“How to Do Things” é a exposição que inaugura a Galeria Lehmann + Silva, na cidade Invicta, no próximo novembro. Uma nova galeria no Porto que aposta em arte de nacionais e internacionais.
A nova Galeria chamar-se-á Lehmann + Silva e nos seus 240 metros quadrados a arte falar-se-á em múltiplas linguagens: na da pintura, da cultura, da instalação ou do vídeo; uma galeria que pretende abraçar a arte de hoje e nos seus múltiplos suportes e formas de expressão. Com inauguração marcada para 11 de novembro (um sábado, às 16h00), a nova galeria quer ser um espaço de excelência, no Porto, para a divulgação e exportação de artistas contemporâneos. A proximidade geográfica com a Galiza reforça a aposta da Galeria na representação de talentos portugueses e espanhóis. No espaço da Rua Duque de Terceira, perto da Faculdade de Belas Artes, os dois sócios reúnem uma oferta mais atual da arte contemporânea, onde, para além dos novos artistas, terão um acervo com obras de artistas de renome portugueses e estrangeiros.
Esta viagem exploratória pela arte, que se espera longa, começa com cinco artistas: Fermín Jimenez Landa, Josep Maynou, Joana da Conceição, Diana Carvalho e Ramiro Guerreiro.
O espanhol Josep Maynou, conta no currículo com exposições no Performance Stage 122 em Nova Iorque e na Galerie Suvi Lehtinen and Transmediale em Berlim. Em “Leisure”, irá apresentar dois tapetes marroquinos. Fermín Jimenez Landa, também espanhol, levará ao Porto o seu trabalho “The Muotathal prophet” desenvolvido no ano passado, para a manifesta 11 tendo exposto a solo em galerias no México e em várias cidades espanholas.
Do lado dos artistas portugueses, Ramiro Guerreiro dá o conhecer o seu trabalho “Entalados”, criado este ano. Sozinho ou em exposições coletivas, já passou por diversos espaços por cá e além fronteiras, o destaque recai na residência artística na conhecida Casa de Velázquez em Madrid. Diana Carvalho, formada em Belas Artes no Porto, já expôs na Boutique – Raum für temporäre Kunst em Colónia, Alemanha, e conta com diversas exposições individuais e coletivas. Por fim, Joana da Conceição levará os seus trabalhos de pintura “Soulhouse”, após ter exposto em espaços nacionais e franceses, nas cidades de Marselha e Lagamas.
A exposição “How to do things” é, em si, “um projeto que refere às várias possibilidades performativas da matéria, ao jogo de possibilidades e liberdade que esta nos oferece para talvez representar o mundo com pequenos gestos. Gestos que vão de forma oscilante entre o universo da alta cultura e das formas populares de construção desta no presente.
Dentro de uma situação atual de superabundância de imagens e com a intenção de criar narrativas, situações e contextos que alterem a tradicional relação entre artista, matéria, obra e espectador, os vários artistas apresentados nesta proposta jogam com a força implícita que contem os materiais, objetos e estruturas do quotidiano.
Este jogo que aqui se propõe e o que poderíamos chamar de ‘possibilismo’ ou mesmo de ação fortuita, procura revelar o papel ativo do artista na
exploração das formas da realidade mais próxima, e a energia implícita que as acompanha, explorando a polissemia das suas declarações.
Este exercício de liberdade, que acreditamos pode ser um modelo de resistência à impossibilidade de acreditar no futuro, é definitivamente uma
espécie de criação de narrativas subjetivas carregadas de uma certa ironia, como se às vezes “fazer algo que não conduz a nada” nos desse a
oportunidade de nos encontrar com alguma resposta.
A ação, em tudo isso, como meio de explorar estas ideias abstratas, tem como objetivo se movimentar de forma algo eufórica ou até descontrolada, para o terreno da pintura, escultura, instalação, vídeo ou literatura, e questionado a sua própria produção“.
A curadoria desta primeira exposição na Lehmann + Silva está a cargo de Juan Luis Toboso. Natural de Valência, já trabalhou no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, é curador em residência do Centre de Cultura Contemporanea-Centre del Carmen en Valencia e Professor da Escola superior artística do Porto. Fundada por Frederick Lehmann e Mário Ferreira da Silva, a Lehmann + Silva surge no Porto como uma galeria focada na arte contemporânea que representa artistas portugueses e estrangeiros. Frederick Lehmann, colecionador de referência colombiano, empresário e professor universitário, vive no Porto já há alguns anos. Mário Ferreira da Silva é art advisor.
A colocar no seu roteiro de arte habitual, mais uma galeria de arte a visitar. Dia 11 de novembro, reserve a tarde para passar na Lehmann + Silva. •