Estamos feitos ao vinho… este Natal!

Quantos vinhos cabem no(s) sapatinho(s)? É a pergunta que se impõe, pois há a consoada e o Dia de Natal celebrados à mesa e em família. Sem esquecer os encontros de amigos de longa data que, por esta quadra, enchem as nossas casas de memórias dos velhos tempos. Por isso, há que ter o vinho adequado para cada momento, mas também para oferecer e beber mais mais tarde.
Tintos

{Douro}

Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional são as três castas do lote deste Cistus Grande Reserva tinto 2011 (preço sob consulta). De cor cereja muito escura, este néctar da Quinta do Vale da Perdiz – Sociedade Agrícola revela-se intenso no nariz, com notas a fruta preta muito madura, esteva, pimenta. Na boca é elegante. O final é prolongado. Recomenda-se um prato de bochechas de vitela com puré de castanhas e pimenta rosa q.b.. Harmonização à parte, este negócio remonta a 2000, pela vontade de António Augusto Fernandes. Actualmente, a área total de vinha, de cerca de 50 hectares, está repartida por seis propriedades localizadas no Douro Superior: Quinta do Vale da Pia, Quinta da Vergeira, Quinta das Chãs, Quinta da Ponte de Pau, Quinta do Reboredo e Quinta do Vale de Perdiz. Esta está situada a poucos quilómetros de Torre de Moncorvo, no coração da referida sub-região duriense. A vinificação é feita na Quinta do Reboredo sob a orientação do enólogo Manuel Angel Areal e a produção está nas mãos do filho do fundador, António Fernandes.

+ Quinta do Vale da Perdiz

Foz Torto Vinhas Velhas tinto 2016 (€33) é um DOC Douro feito a partir de vinhas velhas com mais de 60 anos vindimadas na Quinta de Foz Torto, localizada na sub-região de Cima Corgo. O aroma elegante com notas de fruta delicada e nuances de especiarias primam pelo equilíbrio no nariz. Na boca, sobressai o mesmo equilíbrio, desta feita, de fruta, e um final longo. A obra-prima é da autoria da enóloga Sandra Tavares da Silva. A propriedade é de Abílio Tavares da Silva que, há 14 anos, trocava o ofício de engenharia informática, exercido em Lisboa, por esta aventura vitivinícola, com a mulher, pediatra de profissão, pelos 14 hectares situados entre a cidade de Peso da Régua e o Pinhão, freguesia do concelho de Alijó, no vale do Torto, afluente do rio Douro.

+ Quinta Foz Torto

A cor púrpura muito profunda denuncia, logo, a variedade de uva utilizada nesta colheita de 2015 da Horta Osório Wines H.O: Sousão. As notas de frutos silvestres evoluem para notas de especiarias resultantes do estágio de 15 meses em barricas novas de carvalho francês. Na boca revela-se fresco, complexo e alguma rusticidade. O final de boca é prolongado. A feitura deste H.O. Sousão de 2015 (€23) foi supervisionado pela dupla de enologia João Brito e Cunha e Fernando Lázaro (residente). O produtor é José António Horta Osório que, em 2008, com 11 anos, regressou à actividade vitivinícola, com a remodelação da vinha e a soma de outras parcelas. A criação da marca H.O. data de 2010. A adega, projectada pelos arquitectos Frederico Valssassina e João Horta Osório, foi construída, em 2010, no topo da Quinta dos Osórios, a propriedade principal, com 35 hectares de vinha. A este número somam-se os quatro hectares de vinhas velhas da Quinta do Pontão, localizada no centro da Vila da Cumieira; dos 1,5 da Vinha do Rossaio, e dos restantes dez hectares de vinhas velhas espalhados em pequenas parcelas plantadas há mais de 70 anos.

