“Arquitectos do Imaginário” / Museu do Oriente

O ciclo de animação japonesa “Arquitectos do Imaginário” regressa ao Museu do Oriente, aos domingos do mês de Agosto, para quatro exibições da mestria artística de Studio Ghibli. Ciclo absolutamente obrigatório se aprecia bom cinema de animação.

“Nausicaä do Vale do Vento” de Hayao Miyazaki, “Contos de Terramar” de Goro Miyazaki, “O Castelo Andante” de Hayao Miyazaki e “O Mundo Secreto de Arriety” de Hiromasa Yonebayashi são os quatro sublimes filmes exibidos neste ciclo, com entrada gratuita (não há desculpa para não ir).

Fundado em 1985, o Studio Ghibli tem conquistado todo um público e uma crítica com os seus filmes de animação capazes de criar universos de fantasia quase poéticos. Com uma irrepreensível atenção ao detalhe, construção cuidada e uma imagética que combina realidade e imaginação, as animações de Studio Ghibli são hoje uma referência incontornável no seu género, filmes que nos conquistam no primeiro minuto.


© “O Mundo Secreto de Arriety”

O ciclo Arquitectos do Imaginário – Animação japonesa de Studio Ghibli realizar-se-á de 06 a 27 de agosto, aos domingos, sempre pelas 18h00, no Auditório do Museu do Oriente em Lisboa. A entrada, como já referimos, é gratuita, mediante levantamento de bilhete no próprio dia. Eis o alinhamento para ir ver bom cinema de animação em família, com amigos ou até mesmo sozinho:
06/08 – “Nausicaä do Vale do Vento”, de Hayao Miyazaki [1984]. Duração: 117’, sem intervalo.
Após mil anos de uma guerra mundial catastrófica, a humanidade sobrevive em pequenos reinos à beira de uma terra estéril, contaminada com gases tóxicos e insetos mutantes gigantes. O Vale do Vento é um reino minúsculo, rodeado de reinos mais poderosos e hostis. Nausicaä é a princesa do Vale do Vento, a única filha do rei e uma grande guerreira. Ela sente uma misteriosa afinidade com a natureza e procura encontrar um sentido para aquele lugar contaminado, negando-se a ver como inimigos os insetos, sobretudo os Ohms, artrópodes gigantescos e temíveis. Mas a paz é quebrada quando o reino vizinho de Tolmekia, sob comando da princesa Kushana, invade o Vale do Vento, e Nausicaä se vê perante uma corrida contra o tempo para travar uma destruição maciça.
Sendo a primeira longa-metragem independente de Hayao Miyazaki, Nausicaä do Vale do Vento é um conto brilhantemente realizado, com uma imaginação transbordante e uma poesia visual, que irão caracterizar para sempre as suas futuras obras.

13/08 – “Contos de Terramar”, de Goro Miyazaki [2006]. Duração: 115’, sem intervalo.
O equilíbrio do mundo está a entrar em colapso e uma série de acontecimentos bizarros – como o aparecimento de dragões no mundo oriental – levam Sparrowhawk, um poderoso feiticeiro, a procurar a sua origem. No caminho encontra Arren, um misterioso príncipe e juntos atravessam vastas ruínas, montanhas, vales e quintas abandonadas, até chegarem a Hort Town, uma cidade devastada.
Sparrowhawk e Arren procuram refúgio com Tenar, uma ex-sacerdotisa dos túmulos de Atuan. Com ela vive Therry, uma jovem órfã que gradualmente vai abrindo o seu coração ao jovem príncipe enquanto este trabalha nos campos, interagindo com a natureza e aprendendo como o universo depende de equilíbrio. Mas Arren continua assombrado pelo medo de uma Sombra que o persegue…


© “O Castelo Andante”

20/08 – “O Castelo Andante”, de Hayao Miyazaki [2004]. Duração: 119’, sem intervalo.
Sophie, uma típica adolescente de 18 anos, vê a sua vida virada do avesso quando se cruza acidentalmente com o misterioso e belo feiticeiro Howl e, subsequentemente, é transformada numa mulher de 90 anos pela vaidosa e perversa Bruxa do Nada. Ao embarcar numa incrível odisseia para quebrar a maldição, ela encontra refúgio no castelo andante onde conhece Markl, o aprendiz de Howl, e um impetuoso demónio de fogo, com o nome de Calcifer. O amor e o apoio de Sophie vão ter um enorme impacto em Howl, que vai arriscar a sua vida para ajudar a trazer a paz ao reino.

27/08 – “O Mundo Secreto de Arriety”, de Hiromasa Yonebayashi [2010]. Duração: 94’, sem intervalo.
Esta é a história de uma família de pessoas minúsculas. Por debaixo do chão de uma mansão nos arredores de Tóquio, vive a minúscula Arrietty, de 14 anos, com a sua também minúscula família. A casa é habitada por duas velhas senhoras que não fazem a mínima ideia da existência destas criaturas em miniatura.
Arrietty e a sua família vivem de “empréstimos”. Tudo o que têm pedem emprestado ou fazem a partir de coisas emprestadas. Bens essenciais como gás, água e alimentos. Mesas, cadeiras, utensílios de cozinha. E guloseimas – um cubo de açúcar aqui e ali. Mas só um pouco de cada vez, para as senhoras não notarem.
Um dia, Sho, de 12 anos, vem morar para a mansão, enquanto aguarda por tratamento médico na cidade. Os pais de Arrietty sempre a avisaram: “nunca deixes que os humanos te vejam”. Se tal acontecesse, as pequenas criaturas teriam de se mudar. Mas a aventureira Arrietty não lhes dá ouvidos e Sho descobre-a. Os dois começam a confiar um no outro e, em pouco tempo, a amizade começa a florescer…

Nada mais a dizer… A não ser: a não perder! •

Museu do Oriente
© Imagem de destaque: “Contos de Terramar”.

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