No próximo fevereiro, que está mesmo ao virar da esquina, a Orquestra Metropolitana de Lisboa apresenta no Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB) uma das mais conhecidas óperas de Mozart: “A Flauta Mágica”. O espectáculo é o culminar de mais uma edição do Atelier de Ópera da Metropolitana e conta com a participação do Coro de Câmara Lisboa Cantat, dirigido pelo maestro Jorge Carvalho Alves.
“A Flauta Mágica” foi escrita na recta final da vida de Mozart, incentivado pelo seu amigo Emanuel Schikaneder (autor do libreto), o génio austríaco compôs uma ópera que, sem desprezar a feição cómica tão cara ao gosto vienense, depressa se tornou numa das obras mais representativas dos ideais iluministas do século XVIII. O enredo acompanha as aventuras do príncipe Tamino e do seu escudeiro Papageno que, para resgatarem a bela Pamina, devem superar um conjunto de obstáculos carregados de simbolismo, chegando mesmo a associar-se elementos maçónicos a determinados elementos da ópera. É uma obra complexa que cativa miúdos e graúdos e que está, inevitavelmente, na memória música-visual de (quase) todos.
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), prodigioso compositor e instrumentista austríaco, por iniciativa de seu pai, iniciou um périplo pela Europa quando ainda era criança, actuando desde cedo para famílias reais e membros da aristocracia. Antes de completar 20 anos, já tinha escrito uma parte considerável da sua obra. Passou grande parte da sua vida entre Viena e Salzburgo, tocando na catedral e na corte.
Na direcção musical estará Pedro Amaral (n. 1972), maestro, compositor, professor e director artístico da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Obteve a sua formação musical em Lisboa, Paris, Budapeste e Milão, tendo concluído um mestrado e um doutoramento sobre a obra de K. Stockhausen. Colabora regularmente com instituições nacionais e estrangeiras. Parte da sua obra está já editada em disco.
Assim, pela obra representada, pelos intérpretes, pela direcção e maestro, dia 07 de fevereiro pelas 20h00, em Almada, é rumar o TMJB para ver e ouvir “A Flauta Mágica” pela Orquestra Metropolitana de Lisboa. •