Horta Osório Wines

O projecto duriense Lavradores de Feitoria celebra a maioridade com Lavradores de Feitoria 18.º Aniversário (€55). Este DOC Douro, uma edição comemorativa limitada a 700 garrafas, é feito a partir da casta Tinto Cão. A cor vermelho grená prima pela elegância no nariz, com destaque para aromas de frutos vermelhos envolvidos por especiarias. Na boca é intenso e denota notas aromáticas de frutos vermelhos bem maduros. É igualmente elegante no paladar e revela uma acidez equilibrada. O final é longo. Recordemos que a Lavradores de Feitoria reúne 17 produtores, proprietários de 20 quintas localizadas nas três sub-regiões do Douro: Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior. A direcção de enologia está nas mãos de Paulo Ruão.

+ Lavradores de Feitoria

A dupla de enólogos Jorge Alves e Celso Pereira comemoram, em 2019, 20 anos de Quanta Terra. Os vinhos que constam no portefólio de ambos reflectem o terroir mais antiga região demarcada do mundo no copo. À espera de tamanha celebração está este Quanta Terra Manifesto tinto 2015 (preço sob consulta), um DOC Douro feito em anos especiais. Na elaboração do lote constam três castas: Touriga Nacional, Touriga Franca e Sousão. Todas foram vindimadas no Vale do Tua e só há três mil garrafas deste vinho que acompanha carnes vermelhas, borrego e pernil de porco assado no forno. Bom apetite!

+ Quanta Terra

Quinta do Couquinho Touriga Nacional Reserva 2016 (preço sob consulta), feito sob a orientação dos enólogos Vítor Rabaçal e João Brito e Cunha, é o tinto que se segue. Aqui representado pela casta-bandeira do país e autóctone da região demarcada mais antiga do mundo, este vinho apresenta um aroma intenso de fruta bem madura. Os taninos suaves e envolventes destacam-se na boca, assim como a intensidade da fruta. O final é longo. Leve-o à mesa para harmonizar com pratos de carne de sabor intenso. O rótulo é baptizado com o nome da propriedade duriense de 70 hectares, localizada no Vale da Vilariça, no Douro Superior. Esta pertence, há mais de 200 anos, à família Melo Trigo que começou a engarrafar, em 2002, com marca própria.

Quinta do Couquinho

O 15.º aniversário do projecto Roquette e Cazes celebra-se com Roquette e Cazes tinto 2015 (€20), um DOC Douro elaborado com as castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz. Este trio de variedades de uva é proveniente de vinhas plantadas separadamente por talhões. Nos aromas são notóriasas notas de frutos silvestres tão características do Douro, além das nuances de especiarias. A história da dupla Roquette e Cazes remonta a 2002, ano em que Jorge Roquette, da Quinta do Crasto, e Jean-Michel Cazes, do Château Lynch-Bages, decidiram dar azo à criação de um vinho marcadamente duriense e, em simultâneo, caracterizado pela elegância dos néctares de Bordéus. Após os primeiro testes feitos nas quintas da família Roquette, o produtor francês adquiriu a Quinta do Meco, propriedade de 42 hectares, dos quais 23,5 são de vinha, localizada em Vila Nova de Foz Côa. Actualmente, são Tomás Roquette, no Douro, e Jean-Charles Cazes, em Bordéus, quem prossegue com esta história, lado a lado com os respectivos enólogos: Manuel Lobo e Daniel Llose.

Roquette e Cazes

{Dão}

A colheita de 2015 é a terceira edição do Quinta dos Carvalhais Único tinto (€80), o field blend feito a partir de Touriga Nacional, a casta-rainha do Dão, e Alfrocheiro. Desenhado pela enóloga Beatriz Cabral de Almeida, este néctar quer-se singular e fiel à sua região vitivinícola, daí a produção acontecer apenas em anos de “qualidade excepcional”. As notas de fruta preta e silvestre, e o toque mentolado são notórios no nariz; já na boca mostra frescura, elegância. Já que falamos em boca, vamos à mesa. Polvo à lagareiro, cachaço de porco assado no forno ou arroz caldoso de entrecosto são as propostas de harmonização com este vinho de edição limitada a 5.746 garrafas. Sirva-o entre os 15° e os 17° C. A Quinta dos Carvalhais, situada entre Mangualde e Nelas faz parte, desde 1988, do universo da Sogrape e é considerada a pioneira na vitivinicultura moderna do Dão.

