RESPIRA! no Theatro Circo

“Bem-vindos ao mundo do ar”.  Assim nos é apresentado um novo festival, a norte, onde o piano é rei e senhor de todo um palco, com músicos que o elevam: Rufus Wainwright, Douglas Dare, Wim Mertens, Dakota Suite & Quentin Sirjacq.

Durante o mês de maio que se aproxima, o Theatro Circo abre as portas ao primeiro “RESPIRA! – O piano como pulmão”. Para o efeito, foram escolhidos quatro senhores pulmões e quatro reis pianos: Douglas Dare no dia 12, Wim Mertens no dia 13, Dakota Suite & Quentin Sirjacq no dia 20 e Rufus Wainwright encerra esta jornada no dia 31.

Respirar é um processo humano vital e, para alguns, o piano é quase idêntico aos pulmões. Basta pensarmos em Glenn Gould, olhar para as suas gravações e sentir a cada tecla o ar a entrar e a sair da sua boca – génio máximo que se nunca viu, por exemplo as “Variações de Goldberg”, ainda não respirou, garantimos. É provável que, para um pianista, do ponto de vista bioquímico, o piano seja o seu 101º órgão e ainda maior que os pulmões, e não apenas um prolongamento do seu corpo. Na linguagem vulgar, respirar também é viver, conhecer, arriscar, ouvir lufadas de ar fresco. Neste sentido, RESPIRA! é uma ordem universal, uma forma de um ser vivo animar um monstro chamado piano. E a cada pulmão cabe uma lufada diferente.

A 1.ª edição do RESPIRA! conta com quatro presenças internacionais – três das quais com data exclusiva em Portugal e espetáculos únicos a solo – tendo início com a jovem coqueluche da Erased Tapes, o londrino Douglas Dare, que terá a sua estreia absoluta em Portugal com data exclusiva e a solo no dia 12, seguindo-se no dia seguinte o consagrado pianista Wim Mertens (que já por aqui e ali falámos na Mutante) também num espetáculo a solo. No dia 20 passarão por Braga os Dakota Suite, liderado pelo talentoso Chris Hooson e acompanhado do pianista Quentin Sirjacq, e para terminar com chave de ouro estará entre nós o compositor nova iorquino Rufus Wainwright, que se apresentará a solo e em exclusivo em Portugal no dia 31: imperdível.

A verdade é que o Theatro Circo se torna no principal pulmão da cidade com a cadência rítmica do piano. Sendo assim. os trilhos e as caminhadas pela floresta podem muito bem ficar para junho. O ar puro estará garantido neste Theatro de beleza ímpar.

Reserve na sua agenda, respirar em maio, em Braga com quatro pianos. •

Theatro Circo
© Imagem: Rufus Wainwright, DR.

Já recebe a Mutante por e-mail? Subscreva aqui .