O Alentejo tem muitos Alentejos dentro dele: o das planícies, o das serras, o das praias, o Alentejo das vinhas e dos olivais, o das barragens. O Alentejo que se descobre quando se sai dos caminhos normais que nos levam a tudo isto. E é nestes novos percursos que se encontra um sítio que se une a um espelho de águas, aparentemente, calmas. Chegámos às Azenhas da Seda.
01 – Nascer do dia / 02 – Antiga azenha onde funciona a copa
03 – Praia fluvial / 04 – Zona de refeições
Quando aqui se chega, fica-se isolado. Quase literalmente. Os telemóveis não têm rede e se, por acaso, se esquece de alguma coisa, a localidade mais próxima, Cabeção, fica a cerca de 6 km. Assim, o melhor é assegurar que se leva tudo, a começar na disposição para se deixar abandonar na calmaria da paisagem ou deixar-se levar pelas águas da ribeira da Seda, em Mora, Alto Alentejo.college football jerseys alpinestars caschi blundstone uomo Ohio State Team Jersey uberlube luxury lubricant penn state jersey castelli gabba Iowa State Football Uniforms pepe jeans outlet two people fishing kayak NCAA Jerseys jordan air force 1 College Football Jerseys casquette femme von dutch sac eastpak
Pode-se descansar, é verdade, mas asseguramos que lá, quer-se experimentar entrar no rio e descê-lo. E isto pode ser feito em canoas, em aquapedestre (isso, mesmo, ‘descer o rio a pé’; adulto, 24€) ou em hidrospeed (é preciso explicar?, adulto, 28€).
E porquê aqui? E porquê tudo isto? Em poucas palavras, explicamos: Luís Lucas, de Lisboa, há cerca de 30 anos fez uma prova de sobrevivência nesta zona alentejana. Num dos dias, ao descer a ribeira de Seda, cruzou-se com esta antiga azenha, abandonada, e com as águas cheias de lagostim. Nessa noite, o faustoso jantar foi saboreado na praia fluvial sob o encantamento das estrelas de um céu totalmente livre de luz artificial. Ainda hoje é assim. Muitos anos depois, quando a namorada lhe confessou o desejo de morar no Alentejo, Luís lembrou-se do tal lugar que o havia conquistado no passado.
5 – Tenda de glamping
De Lisboa ao Alentejo era um pulinho e o casal não hesitou. Aquilo que, no início, seria apenas uma casa de fim de semana e de férias virou projeto de vida e é, hoje, a casa de todos os dias.
De verão, é montado o parque de campismo, que inclui o glamping – o segundo maior de Portugal, com cinco tendas super confortáveis e vistas privilegiadas (a partir de 64€/noite) – e o base camp (a partir de 4€/pessoa), assim como as estruturas para receber quem aqui quer passar uma noite, um fim de semana, uma semana ou mais, de total relaxamento. No inverno, quando a estação fria faz das suas e grande parte do local fica debaixo de água, as tendas são recolhidas e a antiga azenha, que faz as vezes de copa durante os meses quentes, fica praticamente coberta de água. Aqui, vive-se de acordo com as leis da Natureza.
E é esta que nos comanda quando aqui chegamos. Podemos optar por nos estendermos na praia, mas o melhor é libertar energias dentro de água. Descer o rio de canoa recomenda-se, sem dúvida, mas para algo realmente diferente, sugerimos o aquapedestre. O nosso corpo é ‘atirado’ ao ritmo das águas que nos leva em rápidos, mas nas quais também precisamos de nadar, quando estas se tornam espelhos, de tão tranquilas. O fato de neopreno ajuda-nos a manter o corpo quente e os coletes a manter-nos à toa de água. Mas há ainda os percursos que fazemos por terra ao longo do curso da água ou dentro da ribeira, agarrados a cordas, para melhor ultrapassar as correntes vivas desta. E há saltos para a água que podem intimidar quem tem medo das alturas mas, garantimos, valem mesmo a pena.
6 – Balneários
Depois de tudo isto, sabe bem um banho quente ao céu aberto, porque as estruturas de casa de banho não têm tetos e deixam ver o céu azul do Alentejo.
E é ainda sob o céu que se saboreiam as refeições, protegidos do sol sob as copas das árvores, ou aconchegados à noite pela fogueira do churrasco. Os únicos sons permitidos quando o sol se põe é o som tranquilo da ribeira e o dos risos da descontração. E são estes que nos embalam o sono.