Cercial, casta autóctone da Bairrada, marca a estreia deste desafio, com uma colheita de 2018, assinada pela enóloga desta casa vitivinícola, que, este ano, celebra o seu 85.º aniversário.
Esta primeira edição do Anima Mea é limitada a 1300 garrafas
“Sê todo em casa coisa./ Põe quanto és / No mínimo que fazes.” A frase, da autoria do ilustre escritor português Fernando Pessoa, está inscrita no interior da tampa da caixa, de cada garrafa do Anima Mea Cercial 2018 (€30), edição limitada a 1300 garrafas.
Anima Mea Cercial 2018 é, também, o primeiro vinho do desafio apresentado a Susana Pinho, pela Caves do Solar de São Domingos, situada em Ferreiros, no concelho de Anadia. “É um projecto mais pessoal, feito à minha imagem”, conta a enóloga, que, desde 2003, exerce o seu ofício nesta casa, onde a cultura da vinha e do vinho há muito está enraizada. Além da casta e dos talhões de vinha, “escolhi o rótulo, escolhi o nome”, reforça.
O arroz caldoso de marisco, do Solar dos Presuntos, em Lisboa, foi o prato eleito para fazer companhia a este vinho da Bairrada
É feito a partir de Cercial, casta branca autóctone da Bairrada e vindimada numa parcela situada na vizinha Outeiro de Baixo. Com estágio, de onze meses, em barrica, e 22 meses em garrafa, na prova, sobressai um aroma ligeiro a tosta, bem como a frescura e a acidez indissociáveis ao terroir da referida região vitivinícola, entre outros elementos organoléticos. Resultado? Este branco combina, na perfeição, com marisco e pratos de peixe. Tudo boas razões, para degustar em boa companhia, nestes dias soalheiros!
“Todos os anos, vai haver uma novidade”, no âmbito deste projecto do referido produtor vitivinícola. Para já, está garantido um espumante da colheita de 2020, mas o compasso de espera será alargado. O mesmo irá acontecer com os tintos deste novo projecto, criado pela Caves do Solar de São Domingos, que, a 26 de maio de 2022, comemora o seu 85.º aniversário e, até 2028, tem como objectivo regenerar e impulsionar o enoturismo.
Brindemos!