jardins da Quinta das Lágrimas, será o palco principal de mais uma edição do evento que é já uma referência no panorama cultural português. Mas o festival não ficará circunscrito ao Anfiteatro, percorrerá diversos espaços da cidade de Coimbra, que se transformam em lugares de encontros e metamorfoses.
Metamorfoses. Este é o tema central no Festival das Artes deste ano, do qual apresentamos de seguida apenas três destaques, e que se revela desde logo no Concerto de Abertura, a 15 de julho, no Convento de São Francisco. A Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigida pelo maestro Pedro Amaral, apresenta obras de Ludwig van Beethoven, Richard Strauss e Johannes Brahms que reflectem diferentes tipos de mudança política, social e até mesmo pessoal na vida de cada um dos compositores.
No dia 17 de julho, o excelso mágico Luis de Matos ocupa o centro absoluto do Anfiteatro Colina de Camões, o que acontece pela primeira vez, para dar a conhecer ao público um espectáculo único, concebido e desenhado especialmente para esta ocasião, no qual a magia interage com os elementos paisagísticos e arquitectónicos do espaço, criando uma atmosfera excepcional de sonho e ilusão, capaz de encantar e captar a atenção de espectadores de qualquer faixa etária. Os encantos da magia.
No dia seguinte, 18 de julho, é Adriana Calcanhotto, tão conhecida e acarinhada pelo público português, quem sobe ao palco. “Dessa Vez” é um trabalho inédito, composto pela cantora durante a sua residência de um semestre lectivo em Coimbra, onde teve aulas de guitarra eléctrica com Gabriel Muzak, que a acompanha no concerto. O alinhamento inclui cantigas de trovadores, poemas musicados, canções novas escritas em Portugal e os sucessos incontornáveis da sua trajectória musical como “Fico assim sem você“, “Vambora” e “Esquadros”. Concerto este que já havíamos anunciado aqui.
O encerramento do festival, no dia 23 de julho, fica a cargo da Orquestra Gulbenkian, com Tamila Kharambura no violino e direcção do maestro José Eduardo Gomes. O programa inclui o afamado Concerto para Violino de Felix Mendelssohn-Barthóldy e a 7.ª Sinfonia de Ludwig van Beethoven, que foi um dos maiores sucessos do compositor em vida (e que todos reconhecemos logo nos primeiros acordes).
O tema das Metamorfoses é explorado também no Ciclo de Conferências, no Hotel Quinta das Lágrimas, e no Ciclo de Artes Plásticas, com a inauguração de uma exposição de azulejaria no Museu Nacional de Machado de Castro, uma exposição documental na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e uma exposição de pintura no Edifício Chiado. O festival conta ainda com o habitual Ciclo de Cinema comissariado por Pedro Mexia, no Mosteiro de Santa-Clara-a-Velha.
O Ciclo de Música fica completo com concertos de Mário Laginha Trio, da Orquestra Filarmónica Portuguesa e Orquestra Clássica do Centro, do grupo de música antiga Il Dolcimelo, da pianista Irina Chistiakova, e com os belíssimos passeios pelo Mondego no barco “Basófias”, ao som dos trios de Jazz de Joana Rodrigues e João Geraldo. O Ciclo de Gastronomia e os workshops do Serviço Educativo compõe o extenso programa que preenche os dias deste Festival das Artes 2017.
Parece-lhe pouca coisa? Pois nós, Mutantes que adoramos metamorfoses, só vos apresentamos uma brevíssima suma de um longo e muito completo programa que poderá consultar no link abaixo, para melhor organizar a sua agenda, sem que nada lhe falhe. Obrigatório marcar presença, neste festival ímp