O Misty Fest regressa em 2025 para celebrar a sua 16.ª edição com um cartaz de excelência e um posicionamento claro: continuar a ser o festival mais elegante, íntimo e diferenciado do panorama musical português, e no ar já estão as primeiras confirmações.
Este ano, a programação eleva ainda mais a fasquia, com nomes incontornáveis da música internacional e nacional, concertos exclusivos e atuações desenhadas para algumas das mais prestigiadas salas do país.
Agarrando no artigo que vos apresentámos no passado junho, actualizámos o alinhamento já com o cartaz completo e fechadíssimo. Eis o programa e seus destaques:
02/11 – MAQUINA. + Travo (Concerto Duplo) – Casa da Música (Sala 2), Porto.
10/11 – Gustavo Santaolalla – Aula Magna, Lisboa.
Compositor argentino premiado com dois Óscares, Grammys e um Globo de Ouro, apresenta em Portugal o arranque da nova digressão internacional. Celebra os 25 anos do emblemático álbum Ronroco num concerto que promete ficar na memória.
10/11 – Shai Maestro – Casa da Música (Sala 2), Porto.
De origem israelita, o pianista Shai Maestro apresenta The Guesthouse, um emocionante novo capítulo na sua trajectória artística. Acompanhado por Gadi Lehavi (teclados, piano e electrónicas), Jorge Roeder (baixo) e Ofri Nehemya (bateria), o antigo músico de Avishai Cohen alarga o dialecto jazzístico e enriquece-o ao combinar elementos electrónicos e acústicos em canções curtas, aventurando-se, pela primeira vez, na escrita das próprias letras.
10 e 11/11 – Salomão Soares Trio – São Luiz Teatro Municipal, Lisboa.
O talento brasileiro encontra o jazz contemporâneo em Espirais, um espetáculo com fortes raízes na tradição e na liberdade da improvisação.
11/11 – Moisés P. Sánchez – Casa da Música, Porto.
12/11 – Moisés P. Sánchez – São Luiz Teatro Municipal, Lisboa.
Compositor e pianista espanhol com reconhecimento internacional, apre-senta Hidden Places, um espetáculo onde o jazz encontra a eletrónica e a música sinfónica, numa viagem sonora desafiante e inovadora.
12/11 – Makaya McCraven – São Luiz Teatro Municipal, Lisboa.
Um dos nomes mais revolucionários do jazz contemporâneo. O músico norte-americano mistura jazz, hip-hop e sons globais numa linguagem ousada e sofisticada. Um espetáculo vibrante e imprevisível.
13/11 – Dobrawa Czocher + Julianna Barwick (Concerto Duplo) – São Luiz Teatro Municipal (Sala Luís Miguel Cintra), Lisboa.
A violoncelista polaca Dobrawa Czocher, uma autêntica artesã de música para sonhos. A comprová-lo está o álbum de estreia em nome próprio, Dreamscapes (2023), depois da colaboração com a pianista Hania Rani – também natural da Polónia – em dois trabalhos em conjunto. Entre a música clássica e contemporânea, vem ao festival desvendar a magia e o significado dos estados de inconsciência, e ainda mostrar material de um futuro disco, na companhia de Natalia Czekała, no sintetizador.
13/11 – Sofia Leão – São Luiz Teatro Municipal (Sala Bernardo Sassetti), Lisboa.
Entre os novos talentos nacionais, anuncia-se Sofia Leão, uma das grandes revelações deste ano. Mar é o título da estreia da cantora, compositora e produtora de apenas 18 anos. No Misty, prepara-se para elevar a atmosfera íntima e imersiva que as 12 composições do álbum transmitem. Cruzando piano, electrónica e harmonias vocais, a artista já revela uma linguagem própria, com muito ainda para dar.
14/11 – Yumi Ito – Auditório de Espinho.
15/11 – Yumi Ito – São Luiz Teatro Municipal, Lisboa.
16/11 – Yumi Ito – Cineteatro Louletano, Loulé.
Estreia absoluta em Portugal. A cantora e pianista suíça, de ascen-dência polaco-japonesa, apresenta Ysla, uma obra que cruza fronteiras estilísticas com intensidade lírica e um talento vocal excecional.
14/11 – Danças Ocultas – São Luiz Teatro Municipal, Lisboa.
15/11 – Danças Ocultas – Casa da Música, Porto.
O quarteto português celebra 36 anos de carreira com o novo álbum Inspirar. Um regresso às origens e à essência da música que respira, pulsa e emociona.
14/11 – José Peixoto & Nuno Cintrão – São Luiz Teatro Municipal, Lisboa.
01/12 – José Peixoto & Nuno Cintrão – Casa da Música, Porto.
No ano do centenário do nascimento de Carlos Paredes, os guitarristas e compositores José Peixoto e Nuno Cintrão prestam-lhe homenagem num espetáculo intimista e inventivo. Uma viagem sensorial pelas memórias e possibilidades do universo sonoro do mestre da guitarra portuguesa.
15/11, 22h30 – Joep Beving – Casa da Música, Porto.
16/11, 17h00 e 21h00 – Joep Beving – São Luiz Teatro Municipal, Lisboa.
