Maio na Música da Casa

Depois de um mês de estreia bem sucedido e ritmado, a Música da Casa continua na sua nobre missão de nos dar música e nós retribuirmos o trabalho dos músicos. Depois de Fast Eddie Nelson, Mr Gallini e Tape Junk, em maio chegam-nos os nomes que agora vos apresentamos.

09/05, 18h30 – Sun Blossoms.
Alex começou, aos 15 anos de idade, a escrever as canções que fariam parte da sua primeira cassete homónima, editada dois anos depois pela Revolve. Desde então lança também o single “GLUE”, em 2016 e o EP “Cruising” em 2018 pela Spring Toast Records e compromete-se a formar trios com alguns dos seus músicos preferidos de Lisboa para interpretar as canções ao vivo. “(…) Se na base das suas canções encontramos a repetição encantatória do riff (t…), é no seu tratamento do peso e do ruído que encontramos um manifesto contra o tédio niilista dos nossos tempos, algo que é historicamente transversal ao psicadelismo, ao punk e ao grunge. Avolumada pelo baixo de Alexandre Rendeiro e pela bateria de Luís Barros (ambos seus colegas em Alek Rein), a guitarra de Alex Fernandes rasga linhas de fuga melódicas que facilmente se incendeiam em sessões catárticas de improviso, gestos que lembram as explorações sonoras de um Mizutani.” Em Janeiro de 2019 foi lançado o eu álbum.

16/05, 18h30 – LaBaq
Com o seu novo trabalho “Lux” (Voa Music, 2019), LaBaq apresenta “um álbum que traz uma reviravolta estética ao seu som, mas que também funciona como um manifesto artístico-político e a reivindicação de que cada um pode ser o seu próprio farol.
Três anos depois do seu primeiro disco “Voa” (Voa Music, 2016), “um exercício que situou esta artista de São Paulo como uma das vozes mais singulares da canção alternativa latino-americana e que a levou a percorrer 15 países em quase 250 concertos em três anos, e que, ao mesmo tempo, nos apresentava Labaq como uma artista absolutamente fora de gêneros, tão perto do neo folk como do indie ou das texturas eletrónicas; em “Lux” reafirma-se não só como “uma artista inclassificável e imprescindível, como também prova ser um dos nomes com maior capacidade de expansão da música brasileira contemporânea, encontrando portas amplamente abertas no mercado internacional, que se traduz na publicação do segundo álbum no Brasil (Voa Music), Portugal (Omnichord Records) e Espanha (Raso Estudio).
Mais perto que nunca de cabos e máquinas, em “Lux” Labaq “leva a sua noção da canção pop a territórios como a indietronica, a música pop alternativa ou um pop avant garde experimental sem limites, (…),” abrindo horizontes ao pop brasileiro.

23/05, 21h30 – Flávio Torres
Após o lançamento do single “Na Mesma Mão”, do seu novo EP “Sinopse” com lançamento para breve, Flávio Torres dá-nos um segundo single “Olá, meu bem” que já está disponível em todas as plataformas digitais, desde o dia 24 de abril. Depois dos álbuns “Canções de Bolso” e “Canalha” (passaram por aqui), “Flávio Torres deposita a sua energia e as vivências dos últimos anos em novas músicas, que farão parte do novo EP (…)”. “Flávio Torres é uma supernova em explosão de sentimentos universais, com canções que apelam à igualdade, paz interior e amor. Com ele temos os valores da liberdade onde o destino baralha as cartas e nós jogamos.

24/05, 18h30 – Daniel Catarino
Daniel Catarino é um cantautor natural de Cabeção, vila do Alto Alentejo que não fica de caminho para lado nenhum.
Presença habitual pelos palcos nacionais, com cerca de 60 concertos por ano desde 2011, acabou por se perder numa digressão pela Alemanha em 2015. Como viajar sozinho não tem a mesma graça, apresenta-se agora em trio, acompanhado de Manuel Molarinho no baixo (O Manipulador, Baleia Baleia Baleia, Madrasta, Burgueses Famintos) e Xinês na bateria (Awaiting The Vultures, Ao Lado, 1986), bons amigos que trazem mais rock para o seu cançonetismo de rebeldia poética adulta.
“Sangue Quente Sangue Frio” é o seu novo álbum, com edição na Capote Música, com apoio da Fundação GDA e da SlowDriver. Os singles “Meio Trono e um Rei” e “Vou Fugir da Cidade” já rodam na Antena 3, entre outras rádios do país.

