Novo álbum: Eigreen

Em janeiro prometiam novo álbum em plena primavera de maio. E em maio cumpriram. Trupe verde de palavra, ritmo seguro e identidade definida. Está aí “Eigreen”. O primeiro álbum homónimo dos conimbricenses Eigreen.

Por entre o sonho e o fresco verdejante do bosque, vindo do desejo de Francisco Frutuoso (voz, guitarra e teclado) de transpor o seu imaginário para a música, nasce o projeto Eigreen. Retidas no baú durante 8 anos, devido ao seu envolvimento noutras bandas – [este jovem músico não pára e acreditem que tudo o que nos tem dado de sonoridades tem ficado retido na nossa atenção e no ouvido – mas isto é para assunto para outras e futuras conversas, esperamos] -, à impossibilidade de gravação em estúdio e à insegurança de trazer a público uma criação tão pessoal, as canções foram descobertas pela sua irmã gémea Luísa Levi (voz) [nada como os irmãos para nos exporem], que desde logo as quis começar a cantar [e que voz tem a Luísa que, tal como o irmão, tem uma mão cheia de criatividade e ideias sonoras; no futuro, no futuro falaremos]. Daí foi um ápice até o convencer a juntar um grupo de amigos para lhes dar mais forma: Carlos Serra (baixo), João Ribeiro (guitarra) e Rui Pedro Martins (bateria).

Estava alinhado um quinteto. Foram lançando singles. Deram concerto de apresentação. Conquistaram-nos. Dizem-nos, nas suas palavras, que as composições de Eigreen vão desde o registo acústico ao dream rock, passando pelo trip-hop e downtempo. As paisagens cruzam riffs quentes e teclas elegantes. Um baixo apaziguante e um duo de vozes que nos deixa à deriva entre um bosque primaveril coberto de verdura fresca e, ao mesmo tempo, nos eleva a um céu longínquo onde voamos ao lado dos pássaros. O álbum de estreia, homónimo, cheg[ou] ao mundo e foi gravado nos estúdios Blue House e misturado por Niki Moss nos estúdios Pontiaq.
Nós dizemos que são composições que são um verdadeiro conjunto de “Chocolate Treats” (4.ª música do álbum) que comemos vagarosamente para aproveitar cada acorde, cada dinâmica, cada batida certa no prato. E tal como o chocolate (para nós Mutantes assumidos devoradores de cacau) é para repetir e voltar a saborear. Esta tablete gourmet de oito quadrados não sabe toda ao mesmo. Cada quadrado/treat um toque diferente e sempre bom, sem perder o fio condutor que o torna num trabalho coeso, o “tal” chocolate green, neste caso.

Continuam dizendo-nos que na natureza reside aquela dualidade que tanto intimida e assusta, como liberta. O primeiro disco de Eigreen carrega com ele uma mistura de uma ansiedade e libertação que se podem associar à natureza quando materializada por instrumentos.
Eigreen é um disco que absorve a alma e cuja alma pode engolir, também. [Como nós dissemos, é álbum para saborear, com alma]. Tal como a vida em si, que vem da mãe natureza, está dividido por diversas fases. Essas fases simbolizam a ligação entre Francisco e o disco e, por conseguinte, com a natureza. Cada fase tem interlúdios meramente instrumentais a separá-las umas das outras. Ascensão, Pico e Queda são as fases onde o sentir se defronta com criação, aventura, descoberta, paixão, admiração e capacitação. [Perante estas palavras… nada mais podemos ou devemos acrescentar. São o espelho do que ouvimos].

“It’s On”, primeiro single divulgado, marcou presença no disco Novos Talentos Fnac 2020. Em Janeiro deste ano lançaram o single “Into You” em exclusivo pela Antena 3, em fevereiro “White Sharks”, acompanhada de um lyric video e no passado dia 12 de abril mostraram “Dreamland” acompanhado de videoclipe.

Datas de apresentação de Eigreen
14/05 – Festival Fa Ce La, Lugo (ES).
20/05 – Festival Capote, Évora.
21/05, 16h30 – Fnac Almada, Almada.
21/05, 21h30 – Fnac Alfragide – , Lisboa.
22/05, 17h00 – Fnac V. Gama, Lisboa.

Para seguir de perto, os Eigreen com o seu Eigreen. Para ouvir e saborear. E à Luísa um obrigada por ter tirado as composições do Francisco do baú. •

+ Eigreen
© Fotografia: David Breda.

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