No sentido de assinalar e celebrar o 80.º aniversário do nascimento de José Mário Branco, foi editado em maio deste ano “6 VIOLAS”, um inédito sexteto de violas.
Pensado e levado a cabo pelo aclamado compositor e violetista José Valente, este projecto estabelece um inesperado vínculo entre a música erudita e a canção de intervenção como forma de homenagem e enaltecimento ao incontornável legado do cantautor desaparecido em 2019, uma referência inevitável na história da música em Portugal.
Para a viagem por este importante repertório, Valente desafiou cinco dos mais brilhantes violetistas da nova geração de músicos clássicos para, em conjunto, inaugurarem um momento musical inédito. Sofia Silva Sousa, Miguel Sobrinho, João Tiago Dinis, José Miguel Freitas e Edgar Perestrelo abraçaram o desafio de constituir um sexteto de violas – a primeira formação com esta configuração em Portugal – para interpretar as belas e assertivas canções do autor de Inquietação.
O primeiro registo de 6 VIOLAS intitula-se “Águas paradas não movem moinhos” e teve edição a ver a luz do dia, no passado 27 de maio de 2022. O primeiro single de avanço foi “Eu vi este povo a lutar”, memória e desassossego de José Mário Branco com arranjos de José Valente.
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Porque a intervenção é demonstrada quando se estimulam novos paradigmas de invenção e diálogo, em “Águas paradas não movem moinhos”, o projecto 6 VIOLAS parte de um cancioneiro de todos através da exigência e subtileza que define a música erudita. Em suma, uma proposta de simbiose revolucionária que aponta para o futuro seguindo assim as pegadas do seu principal impulsionador, José Mário Branco.
Um álbum para descobrir e ouvir, neste verão. •