O aclamado pianista e compositor holandês celebra 10 anos do disco Solipsism com dois concertos imper-díveis. Uma oportunidade única para experienciar uma atuação a solo num ambiente imersivo e emocio-nalmente arrebatador.
14/11 – Lina_ & Marco Mezquida – Casa da Música, Porto.
22/11 – Lina_ & Marco Mezquida – CCB, Lisboa.
Apresentação de O Fado, uma obra que junta a multipremiada fadista portuguesa e o compositor e pia-nista espanhol, a lançar este ano. O resultado de um diálogo intenso, criativo e apaixonado, agora tra-duzido num espetáculo memorável.
22/11– Wallners – Musicbox, Lisboa.
Os Wallners, banda de dream pop composta pelos irmãos vienenses Anna (voz), Laurenz (piano), Nino (guitarra) e Max (baixo), juntam-se às novidades no Misty. O jovem grupo traz na bagagem o seu primeiro longa-duração, End of Circles, editado em Fevereiro – uma obra onde o sonho e a realidade se fundem. É assim que, no universo sensorial dos Wallners, a existência de quem os escuta se torna mais leve a cada nota.
15/11 – Valter Lobo – São Luiz Teatro Municipal (Sala Luis Miguel Cintra), Lisboa.
29/11 – Valter Lobo – Casa da Música (Sala 2), Porto.
Sem reservas e mergulhado no imaginário que tem vindo a construir, Valter Lobo sobe sozinho ao palco para um momento de partilha intensa com o público, onde a voz, a guitarra e alguns aparelhos analógicos são os companheiros de viagem. Durante o itinerário, canções recentes e antigas, entrelaçadas com um conjunto de devaneios, constroem, como explica o cantautor, “um sonho em voz alta”.
23/11 – Federico Albanese – CCB, Lisboa.
O pianista e compositor italiano estreia-se no Misty Fest com Blackbirds and the Sun of October, um álbum inspirado pela sua terra natal no norte de Itália. Uma viagem sonora com piano, cordas e eletrónica delicada, onde a beleza da paisagem se transforma em música profundamente emocional.
29/11 – Sétima Legião – CCB, (Grande Auditório), Lisboa.
Outro acontecimento do festival é a interpretação de A Um Deus Desconhecido, o primeiro álbum da Sétima Legião, lançado em 1984. Os lisboetas revisitam, ao vivo e na íntegra, um clássico que continua a conquistar e a inspirar gerações, com temas como “O Canto e o Gelo”, “Aguarela” e o mítico instrumental “Pois Que Deus Assim o Quis”. Neste concerto, um dos nomes mais importantes da música portuguesa recupera também alguns dos seus maiores êxitos.
29/11 – Schönbrunn Palace Orchestra Vienna – CCB, Lisboa.
Uma noite única, onde a orquestra vai transportar a plateia para a elegância das salas de espectáculos de Viena do século XVIII e sublinhar a profunda ligação que tem com o legado de Mozart, não apenas pela escolha de repertório, mas também pela excelência musical na execução das composições. A dar corpo a esta viagem sonora intemporal, a Schönbrunn Palace Orchestra Vienna é constituída por músicos altamente qualificados de todas as mais importantes orquestras da capital austríaca. Conduzida pelo maestro Vinicius Kattah e com o brilho dos solistas Yoanna Ruseva (violino) e Boris Lipov (flauta), a orquestra apresenta An Evening with Mozart, um programa magistralmente concebido e inteiramente dedicado a um dos maiores compositores de sempre, com algumas das suas obras mais célebres: Serenata n.º 13 em Sol Maior, K. 525 Eine Kleine Nachtmusik; Concerto para Flauta n.º 1 em Sol Maior, K. 313; Rondo em Dó Maior para Violino e Orquestra, K.373; Sinfonia n.º 29 em Lá Maior, K. 201.
29/11 –Aukai – Museu do Oriente, Lisboa.
A representar a Alemanha está Aukai, o projecto do multi-instrumentista e compositor Markus Sieber, mestre na criação de ambientes instrumentais envolventes e meditativos. Inspirado na música indígena, o artista promete mergulhar o público num momento de contemplação e beleza, através de um som marcado pelo charango – instrumento andino de cordas, cujo timbre celestial transmite a sensação de liberdade das montanhas.
29/11 – Grandbrothers – LAV, Lisboa.
30/11 – Grandbrothers – Casa da Música, Porto.
O duo alemão que tem conquistado palcos por toda a Europa regressa a Portugal para apresentar o seu novo álbum. Fundindo piano acústico com manipulação eletrónica em tempo real, a dupla cria experiências hipnóticas, intensas e sensoriais, onde a composição clássica se encontra com a vanguarda sonora.
Assim que nos chegarem novas confirmações, aqui voltaremos para vos acicatar, ainda mais. Uma nova edição do Misty Fest que mantém uma programação de excelência, reafirmando o porquê de já ser um dos festivais obrigatórios da cena musical em Portugal, há muito tempo. A tomar nota, destes primeiros nomes, na sua agenda do outono de 2025. •