Quinta dos Carvalhais

“Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante.” A frase de Antoine Sain-Exupéry, do livro “O Principezinho”, é dedicada a Rosa da Mata, nome pelo qual era conhecida Rosa de Jesus, avó de Patrícia dos Santos. A enóloga criadora deste Rosa da Mata Alfrocheiro 2016 (preço sob consulta) é, portanto, mais do que uma homenagem a uma mulher cujo carácter e o perfume “personificam” a casta portuguesa com que é feito este DOC Dão, de cor granada, com aromas a frutos vermelhos; na boca denota uma acidez equilibrada e frescura. O final de boca é persistente. 

+ Patrícia Santos

{Bairrada}

Nat’Cool tinto 2017 (preço sob consulta) é um DOC Bairrada integrado no projecto Nat Cool cujo conceito incide no “movimento de unidão entre diversos produtores com o objectivo de criar vinhos leves e fáceis de beber”. A explicação está na ficha técnica deste vinho feito a partir da Baga, a casta-rainha da Bairrada, vindimada em vinhas com idades compreendidas entre os 40 e os cem anos. A produção e o engarrafamento foi feito na Quinta de Baixo, de Dirk Niepoort, representante da quinta geração da família Niepoort em Portugal. De cor leve, este vinho revela-se frutado, fresco e floral. Na boca, estão presentes a fruta vermelha e as notas de especiarias características daquela variedade de uva. Perfeito para acompanhar peixe ou pratos leves de carne.

+ Niepoort Vinhos

{Tejo}

De cor granada profunda, o Falua Reserva “Unoaked” tinto 2015 (preço sob consulta), feito a partir da casta Touriga Nacional, é um Vinho Regional Tejo que se destaca pela minealidade e pelas notas florais a violeta, bem como a fruta preta. Na boca, revela-se elegante e intenso. À mesa remete para uma partilha harmoniosa com carnes assadas, pratos de bacalhau, peixe assado e enchidos. A Falua é o nome da empresa fundada em 1994 pelo produtor e enólogo João Portugal Ramos que, em 2004, mandou construir uma moderna adega, em Almeirim, comprada, em 2017, pelo Grupo Roullier, de origem francesa. Apesar das mudanças, os vinhos continuam a estar nas mãos da enóloga Antonina Barbosa. 

+ Falua

{Lisboa}

O Quinta do Monte d’Oiro Reserva tinto 2014 contém Syrah (96%) – a icónica variedade de uva deste produtor de Alenquer, na região dos Vinhos de Lisboa – e Viognier (4%). Ao contrário dos outros néctares desta lista, justifica-se a indicação das respectivas percentagens, uma vez que a segunda casta é branca, enquanto a primeira trata-se de uma variedade de uva tinta. A forte presença de fruta madura sobressai na nota de prova, bem como a pimenta preta e a madeira, elegantemente integrada neste vinho com um final longo. Os pratos de caça, os assados no forno, a carne estufada e guisada são recomendados para este legado de Baco desenhado pela enóloga Graça Gonçalves, com o apoio técnico do francês Grégory Viennois. À semelhança das novas colheitas recentemente apresentadas, o rótulo ostenta uma imagem renovada, com o propósito de “reorganizar o respectivo portefólio e a forma como este é comunicado ao mercado”. Conhecida, desde o séc. XVII, pelo seu terroir privilegiado, localizado a Sul da Serra de Montejunto, a Quinta do Monte d’Oiro pertence, há mais de três décadas, ao engenheiro industrial, viticultor e gastrónomo José Bento dos Santos que, em Janeiro de 2012, decidiu delegar o seu papel ao filho, Francisco Bento dos Santos. Na terra é praticada a viticultura cem por cento biológica (certificada).

