A Blandy’s apresenta a linha de 10 anos. É a nova geração de Vinhos Madeira constituída por quatro monovarietais. Um a um representa cada um dos estilos clássicos deste generoso, com a premissa de ligar a inovação à tradição.

Novos vinhos, nova imagem, nova identidade. Eis a nova linha da Blandy’s Madeira 10 Anos composta por um quarteto de monocastas. Estes são representados pelas principais variedades de uva branca da ilha da Madeira: Sercial, Verdelho, Boal e Malvasia. Cada uma distingue-se pela cor atribuída ao rótulo e, respectivamente, pelos graus de doçura inerentes ao Vinho Madeira: seco, meio seco, meio doce e doce. Objectivo? Trata-se de “um vinho novo com uma nova imagem, que vai de encontro com as novas tendências da procura de vinhos mais frescos”, afirma Joana Lomelino Freitas, Directora de Marketing da Blandy’s Madeira.
“Um produto inovador com as características da Blandy’s”, continua Joana Lomelino Freitas, apresentado em garrafas transparentes, ao invés das clássicas garrafas pretas guardiãs deste generoso vinho produzido na Madeira. Em contrapartida, são dadas a conhecer as características organolépticas de cada casta, isto é, os aromas e os sabores da Sercial, da Verdelho, da Boal e da Malvasia. Apesar da inovação, a empresa não rompe com a tradição, já que cada um destes vinhos resulta do “blend de vinhos de idade média de 10 anos de envelhecimento de carvalho, segundo o processo tradicional de ‘Canteiro’, nas centenárias adegas da Blandy’s”.
Para aperitivo, é recomendado o Blandy’s Madeira 10 Anos Sercial (ou Esgana-Cão). Este vinho seco revela aromas de frutos secos macerados em conhaque e frutas cítricas comprovam-se na boca, a par com a frescura e as especiarias. À mesa, combina com amêndoas salgadas ou chouriços picantes, recomendações de Francisco Albuquerque, enólogo da empresa madeirense desde 1989. Aos apreciadores de notas de figos secos e tâmaras, e uma crescente simbiose com as especiarias, destaca-se o Blandy’s Madeira 10 Anos Verdelho, um vinho meio seco, que denota uma maior salinidade equilibrada pela frescura, perfeito para acompanhar queijos maturados. Os dois servem-se a 14 °C.
Se a preferência recai no digestivo ou na escolha da harmonização para sobremesas, a escolha é feita entre o Blandy’s Madeira 10 Anos Bual e o Blandy’s Madeira 10 Anos Malmsey. Ambos ostentam os nomes das castas em inglês, como é habitual nesta casa, e servem-se a 16 °C. O primeiro é meio doce e caracteriza-se por uma maior complexidade, que fica bem com patés, crème brûlée ou bolos de frutos, de acordo com Francisco Albuquerque, que, para o segundo, produzido ao estilo doce, indica os chocolates, devido à complexidade, às notas caramelizadas e de especiarias, bem como ao facto de se tratar de um vinho mais encorpado e com notas levemente fumadas.
Novo capítulo e os 25 anos de vindimas de Francisco Albuquerque
Este novo capítulo da história da Blandy’s Madeira, apresentado na Taberna Meia Porta, em Lisboa, resulta da constante pesquisa e do processo de desenvolvimento conduzido por Francisco Albuquerque. “A grande mudança foi o investimento da Symington, em 1988, 1989”, ano em que o enólogo passou a integrar a equipa da referida empresa. Nessa época, a grande aposta na introdução de novas técnicas e no controlo de qualidade incluiu “a questão da vinificação, com controlo de temperatura, macerações, novas tecnologias, desengaces, receber só uvas e não vinho feito, e a aposta na viticultura. Depois, foi a questão do marketing dos vinhos, que, quanto a mim, é determinante”, reforça Francisco Albuquerque.
A transferência de vinhos Madeira da Blandy’s Wine Lodge, no Funchal, para a adega, no Caniçal, localizados, respectivamente, a Sul e na encosta Este da ilha da Madeira, em 2014 e 2016, trouxeram mais-valias para os vinhos Madeira da Blandy’s. “O Caniçal tem, em média, cerca de 12 por cento mais humidade e é quase 2 ° C mais frio”, o que desencadeou uma “cinética de envelhecimento diferente”, diferenciação essa que “interferiu na evolução do Vinho Madeira”, explica Francisco Albuquerque. Com esta mudança, concluiu-se que, no início do envelhecimento, as castas beneficiam das condições climáticas da capital da região. Contudo, a Sercial e a Verdelho denotam uma melhoria significativa quando permanecem entre três a cinco anos no Caniçal, enquanto a Boal e a Malvasia desenvolvem-se favoravelmente no Funchal, de clima quente e seco.
Tudo somado, são mais de 200 anos de história, com início em 1811, e sete gerações dedicadas à produção de Vinho Madeira. Está aberto o caminho para uma nova geração de vinhos Madeira. Brindemos! •