29/05, 21h30 – Birds are Indie
Uma das bandas que escusa apresentações ao leitores Mutantes e que, no mês passado entrevistámos a propósito do seu novo álbum “Migrations – The travel diaries” – reler entrevista.
A celebrarem 10 anos como banda, brindam os fãs com duas edições distintas do seu novo trabalho: uma em CD e outra em vinyl. Ambos os formatos contarão com a revisita de cinco canções da sua discografia anterior, reinterpretadas e regravadas. Mas como a música lhes corre nas veias, haverá também lugar para mais 10 faixas novas, estando cinco delas no CD (editado em abril passado) e outras cinco no vinyl (a ser editado só em 2021, por infortúnios do Covid-19), tudo pela mão da Lux Records.
Os Birds are Indie tornaram-se num diário obrigatório de viagens físicas e sonoras, onde não há medos de partir à descoberta de novas paisagens, nem de regressar ao ponto de partida. “Em Migrations está muito presente a ideia de ida e regresso, seja porque o disco vagueia entre diferentes períodos na vida musical e pessoal [deste trio], seja porque o mote para as letras que o compõem é a sua própria inquietude, ora desamparada, ora desafiante.
Um álbum que teve como single de avanço “Black (or the art of letting go)” e como segundo single teve “Instead of watching telly”, música do álbum de estreia dos Birds are Indie – “How music fits our silence” – e uma das escolhidas para ser regravada, com novos arranjos.

30/05, 18h30 – JP Simões
Definir JP Simões não é tarefa fácil… Cantor, compositor, letrista, contista e dramaturgo, JP Simões edita álbuns desde 1995, com uns inesquecíveis Pop Dell’Arte, uns incontornáveis Belle Chase Hotel, ou o Quinteto Tati e a solo ou em colaboração com outros compositores. O seu último álbum a solo, “Roma”, foi editado em 2013 e mereceu uma longa digressão nacional e internacional, ficando no ouvido de todos. Em finais de 2016, lançou “Tremble Like a Flower”, em nome do seu alter-ego “Bloom”.
Depois da participação no Festival da Canção de 2018 com “Alvoroço”, que venceu o prémio de melhor tema de música popular na Gala Prémio Autores 2019 da Sociedade Portuguesa de Autores, JP Simões voltou para a estrada para apresentar, de norte a sul, um espectáculo com reportório que atravessa diferentes fases e facetas da sua carreira.
JP Simões é, há muito, nome mais que obrigatório na cena musical portuguesa.

Ainda se lembra da conversa que tivemos com os mentores da Música da Casa, há umas semanas? Releia aqui para entender melhor a missiva desta plataforma que, durante esta fase em que ainda não podemos ir às salas de espectáculos que tanto gostamos, nos vai dar concertos via streaming.

A Música da Casa [iniciativa sem fins lucrativos] é um movimento independente criado por fãs de música que se juntaram para promover concertos pagos. Nesta altura de tanta incerteza, um grupo de amigos melómanos decidiu organizar-se com um único objectivo: juntar dinheiro para poder usufruir de concertos. Não que estivessem fartos de ver concertos à borla nas redes sociais, mas por acharem que essa situação não é sustentável para os músicos, nem valoriza a arte. E se os músicos não puderem/conseguirem sobreviver na sua profissão, são os fãs de música quem mais perde. No fundo, juntar o útil ao agradável: os fãs terão acesso a concertos, e os músicos farão concertos pagos.

Foi criada uma página no Facebook e uma conta na Plataforma Patreon (ver links no final deste artigo), com opção por três tipos de mensalidades. A inicial é de 5€ mais IVA e proporcionará, no mínimo entre 2 a 4 concertos online por mês. Quando os concertos forem ao vivo, a mensalidade garante também acesso a concertos. As outras mensalidades incluem alguns “benefícios” extra, como sendo t-shirts, discos, mais concertos, escolha das bandas, convívio com os músicos, etc.

Nota: Relembramos que os concertos online são visionados através de um grupo fechado no Facebook, exclusivo a membros da MdC. •

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