Eis o novo rótulo de um tinto especial da colheita de 2017, produzido a partir de uvas de vinhas centenárias da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, a propriedade vitivinícola duriense da família do empresário.
Américo Amorim “queria fazer a diferença em Portugal e no mundo”. As palavras são de Luís Amorim, filha do empresário nascido, em 1934, em Mozelos, no concelho de Santa Maria da Feira. Volvidos 19 anos, entra na direção da Amorim & Irmãos, Lda., a fábrica de rolhas da família Amorim. A viagem de carro pela Europa na companhia do tio Henrique e dos irmãos aguça o gosto pela geografia. A disciplina, aliada ao gosto pelas vendas, impulsionou o seu carácter empreendedor, dentro e fora de portas, incrementado na década de 1960, com a dinamização da indústria corticeira em Portugal, seguida de uma longa história que lhe confere o carácter visionário no mundo dos negócios. “Uma obra eterna”, conclui Luísa Amorim.
O prefácio é convertido na apresentação do vinho-homenagem a Américo Amorim, que manifestava um enorme gosto em trabalhar, com a premissa de que “ainda há muito para fazer”. A frase justifica o nome do rótulo: AETERNUS. A colheita é de 2017, ano do seu falecimento, mas também “das vindimas mais precoces de que há memória, no Douro”, de acordo com a ficha técnica deste vinho.
Feito a partir de castas autóctones do Douro proveniente de vinhas centenárias, de 2,5 hectares, plantadas nos socalcos da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, AETERNUS tinto 2017 (€140) é “um vinho de terroir, de pertença, de território”, segundo o enólogo Jorge Alves. A produção é limitada a 3.566 garrafas. A embalagem, com o interior em cortiça, harmoniza na perfeição com a identidade visual do vinho.
A produzir, apenas, em anos excepcionais, este tinto protagoniza a soma de mais uma referência no portefólio vínico da referida quinta do Douro adquirida, em 1999, pela família Amorim que, para o ano de 2020, reserva boas novas da Quinta da Taboadella. Localizada na Freguesia de Silvã de Cima, concelho de Sátã, na Região Demarcada do Dão, esta foi comprada em 2018, formando a tríade vitivinícola da responsabilidade de Luísa Amorim que, este ano, deu a conhecer novidades vínicas da Herdade Aldeia de Cima, propriedade da família desde 1994.
Brindemos!