Fomos à caça do Pica-Pau

Foi num domingo, tradicional dia de caça, deste ameno outono, propício para andar de bicicleta, que o nosso meio de transporte favorito, cujas duas rodas nos levam a muitos sítios, cumpriu novamente o seu dever, guiando-nos até ao restaurante Pica-Pau, no nº 27 da rua da Escola Politécnica, no Príncipe Real, em Lisboa.
Uma sala interior mais reservada, ideal para repastos de grupo

Lá chegados, reparámos que o restaurante estava cheio, o que não foi de admirar durante a refeição, de tão boa que era a comida. 

Portanto, pedimos um delicioso pão de Mafra, que veio quentinho para a mesa, acompanhado de manteiga Rainha do Pico e o chamado “molho Pica-Pau”, um ótimo molho da cozedura da carne.

Pouco depois, chegaram as entradas… uns maravilhosos croquetes de javali que estavam perfeitos: muito bem recheados com a carne muito tenra envolta numa camada de fina massa. Veio também um pica-pau de veado, uma carne peculiar, que só experimentando se consegue perceber o porquê, acompanhada de pickles de cenoura e couve flor. A redução do molho, no qual molhámos o pão, estava no ponto, algo tão bom não se pode desperdiçar.

Em seguida, vieram os pratos principais, os quais partilhámos. As bochechas do porco eram tão tenras que era possível desfazê-las com a língua e o puré de batata que acamava a carne tinha uma cremosidade perfeita, para além de ser delicioso.

Ao mesmo tempo, chegaram as pernas do cabrito, tenras, como é típico de uma boa cozinha, que descansavam numa cama de arroz de forno, um pouco tostado, mas sem estar seco, como acontece muitas vezes. 

Após nos deleitarmos com a comida, cujas doses chegavam perfeitamente para uma pessoa, não sendo exageradas (nós partilhámos duas porque já nos tínhamos enchido com as entradas), vieram as sobremesas. A minha mãe pediu uma pêra bêbeda fresca, que combinava bem com a substância da rabanada. Para o meu pai veio um leite creme fantástico, tendo em conta que quem vos escreve é uma pessoa que nunca tinha apreciado leite creme, a dizê-lo. Eu pedi uns pastéis de Tentúgal, recheados com doce de laranja.

Sala exterior onde almoçámos
Uns peixinhos da horta para relembrar como são
Bochechas do porco
Pernas do cabrito, prato do dia
A doçaria final

Por fim, acabada a refeição, voltámos para casa de bicicleta, como não podia deixar de ser.

HORÁRIOS
Segunda a quinta: 12h-16h | 19h-00h
Sexta, sábado e vésperas de feriado: 12h-01h
Domingos e Feriados: 12h-00h

+ Pica-Pau
+ Foto de entrada: Pica-pau de veado
© Fotografia: João Pedro Rato

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