A Cas’Amaro marca presença no Alentejo com a estreia dos dois primeiros vinhos da Herdade do Monte do Castelête, localizada em Estremoz
“A Herdade do Monte do Castelête foi adquirida pela excelente localização, pela sua beleza natural e pelo valor inigualável do seu terroir”.
Rui Costa
diretor-geral da Cas’Amaro
Acresce dizer, no entanto, que ali não encontraram uma vinha enquadrada nos princípios basilares definidos para a Cas’Amaro, nomeadamente, o respeito pelas castas autóctones da região e o modo de produção biológico. Foi necessária uma intervenção que acabou por transformar as vinhas e a dar origem ao nome do vinho. Implante, “termo que reflete os processos de criação e prolongamento da longevidade das plantas, simbolizando a paixão do produtor pela inovação, com o cuidado de preservar a tradição”, conta Rui Costa.
Dois Implantes alentejanos

Dois tintos. À primeira vista, parecem iguais, mas por dentro são algo diferentes. No rótulo o que difere é o ano de colheita – um é de 2022 e o outro é de 2023, e tem escrito Field Blend.
Mas há outros detalhes que os diferenciam. O Implante Tinto 2023 foi produzido exclusivamente com a casta Tinta Caiada e estagiou cerca de dez meses em inox e seis em garrafa. O resultado é um vinho fresco que convida a beber.
O Implante Tinto 2022, foi elaborado a partir das castas Castelão (40%), Aragonês (40%), e Trincadeira (20%). Metade passou seis meses em barricas de carvalho usadas, enquanto a outra parte permaneceu em cubas de inox. Mantém a frescura e a secura do primeiro, dois atributos que já são considerados imagem de marca da Cas’Amaro; mas é um pouco mais encorpado.
Ambos os vinhos apresentam teor alcoólico de 13° e são certificados com a categoria vegan. Estão disponíveis para compra direta na Cas’Amaro e em pontos de venda selecionados. Os PVPs são: €10,30 para o Implante tinto 2022 e €11,60 para o Implante Field Blend 2023 (garrafas de 75 cl).
Um vinho branco estará a caminho. Aguardemos.
Depois dos Vinhos Verdes, Douro, Dão, Lisboa é a vez do Alentejo
Fundada por Paulo Amaro (leia aqui a entrevista), empresário com vasta experiência nos setores imobiliário e hospitalar, a Cas’Amaro nasceu em 2016 com a aquisição do Casal da Vinha Grande, em Alenquer, onde a antiga adega foi transformada numa unidade de alojamento de luxo com três quartos.
O conceito da marca é ter um conjunto de pequenas propriedades vínicas sempre com castas locais e de preferência menos óbvias, como a branca Sercial ou a tinta Bastardo. Agricultura biológica e vinhos com baixo teor alcoólico são características que se aliam à arquitetura, à arte e ao design, pilares da filosofia deste produtor, que tem como fundamento principal interligar a agricultura com o turismo.