EPICENTRO / Sabotage

A Região Centro vai tomar de assalto o mítico Sabotage, em Lisboa. Uma invasão pacífica e desejada, por músicos consagrados e músicos que prometem futuros bem ritmados.

O EPICENTRO, nome que convidamos a fixar porque tem um futuro bem promissor na cena cultural e de louvar, “pretende transportar para a estrada a efervescência do momento actual da música feita na Região Centro, com foco especial em Coimbra. Como um sismógrafo musical, o EPICENTRO faz um ponto de situação musical da região, tomando-lhe o pulso e divulgando propostas emergentes, ao mesmo tempo que valoriza nomes consagrados, numa mescla de experiências e de abordagens estéticas.


© From Atomic, DR

Desde os anos 1990, a Região Centro tem sido um embrião consistente de propostas musicais que criaram frutos para as décadas futuras. “A produção cultural associada à música nesta região, que engloba cidades como Coimbra, Leiria, Aveiro, Alcobaça e Viseu, tem-se reforçado, de forma sólida, nos últimos anos, mas mais do que a criação isolada tem-se verificado um fenómeno de colaborações e partilhas que busca criar algo novo ou, pelo menos, renovado. E com uma marca muito própria.

Para a noite da invasão, agendada para o dia de 25 de Outubro de 2019, abertura de portas às 22h00, no Sabotage Club, o cartaz inclui três bandas com embrião em Coimbra — d3ö, Tricycles e From Atomic –, aos quais se juntam os alcobacenses Plastic People. No final dos concertos, a festa continua ao som dos DJs Pedro Chau e Nuno Rabino.

Sem mais demoras, que se apresentem as bandas e a hora programada para a sua subida ao palco:

22h30 – FROM ATOMIC
From Atomic, são Al, Márcio e Sofia, um trio nascido no ano de 2018, em Coimbra. “A sua sonoridade resulta de uma simbiose entre a pop vanguardista dos anos 80 e o indie-noise dos anos 90. A simplicidade e dramatização que Sofia aplica nas canções, através da voz e do baixo, é brutalmente transformada pela musicalidade crua da bateria e teatralidade da guitarra, criando canções viciantes. Após terem mostrado os seus primeiros registos, “Heaven’s Bless” e “Better Than”, o primeiro foi incluído na compilação Novos Talentos FNAC 2019.” Para breve está previsto o lançamento do álbum de estreia, gravado na Blue House Estúdios e a editar pela Lux Records.


© d3ö, DR

23h15 – TRICYCLES
Os Tricycles são uma coisa vagamente improvável, um conjunto de ‘kidadults’ de rumo duvidoso, mas com histórias para contar, cheias de pessoas que poderiam existir. E de facto existem, em calmas músicas prontas a explodir, lentamente, a mil à hora, com suavidade, ou em rugidos de guitarras zangadas e pianos falsamente corteses, de rudes baixos a conversar com educadas baterias. Portanto, façamos uma pergunta para a qual tenhamos uma resposta: quem são os Tricycles? São o João Taborda (António Olaio & João Taborda), o Afonso Almeida (Cosmic City Blues, Sequoia), o Edgar Gomes (Terb) e o Sérgio Dias.” O primeiro álbum de originais – “Tricycles” – foi gravado e produzido por Nelson Carvalho com os Tricycles, e editado pela conimbricense Lux Records.

00h15 – D3Ö
Os d3ö (the trio) nasceram em 2002, em Coimbra, das cinzas dos Tédio Boys, com Toni Fortuna (voz e guitarra, ex-Tédio Boys / M’asFoice), Tó Rui (guitarra, ex-Garbage Catz) e Miguel Benedito (bateria, ex-Garbage Catz). Depois de editarem ‘Six Pack Track’ (2003) e ‘8 Tracks On Red’ (2004) concluíram, em 2005, com ‘7 Heartbeat Tracks’, o projecto inicial: um trio / três EPs. Em 2009 foi a vez do primeiro longa-duração ‘Exposed’ que teve como sucessor ‘Love Binder’, em 2013.” Neste momento a banda encontra- se em preparação o regresso aos álbuns, mais um a editar pela Lux Records.


© Plastic People

01h15 – PLASTIC PEOPLE
Os Plastic People são João Gonçalo (voz), André Frutuoso (guitarra) e JT (sintetizadores, teclados, voz), os três músicos da cidade de Alcobaça. “Uma banda que vive num mundo habitado por bandas como The Velvet Underground, Joy Division, The Jesus & Mary Chain, Suicide, David Bowie ou Iggy Pop. A sua música oscila entre o amor e o ódio, entre a luz e a escuridão, entre a luxúria e a decadência. As ilusões, as expectativas goradas e muitas vezes a dificuldade em lidar com uma visão romântica da vida transformam-se nas histórias dos temas da banda, como um verdadeiro romance punk.”

A tomar nota. A não perder, a Região Centro a fazer abanar o Sabotage. •

+ Sabotage
+ EPICENTRO
© Imagem de destaque: Cartaz do EPICENTRO, design by Joana Corker .

Já recebe a Mutante por e-mail? Subscreva aqui .