A cozinha do chef João Rodrigues ganhou um novo espaço no topo Altis Avenida Hotel, em Lisboa, onde o vinho e os cocktails fazem justiça a cada sugestão da carta, a par da música, elementar neste “miradouro gastronómico” a céu aberto.
A criatividade e a mestria na combinação de sabores é de João Rodrigues, chef do Feitoria, o premiado restaurante, dentro e fora de portas, do Altis Belém Hotel & Spa. A execução e experiência é de João Correia, chef do Rossio, o restaurante do Altis Avenida Hotel.
A carta de vinhos é da autoria de André Figuinha, o escanção e chefe de sala do Feitoria, e contém cerca de seis dezenas de referências do país e do mundo também disponíveis a copo. Os cocktails de assinatura são da barmaid brasileira Flavi Andrade. Aos quatro protagonistas juntam-se as sonoridade de uma playlist de autor e a presença, de quinta a sábado, de um DJ.
A vista privilegiada para o Castelo de São Jorge não deixa dúvidas: é para voltar!
Et voilá! Estão reunidos os ingredientes para passar começar uma tarde descontraída ou terminar uma noite glamourosa no Rossio Gastrobar. O mais recente “miradouro” instalado no sétimo piso do emblemático e recentemente restaurado e ampliado Altis Avenida Hotel, em pleno centro histórico da cidade, com vista privilegiada sobre o casario lisboeta, o Castelo de São Jorge e o Tejo.
Portanto, o Rossio Gastrobar é muito mais do que um bar. Há uma carta constituída por snacks para partilhar, para saborear e “especialidades” no pão – como a pizza que não parece uma pizza, mas sabe a pizza. Aos que querem ir mais longe, há comida de conforto e três sobremesas.
As falsas cerejas de foie gras são já um clássico do chef João Rodrigues e uma das opções para partilhar
Desta lista destacamos os mais emblemáticos ou não fosse esta composta por snacks que fizeram parte do “portefólio gastronómico” do Feitoria ao longo dos anos. É o caso das falsas cerejas de foie gras, o peixe da lota de Peniche, caviar e champanhe – um dos mais surpreendentes pratos do chef servido, em Março, no jantar de celebração dos dez anos do Feitoria – ou o carabineiro do Algarve aqui acompanhado pelo carolino de salicórnia queimada, duas das suas “criações” marcantes, apresentadas separadamente no restaurante premiado.
Crocante de camarão touro, coentros e lima são outra das opções para comer a dois
“A cozinha no Gastrobar pretende ser uma oferta descontraída, de partilha, com uma filosofia próxima àquela que implementei no Feitoria: produto português de estação e de produção consciente. Mais casual, como se democratizasse a cozinha do Feitoria”, esclarece o chef do premiado restaurante do Altis Belém Hotel & Spa.
Por fim, cada sugestão da carta é acompanhada por uma bebida recomendada.
O refrescante peixe curado e fumado, cebolinho e citrinos
Em suma, “a ideia é mostrar que se pode fazer uma cozinha baseada em bom produto e de estação num modelo diferente, com volume de vendas diferente. É ser coerente com o que defendemos e ter um fio condutor de pensamento entre os diferentes espaços. Quem visitar o Feitoria e o Gastrobar percebe que há algo que os une, mas cada com a sua identidade”, explica João Rodrigues responsável, também, pela escolha das loiças e restantes peças.
A Studioneves, de Cascais, dos designers Gabi Neves e Alex Hel foram os contemplados, assim como a artesã Sara Bozzini, que desenvolveu a Morsa – peça exclusiva do Rossio Gastrobar –, que permite sustentar os pratos na borda da mesa, de modo a ganhar espaço extra. As colheres e as facas em madeira utilizadas para barrar o brioche caseiro que acompanha as falsas cerejas de foie-gras são da Rival.
A reconfortante salada de couve flor, sésamo e avelã
Para quem julga que ser chef é “pêra doce”, torna-se indispensável conhecer todo o trabalho de bastidores de João Rodrigues, como “definir e orçamentar a equipa de cozinha, criar a carta, as fichas técnicas e o respetivo orçamento e foodcost, definir fornecedores e produtos, dar formação”, entre outros aspectos preponderantes no funcionamento deste novo spot lisboeta. Ao chef João Correia cabem outras funções igualmente pertinentes, já que tem a tarefa de “‘manter o barco a andar’ conforme planeado e resolver as questões do dia-a-dia”, além de que é “a cara visível diária do projecto”, diz-nos João Rodrigues.
A relação de cumplicidade entre ambos remonta há cerca de 20 anos, quando se conheceram na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril: “Fomos colegas de curso, embora ele seja mais novo do que eu, e fez a abertura do Altis Belém [& Spa] comigo. É mais fácil trabalhar quando as pessoas conhecem-se e respeitam-se.” Talvez essa seja a razão para implementar a mudança a médio prazo: “Com o tempo começará a participar no processo criativo e gostava que, daqui a dois anos, o Gastrobar já tivesse muito do seu cunho pessoal”, remata.
As sobremesas são de difícil escolha, por isso, deixamos o desafio para tentar adivinhar esta
A mesma precisão foi direccionada na selecção da loiça, desta feita, da autoria dos designers Gabi Neves e Alex Hel, da Studioneves, bem como nas colheres e as facas em madeira da Rival utilizadas para barrar o brioche caseiro que acompanha as falsas cerejas de foie-gras. Por sua vez, a artesã Sara Bozzini desenvolveu a Morsa – peça exclusiva do Rossio Gastrobar –, que permite sustentar os pratos na borda da mesa, de modo a ganhar espaço extra… em cima da própria mesa.
Quanto à decoração contam-se os nomes das arquitectas Cristina Santos e Silva e Ana Menezes Cardoso. Ambas decidiram privilegiar o espaço exterior com a predominância dos tons verdes. No interior salta à vista o balcão do bar em mármore, os cadeirões em veludo e os candeeiros dourados que conferem um toque de art déco.
Agora é ir e desfrutar. Bom apetite!