A Blue House, em parceria com o Salão Brazil, apresenta o ciclo de mini-concertos “SALÃO AZUL”. Entre maio e julho, deste ano, vai poder assistir ao trabalho conjunto, entre a Blue House e o Salão Brazil, de produção e curadoria de diversos espectáculos solidários com a União Audiovisual. Esta associação nasceu durante a pandemia com o objectivo de ajudar – exclusivamente através de bens alimentares – os inúmeros profissionais da área audiovisual que ficaram sem trabalho, devido à enorme redução de eventos realizados.
Sendo esta uma situação a que não se pode ficar indiferente, a Blue House e o Salão Brazil, com o apoio da Music Light e da Associação de Músicos e Técnicos, juntaram-se para se associar a esta causa e irão promover diversos mini-concertos, às quarta-feiras, pelas 18h30, sempre no Salão Brazil, em Coimbra.
Para assistir é necessário efectuar reserva (contactos no final desta nota) e, em troca da entrada gratuita para estes espectáculos, é apenas solicitado a cada pessoa a oferta de, pelo menos, um bem alimentar não perecível (e.g.: enlatados, arroz, massa, azeite, leite pasteurizado, sumos empacotados,…). Os alimentos doados serão recolhidos e entregues à União Audiovisual.
Eis os três primeiros concertos já confirmados que esperam por si:
12/05, 18h30 – MIKE VHILES
O trio conimbricense Mike Vhiles entra em cena em novembro de 2020 com a edição de “Acid Reflux”. A acompanhar a edição do trabalho de originais esta trupe lançou, em edição física limitada, o formato em cassete. O EP de estreia é “a essência embrionária do que são os Mike Vhiles, um blitzkreig incessante de som, que sem abrandar apresenta a direcção criativa da banda, uma mistura do Garage-Psych Californiano e Australiano com o Noise-Rock e Shoegaze dos 90 , embrulhado num ethos DIY do Punk e Post-Punk Inglês. Carregado de fuzz, disparos de delay e montanhas de reverb por vezes a roçar a cacofonia, as influências são concretas e claras; desde Thee Oh Sees ,Ty Segall e King Gizzard & The Lizard Wizard até se revendo em bandas nacionais como Sunflowers e Cave Story, mas a conseguir manter a sua própria personalidade.” O trio, que conta com Miguel Vale (guitarra, voz), João Vilas Boas (bateria) e André Figueiredo (baixo), já fez algumas apresentações ao vivo e são a mais recente lufada sonora da zona centro.
19/05, 18h30 – a JIGSAW
Há mais de 20 anos que os a Jigsaw começaram a preencher-nos a alma canções. “Profundamente inspirados pela música popular norte-americana, João Rui e Jorri deitaram mãos ao fascinante e inesgotável legado da folk, da country e do blues. Com os seus discos foram apurando uma alquimia que os tornou populares em Portugal e além-fronteiras, motivando elogios da imprensa internacional.” Os concertos ao vivo são sempre marcados pela forma como ambos tornam real, ali para nós, o imaginário dessas fortes raízes musicais e literárias.
26/05, 18h30 – HELDER BRUNO
A formação musical de Helder Bruno passou pelo Conservatório de Música de Coimbra, a Escola de Jazz do Porto, a Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra e a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, além da participação em diversos workshops. Depois do interregno de cerca de 10 anos, em que se dedicou à edição do livro “Jazz em Portugal, 1920-1956” e ao cargo de Vereador na Câmara Municipal da Lousã, Helder Bruno retomou a sua atividade artística, enquanto compositor e pianista. Em 2018, lançou o seu primeiro trabalho: “A Presença, Serena e Terna”, que contou com o apoio da Antena 2 – uma suite de 12 peças compostas e orquestradas para piano, voz e quarteto de cordas. Em 2019, lançou o seu segundo álbum – “Sob um Céu de Água”.
A tomar nota de tudo (prometemos ir actualizando a programação – que ainda tem muito por desvendar – sempre que a mesma ficar disponível).
A ir, porque a Cultura É Segura.
A não perder porque a União Audiovisual conta com a sua presença.
Abracemos a música, no seu todo! •