Em 2025, Danças Ocultas comemoram 36 anos com Inspirar, o décimo álbum de uma distinta e produtiva carreira. Lançado no passado mês de maio, em Portugal com selo UGURU e internacionalmente da Galileo Music.
Depois de reveladas as datas oficiais de apresentação deste trabalho, que acontecem no âmbito do Misty Fest, em novembro (Lisboa e Porto), o quarteto anuncia agora dois novos espectáculos: no Teatro Aveirense, a 12 de dezembro — a mesma sala onde subiram ao palco pela primeira vez com as suas concertinas, em 1989 — e no Auditório do Conservatório de Música de Coimbra, a 13 de dezembro. Uma oportunidade dupla para testemunhar o mais recente repertório e a alma renovada do grupo, no lugar onde a sua música respira mais e melhor: ao vivo.
Inspirar é uma viragem artística e emocional que reafirma a identidade de Danças Ocultas, única na música portuguesa e reconhecida em todo o mundo. Com o acordeão diatónico como voz central, nesta nova obra assumem abertamente o conceito de criar tempo, luz e respiração. Elementos essenciais moldados em música crua, mas profundamente expressiva.
Composto por nove faixas e gravado na Biblioteca Manuel Alegre, em Águeda, representa ainda um recentramento na cumplicidade que tem caracterizado o quarteto composto por Artur Fernandes, Filipe Cal, Filipe Ricardo e Francisco Miguel, com um regresso à formação base, após diversas parcerias em discos anteriores.
Quase a completar quatro décadas, Danças Ocultas estão entre os representantes mais inovadores e emocionantes do panorama contemporâneo nacional. Com inspiração na música de câmara, no nuevo tango e em outros sons tradicionais urbanos, o seu “folk impressionista” resulta da exploração de novos caminhos para a concertina e da busca de possibilidades para libertar o instrumento do conservadorismo do folclore.
Em novembro, os quatro músicos apresentam Inspirar no Misty Fest 2025: dia 14, no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa; e dia 15, na Casa da Música, no Porto.
Concertos a ter de colocar na sua agenda cultural, sem demoras. Álbum a ter de descobrir e ouvir deste quarteto de exímios músicos, que continua a não baixar a bitola, álbum após álbum. •