Prepare-se para sair de casa, pois ao longo de um mês, praças e jardins da cidade das sete colinas enchem-se de boas sonoridades, de clássicos da sétima arte e de artes visuais, para toda a família.
© Fotografia de José Frade
De 20 de agosto a 20 de setembro, o Lisboa na Rua celebra, pelo sétimo ano consecutivo, as artes ao ar livre, transformando anfiteatros naturais, praças, jardins, ruas recônditas e espaços ocultados dos olhares menos curiosos em pequenos e grandes palcos, para receber bandas de jazz e ensembles de música moderna da Metropolitana, recuperando um coreto com sonoridades de bandas francesas, sem esquecer o tributo ao Fado, no Largo de São Carlos, ou os fins de tarde com mais música, no Jardim das Esculturas do Museu do Chiado, e guardando a atuação da Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo maestro convidado Pedro Neves, para o dia da despedida – 20 de setembro —, às 19 horas, na Praça do Município. O mesmo acontece com o cinema, que sai das salas para a rua, com uma selecção de filmes sobre Lisboa, a videoarte, oriunda de todas as partes do mundo, as artes visuais e a performance, e as instalações de fotografia no Intendente, assim como a entrada no Teatro Nacional D. Maria II e os três dias dedicados à família, no Parque de Jogos 1.º de Maio.
Mas vamos por partes.
Começamos com “A arte da Big Band”, na qual a Orquestra Angrajazz, dos Açores, faz as honras da abertura da 7.ª edição do Lisboa na Rua, com data marcada para 20 de agosto, no Jardim do Arco do Cego, no âmbito do ciclo de jazz agendado para todas as quintas-feiras, sempre num lugar diferente da cidade.
Partimos para as “Noites de Verão no MNAC” (com notícia já publicada aqui), onde os Jardim das Esculturas do Museu do Chiado, de repente, são ocupados, nas noites de 21 e 28 de agosto, e 4 de setembro, por concertos de músicos de uma parte do mundo.
“Sou do Fado” é outra das rubricas do Lisboa na Rua, a qual integra, a partir de 21 de agosto, cinco concertos, no Largo de São Carlos, no Chiado. São eles de Raquel Tavares, Amélia Muge, Kátia Guerreiro, António Chainho e Jorge Fernando.
Na rua, os clássicos são ouvidos através das mais variadas formações de metais da Metropolitana que, todos os sábados, mostram um repertório moderno dedicado ao ragtime e uma homenagem a Frank Zappa. Falamos do “Clássicos na Rua”.
Por sua vez, o “Kiosquoroma”, festival que nasceu nos coretos dos jardins de Paris, invade o coreto da Praça José Fontana, nos dias 22 e 23 de agosto, trazendo as bandas francesas emergentes Villa Hobo, KIZ e Gerald Kurdian.
Porque a festa é ao ar livre, há “Fitas na Rua”, aos sábados e domingos, com uma seleção de filmes em que Lisboa é protagonista – como “Heróis do mar” (1949), de Fernando Garcia, a 22 de agosto, no Terreiro das Missas –, entre outras obras de ficção da sétima arte.
Além da música e do cinema, o Lisboa na Rua apresenta o “Fuso”, de 25 a 30 de agosto, com a videoarte nos claustros dos museus da cidade e uma homenagear Ernesto de Sousa, o criador do primeiro evento multicultural no país, na década de 1970’.
Porque Lisboa é feita de artistas, saltamos para o “Projecto Vicente”, do Projecto Travessa da Ermida que, na Travesa do Marta Pinto, em Belém, convida, a partir de 10 de setembro, os artistas Alessandro Lupi, de Itália, e Gabriele Seifert e Rochus Aust, da Alemanha, a intervir no espaço dedicado ao padroeiro de Lisboa, no âmbito de um programa que reúne concertos, instalações e performance.
Do “Flâneur” fica o desafio a artistas, no sentido de darem a conhecer novas leituras sobre a cidade através de um trabalho fotográfico que, a partir de 11 de setembro, estará exposto no Largo do Intendente, num conjunto de instalações de fotografia, workshops, performances, entre outros domínios das artes.
No mesmo dia, e até 13 de setembro, começa a “Entrada Livre” no Teatro D. Maria II onde, dentro e fora de portas, há conversas para partilhar, leituras para ouvir, música com DJ e a estreia de cinco peças, para assistir.
Por sua vez, de 18 a 20 de setembro, a “Cidade das Tradições” convida miúdos e graúdos de todas as idades, e toda a família, a participarem em diversas artes e práticas tradicionais do país, bem como a assistirem aos concertos de Amélia Muge, Danças Ocultas e Orquestra Filarmonia das Beiras, Toques do Caramulo e Canção de Coimbra.
O programa completo da 7.ª edição do Lisboa na Rua, aberto a todos, está aqui .
Agora é só marcar na agenda e celebrar o verão a céu aberto, até porque a entrada é livre. Ainda há desculpas para ficar em casa? •
+ Lisboa na Rua
Cartaz da autoria de João Fazenda
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