Quinta do Monte d’Oiro

{Alentejo}

Dos solos xistosos da Herdade Vale d’Évora nasce o Discórdia Reserva tinto 2015 (€16,80), Vinho Regional do Alentejo feito a partir das castas Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Touriga Franca e Syrah. De acordo com as notas de prova, assume a cor granada escura e os aromas complexos, com notas de ameixa e tabaco; na boca revela estrutra e frescura. Discórdia é o único nome dado aos vinhos produzidos nesta propriedade integrada no Parque Natural do Vale do Guadiana, localizada a escassos quilómetros da vila de Mértola e adquirida, em 2009, pela família Alho. Miguel Alho, Paulo Teodoro Alho e, o mais recente sócio, Vítor Pereira prosseguem com a aposta na plantação de vinha e paixão pelo vinho nas terras agrestes do Baixo Alentejo. O vinho, desenhado pelo enólogo Filipe Sevinate Pinto, deve ser bebido à temperatura de 16°C e partilhado com os amigos ou guardado por mais uns anos.

+ Herdade Vale d’Évora

A cor granada e os aromas de ameixas frescas, fruta do bosque e o toque suave de especiarias abrem as notas de prova de Julian Reynolds Grande Reserva tinto 2008 (preço sob consulta), da Reynolds Wine Growers. Na boca, este vinho alentejano, produzido em Figueira de Cima, Arronches, no Alto Alentejo, apresenta-se estruturado e fresco; é elegante e tem um final persistente. Dos 200 hectares da propriedade, que recebe a influência do microclima da Serra de São Mamede, no concelho de Portalegre, 40 são de vinha. A família Reynolds instala-se no Alentejo, por decisão de Robert Reynolds que atribuiu, a esta região, a devida importância no que ao universo vitivinícola diz respeito. Desde então, o legado tem vindo a crescer com o empenho das gerações seguintes. As últimas três são homenageadas nos principais rótulos – Carlos Reynolds, Gloria Reynolds e Julián Reynolds – estando, este último, actualmente, à frente do negócio. De volta ao vinho, recomendam-se os pratos de carnes vermelhas guisadas ou assadas no forno, bem como os de caça ou de bacalhau.

+ Reynolds Wines Growers

Aragonês, Trincadeira, Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Petit Verdot e Merlot são as variedades de uva que dão corpo ao Marquês de Borba Colheita tinto 2017 (preço sob consulta). O DOC Alentejo do produtor e enólogo João Portugal Ramos, produzido na propriedade de Vila Santa, em Estremoz, destaca-se pela intensidade da fruta, os aromas de amoras, cassis e compotas e o equilíbrio entre a fruta, a acidez e os taninos suaves. Além desta novidade enquanto colheita, há ainda a boa-nova associada à renovada imagem do rótulo do Marquês de Borba a explicar a razão para este nome.

+ João Portugal Ramos

Brancos

{Vinhos Verdes}

É da Quinta de Santa Teresa, localizada na sub-região de Baião, pertencente à Região Demarcada dos Vinhos Verdes, que são vindimadas as uvas integradas na composição deste Singular branco 2017. A escolha constituída, sobretudo, por uvas de vinhas velhas submetidas à produção biológica, é feita pelo enólogo Fernando Moura. Desta composição resultou um néctar de cor citrina, aromas florais, nomeadamente de flor de laranjeira, ervas aromáticas e citrinos muito frescos. Na boca revela frescura, uma acidez viva e um final persistente. Altamente gastronómico, pode ser guardado por mais cinco a sete anos. O Singular é uma das referências vínicas do portefólio da empresa familiar A&D Wines.

A&D Wines

{Douro}

É nas vinhas da Sobreda e do Candedo, na Quinta do Vale D. Maria, na Murça, vila do distrito de Vila Real, que são vindimadas as uvas para o Vale D. Maria Rufo branco 2017 (€9,99). Aqui falamos de três castas autóctones do Douro: Arinto, Códega de Larinho e Rabigato. O objectivo é conceder acidez e frescura ao vinho. O resultado é um néctar fresco, com aromas a lima, limão e uma mineralidade marcante devido à Arinto. A autoria é de três enólogos: Cristiano van Zeller, Joana Pinhão e Francisca van Zeller. A Quinta Vale D. Maria está localizada no vale do rio Torto, no Douro. Os seus primeiros registos datam de 1868. A produção de Vinhos do Porto e de vinhos DOC Douro inicia-se com a colheita de 1996 sob a supervisão de Cristiano van Zeller, representante da 14.ª geração de produtores ligados aos néctares desta região, com particular destaque para a diversidade das castas durienses.

