O conceituado realizador, produtor e argumentista francês é o padrinho da 16.ª edição do evento cinematográfico que irá percorrer o país de lés-a-lés e apresentará a sua mais recente longa-metragem na sessão de abertura desta festa que começa na capital portuguesa.
“Le dernier loup” ou “A hora do lobo”, inspirado no livro “Le totem du loup”, de JiangRong, é o título do filme de Jean-Jacques Annaud, que o irá apresentar na sessão de abertura da Festa do Cinema Francês, agendada para 8 de outubro, às 21 horas, no mítico Cinema São Jorge, na cidade de Lisboa. Presente estará também a atriz chinesa Ankhnyam Ragchaa, do elenco principal da longa-metragem que irá para as salas de cinema do país a 22 de outubro e deu o mote para uma exposição composta por uma seleção de imagens patentes na Sala Baleia, no piso 1 do Museu Nacional de História Nacional e da Ciência, do n.º 56 da rua da Escola Politécnica, em Lisboa, de 9 de outubro a 29 de novembro.
A co-produção franco-chinesa rodada na Mongólia conta a história de dois estudantes – um dos quais Feng Shaofeng, um grande defensor dos lobos – que, em 1967 – quando Mao Tse Tung implementa a Revolução Cultural na China –, são enviados para uma aldeia, com o intuito de ensinar as crianças e os jovens a ler e escrever. Fascinado com a inteligência e o poder de estratégia dos lobos – figura central desta longa-metragem –, Feng consegue ficar com uma cria sob o pretexto de a querer estudar, desenvolvendo uma relação de afeto que jamais esquecerá. Eis a súmula de uma das longa-metragens de Jean-Jacques Annaud, que adaptou “O nome da rosa” (1986), o romance de Umberto Eco, e “O amante” (1992), de Marguerite Duras, para o grande ecrã, e foi também realizador de “Sete anos no Tibete” (1997), protagonizado por Brad Pitt, entre outros.
Sobre a Festa do Cinema Francês, o evento integra, ente 8 de outubro a 25 de novembro, 18 cidades no roteiro – Almada, Aveiro, Beja, Braga, Caldas da Rainha, Coimbra, Évora, Faro, Guimarães, Leiria, Lisboa, Portimão, Porto, Santarém, São Pedro do Sul, Seixal, Setúbal, Viana do Castelo. Além das 177 projeções dos 60 filmes com uma grande diversidade de produção em género, entre os quais constam 41 antestreias e sete antestreias mundiais, dez filmes de animação e 15 primeiros filmes, há 40 sessões escolares, com o intuito de fomentar o interesse pela sétima arte no público de amanhã.
No âmbito do programa agendado para Lisboa (de 8 a 18 de outubro), destacamos a retrospetiva de Jacques Doillon, composta por oito filmes cuja projeção está co-organizada com a Cinemateca Portuguesa, de 10 a 17 de outubro. Realizador, actor, produtor e argumentista, Jacques Doillon iniciu a sua carreira no mundo da sétima arte como montador, em 1965, realizando a sua primeira longa-metragem em 1973 (“L’An 01”) e, em 40 anos, conta com cerca de 30 filmes, sendo considerado por muitos um realizador incontornável da história do cinema francês.
A somar ao Cinema São Jorge e à Cinemateca Portuguesa, a Festa do Cinema Francês engloba a Universidade de Lisboa, com um programa paralelo nos dias 5, 6, 8 e 15 de outubro, e a FNAC, por onde passará, de 1 a 15 de outubro, um ciclo de cinema francês, com Lisboa, Almada, Braga, Guimarães, Porto, Leiria, Coimbra e Faro na rota.
Organizada pela Embaixada de França, o Institut Français du Portugal e a rede das Alliances Françaises em Portugal, a Festa do Cinema Francês está a dois dias do início. Por essa razão, veja o programa por cidade e as informações úteis aqui . Marque na agenda e não fique em casa. Vá! •
+ 16.ª Festa do Cinema Francês
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