Nova viagem Alentejo adentro à mesa do Degust’AR Lisboa

Os produtos da maior região de Portugal continental protagonizam a ementa do restaurante que tem António Nobre como chef de cozinha. 
António Nobre é o cicerone dos produtos e sabores alentejanos

Quem conhece António Nobre sabe que este chef é um aficcionado pela gastronomia da região em que nasceu, o Alentejo. Aliás, sempre que alguém precisa da recomendação de um restaurante ou taberna alentejanos, eis que tem sempre um nome na ponta da língua. Tamanha dedicação à causa da gastronomia que reúne os distritos de Portalegre, Évora e Beja é comprovada com a missão de pôr em prática a missão de confrade da Confraria Gastronómica do Alentejo.

Os torresmos do rissol não podem faltar na ementa do Degust’AR Lisboa

Apesar de desenhar pratos com pequenos desvios, o chef António Nobre continua fiel ao seu Alentejo à mesa do Degust’AR Lisboa. O restaurante pertence ao grupo hoteleiro M’AR De AR, com epicentro na cidade de Évora, onde estão os hotéis M’AR De AR Aqueduto e M’AR De AR Muralhas, e a homenagem ao Alentejo é visível na decoração deste espaço aberto, em 2019, no n.º 63 da Rua Latino Coelho da capital do país. As fotografias da Praça do Giraldo, da Igreja de Santo Antão e da Sé, entre outras sobre a paisagem e as gentes do Alentejo, reflectem esse grande apreço.

Pleurotus do Alentejo grelhados e temperados com flor de sal

Mas é à mesa do Degust’AR Lisboa que se sentem os aromas e os produtos indiscutivelmente alentejanos. A começar pelos queijos de Serpa, de Nisa e de Évora, que espelham esta homenagem, bem como as saborosas e singulares empadas de galinha ou os pleurotus do Alentejo, que vão à grelha e são servidos com flor de sal e tomilho limão. Sem esquecer os inquestionáveis torresmos do rissol, com a crocância devida, tal como manda o saber-fazer de quem se dedica a preceito ao receituário da região. Outra sugestão para iniciar a refeição é o pica na tábua, composição que engloba secretos de porco preto, maionese de alho desidratado e pão alentejano torrado.

O roteiro gastronómico prossegue à boleia dos produtos regionais, com o tártaro do lombo de vitelão, sendo este picado à faca e envolvido em cebola roxa, cornichons, salsa, mostarda, gema de ovo trufada e chicória. As batatas fritas com orégãos fazem companhia a este prato. O bife da vazia do vitelão mertolengo DOP, com um molho elaborado a partir de 25 ingredientes, batata frita caseira e salada, é outra das recomendações a considerar pelos amantes das carnes. Entra ainda o jarrete (ou joelho) de porco cozinhado a baixa temperatura por 12 horas, com arroz carolino de lima

A delicadeza do prato de garoupa assinado pelo chef António Nobre

Do litoral alentejano, sobressaem os pratos de peixe, como o lombo de garoupa do mar, acompanhado de molho de lima, puré de cherovia, pão frito, couve pak choi e azeite de salsa, ou o lombo de pargo legitimo assado no forno, com toucinho de porco ibérico e arroz carolino de gambas e gengibre é de comer e chorar por mais.

Nascido em Beja e autor dos livros e autor dos livros “Chefes Portugueses, As melhores receitas” (2006) e “Entre Coentros e Poejos” (2010), o chef António Nobre revela que há um terceiro a caminho. Até lá, é de experimentar a nova ementa, sem deixar de parte a carta de vinhos, ao almoço e ao jantar de segunda-feira a sábado.

Bom apetite!

Restaurante Degust’AR Lisboa

© Fotografia João Pedro Rato

Já recebe a Mutante por e-mail? Subscreva aqui  .