+ Quinta Vale D. Maria

{Dão}

A dois anos de celebrar o seu centenário, a Caves São João brinda 2018 com este 98 Anos de História (preço sob consulta), um branco da colheita de 2015 feito a partir de Encruzado, Cerceal Branco e Malvasia Fina. As três castas foram vindimas em propriedades do Dão supervisionadas pela equipa de enologia deste produtor com berço no concelho da Anadia, na região vitivinícola da Bairrada. Nos aromas, revela complexidade, com notas suaves de madeira; é caracterizado pela mineralidade e pelas nuances frutadas e florais. Na boca denota frescura e elegância. O final é persistente. A autoria é do enólogo José Carvalheira. A ligação com o Dão remonta a meados da segunda metade do século XX, aquando da criação da Porta de Cavaleiros por parte deste negócio familiar. Segundo reza a história, nesta região vitivinícola, era dada prioridade à Caves São João de escolher os melhores vinhos. Já à mesa, harmonize-o com peixe e carnes magras, ostras e queijo.

+ Caves São João

As raízes e as memórias de infância de António Vincente Marques pertencem ao Dão, para onde regressou com o propósito de retomar a paixão pela vinha e pelo vinho na família. Criou a marca Dom Vincente e com ela rotulou seis referências: três branco e outros tantos tintos. O escolhido é o Dom Vincente Reserva “Unoaked” Encruzado 2017 (€12), um branco feito a partir da casta que, invariavelmente, se associa a esta região vitivinícola. No nariz sobressaem os aromas minerais, frutados e florais típicos desta variedade de uva. A sua frescura revela-se na boca; é estruturado e delicado, denota volume e tem um final equilibrado. A capacidade de envelhecimento em garrafa é destacada pelo enólogo António Narciso, que quer “mostrar o Dão na sua essência”. Este vinho acompanha bem mariscos, pratos de peixe e os de carne mais leves, bem como queijos. A servir à temperatura de 10° C.

Dom Vincente

{Alentejo}

Coelheiros branco 2017 (€9,50) – com uma acidez equilibrada, notas cítricas e uma elegância na boca – é um DOC Alentejo elaborado com a casta Arinto vindimada na Vinha da Sobreira, pertencente à Herdade de Coelheiros. Esta propriedade familiar, do casal Alberto Weisser e Gabriela Mascioli, está localizada na aldeia de Igrejinha, no concelho de Arraiolos. No registo predial contam-se mais de 800 hectares, dos quais 50 estão ocupados pela vinha e 40 por um pomar de nogueiras. A somar a estas duas actividades, está a criação de animais com área reservada à pastagem de ovelhas, veados e gamos. O processo de criação do vinho é, por sua vez, supervisionado pelo enólogo Luís Patrão e o rótulo retrata os tapetes de Arraiolos, imagem assinada pelo designer Eduardo Aires.

+ Herdade de Coelheiros

Da Herdade do Esporão, localizada em Reguengos de Monsaraz, chega este Esporão Reserva branco 2017. Este DOC Alentejo, composto por Antão Vaz, Arinto e Roupeiro, apresenta notas de fruta amarela, toranja e limão, com nuances de especiarias e uma frescura aromática. A fruta nota-se também na boca, onde o vinho revela cremosidade, estrutura e volume. O final é longo. Já na garrafa, é exibido o rótulo da autoria de Albuquerque Mendes. O artista inspirou-se em artistas de pintura clássica imbuídos pela temática do vinho, o que resultou em aguarelas demarcadas pelo traço singelo e os tons suaves da paleta utilizada no seu ofício. A autoria do vinho é atribuída à dupla de enólogos David Baverstock e Sandra Alves (residente).

© Fotografia: João Pedro Rato

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