Massa fina e estaladiça. E o creme? Uhm…!

Assim são os pastéis de nata do Castro, o novo inquilino do n.º 38, da Rua Garrett, em Lisboa, onde a manufatura de tão apreciado doce português está a vista de quem entra e a “Alice no País da Nata” não deixa ninguém indiferente.


O Castro é um atelier dedicado ao sabe-fazer o pastel de nata. A sua feitura envolve ingredientes selecionados a dedo – a farinha é portuguesa, o leite é proveniente dos Açores, a manteiga vem de França. Esta “é mais seca, para o que o pastel não fique grosso, mas sim estaladiço”, explica Daniel Seixas, o chef pasteleiro responsável pela sua manufatura. 

A massa folhada é feita todas as manhã, nas máquinas dispostas no espaço do atelier, visível através do vidro, ladeado por um pequeno balcão dourado, para ser trabalhada no dia seguir. Quanto ao recheio, também há muito para fazer. A calda, composta por água, açúcar, canela e “notas cítricas”, fica 48 horas em repouso e o creme é confecionado um dia antes. 


Depois de pronta, é feito um rolo com a massa. Depois de cortado, cada pedaço é pressionado na respectiva forma individual, com a ajuda dos polegares. É dado o momento da distribuição do creme. Vai ao forno até cerca de dez minutos  e já está!

Manter a tradição do fabrico do pastel de nata está na base deste atelier, para que cada um fique com a “massa fina e crocante”, adjectivos comprovados logo à primeira dentada.“É bom na hora, mas também é bom no dia a seguir”, assegura o nosso cicerone. “Dez minutos no forno, no dia a seguir” e fica novamente pronto a comer!


Para acompanhar há café, chá dos Açores ou chocolate quente, entre outras sugestões, que acalentam o estômago e a alma a qualquer hora do dia. Um cálice de Vinho do Porto é outra das opções a tomar — porque não – ao final da tarde.

O Castro de Lisboa – nome atribuído por Rui Sanches, CEO da Plateform e mentor deste projecto, criado em homenagem ao seu avô, que viveu toda a sua vida no Bairro Alto – está instalado, desde o final de 2021, na antiga Casa Pereira. É o segundo espaço deste projecto, uma vez que a estreia aconteceu em 2019, com a abertura da loja na cidade do Porto, mas a ideia é não ficar por aqui.

A partir de agora, quando passar na Rua Garrett, atente na instalação do Studio Astolfi, inspirado em “Alice no País das Maravilhas” – a “Alice no País da Nata”, designação atribuída por Daniel Seixas, ao resultado deste processo criativo –, que encanta quem passa na rua e quem entra, para comer um pastel de nata quentinho, com açúcar e pó ou canela. 

Bom apetite!


+ Castro
© Fotografia: João Pedro Rato

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