Potencial de guarda é uma das características transversais à grande maioria das referências que se seguem. Mas todos prometem acompanhar a quadra festiva que se aproxima a passos largos. Sempre em boa companhia, porque o vinho quer-se partilhado e harmonizado com tempo e uma mesa farta em conversas, boa disposição e pratos a condizer. Brindemos!
Vinhos Verdes

É um lote feito a partir da casta Alvarinho, da sub-região de Monção e Melgaço. Denota uma acidez equilibrada, elegância e complexidade, com uma secura subtil, atributos ideais para acompanhar pratos de bacalhau e de carnes vermelhas. Trata-se de Patriam Alvarinho (preço sob consulta). Não tem ano de colheita e é da Quinta de Melgaço, projeto iniciado há 30 anos por Amadeu Abílio Lopes. Atualmente, conta com mais de 530 viticultores da Região Demarcada dos Vinhos Verdes e tem vindo a apostar na inovação no que à produção vínica diz respeito. A enologia cabe a Jorge Sousa Pinto e a Patrícia Peixoto.
+ Quintas de Melgaço

Vinhão é a casta eleita para o Quinta de Monforte Grande Reserva tinto 2021 (preço sob consulta). Este vinho, da Quinta de Monforte, localizada em Penafiel, revela aromas a frutos vermelhos e a notas de especiarias, bem como uma boa acidez. Com registo documentado desde 1683, a propriedade de Daniel Rocha é constituída por casa senhorial, cruzeiro e capela, jardins, pomar, floresta e vinha de 40 hectares de vinha, disposta em socalcos de muros constituídos por granito. Francisco Gonçalves é o enólogo deste projeto vitivinícola iniciado em 2014.
+ Quinta de Monforte
Douro

Tem dez anos e marca o tributo da família Guedes à mulher que contribuiu para a constituição da Sociedade Agrícola da Quinta da Aveleda. Chama-se Quinta Vale D. Maria Maria Helena van Zeller Guedes tinto 2014 (€200). É uma edição limitada a 1.068 garrafas, com uma caixa de cartão premium revestida, no interior, por um padrão exclusivo para esta garrafa. É um vinho com complexidade, equilibrado e textura sedosa, feito a partir de castas vindimadas num field blend de vinhas velhas da Quinta do Vale D. Maria, propriedade vinhateira do Douro adquirida, em 2017, pela Aveleda. À mesa, sirva com carnes grelhadas ou assadas e queijos de pasta mole. A enologia é da responsabilidade de Diogo Campilho e Rui Viana.
+ Aveleda

Feito a partir de uvas colhidas em vinhas com mais de 90 anos, da Quinta dos Frades (do século XIII), em Folgosa do Douro, no concelho de Armamar, sub-região do Baixo Corgo, Dona Sylvia Grade Reserva tinto 2017 (€52,30) é um exemplo de elegância, com notas de fruta madura e de especiarias, complexidade e estrutura. O lote desta colheita, da autoria do enólogo Anselmo Mendes (a quem já se juntou o enólogo Diogo Lopes), é feito a partir das castas tintas Touriga Franca e Tinta Amarela. Em paralelo, é uma homenagem a Sylvia Ferreira, esposa de Delfim Ferreira, grande impulsionador da história recente desta quinta, que adquiriu em 1941. À mesa, este tinto combina com pratos de caça, carne assada no forno e pratos regionais de sabor intenso.
+ Quinta dos Frades

Elegância, complexidade, madeira bem integrada e frescura. São estes os atributos do Quinta do Cedro Reserva tinto 2018 (€32). O vinho é produzido a partir das castas Touriga Nacional e Touriga Francesa. As uvas foram vindimadas na Quinta do Cedro, localizada em Soutelo do Douro, S. João da Pesqueira, na sub-região do Cima Corgo. A propriedade foi herdada por Leonor Sequeira, enóloga que soma 27 vindimas no currículo, feitas, entre outras, na Quinta dos Bons Ares, da Ramos Pinto, e na Quinta da Romaneira. Quinta do Cedro também é o nome do projeto vitivinícola do casal Leonor Sequeira e Filipe Carvalho, que, com a recente saída da The Fladgate Partnership, quer dedicar-se, a tempo inteiro, a este desafio familiar. Engarrafado em 2020, Quinta do Cedro Reserva tinto 2018 é a prova de que os vinhos precisam de tempo.
+ Quinta do Cedro

Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, tinta Barroca e Sousão, castas vindimadas na sub-região Cima Corgo, no Douro, são as castas que constituem o lote do Costa Boal Superior tinto 2019 (€18). Este vinho da Costa Boal representa a magnitude de um Douro pleno de elegância, taninos finos e uma acidez equilibrada. A enologia está nas mãos de Paulo Nunes, à frente está António Boal que, há 20 anos, isto é, em 2004, decide centrar-se na gestão das propriedades da família. Hoje, reúne, no portefólio da empresa, seis quintas de três regiões vitivinícolas do país: Trás-os-Montes, Douro e Alentejo.
+ Costa Boal

Os aromas a frutos pretos e as notas balsâmicas caracterizam o Quinta da Côrte Grande Reserva tinto 2019 (preço sob consulta), da Quinta da Côrte, localizada em Valença do Douro. Feito a partir das castas Touriga Franca e Touriga Nacional, este vinho apresenta-se longo e com persistência na boca. Combine com carnes assadas em forno a lenha e, no final da refeição, com queijos de sabor intenso ou guarde por mais uma dezena de anos. A propriedade dispõe de alojamento constituído por oito quartos, sala de estar e sala de refeições, onde a mesa do almoço e do jantar é palco de pratos tradicionais da região.
+ Quinta da Côrte

Produzido em homenagem a uma figura emblemática da história do Douro, Casa Ferreirinha Antónia Adelaide Ferreira tinto 2020 (preço sob consulta) é uma edição limitada a pouco mais de 2660 garrafas. Esta colheita foi feita a partir das castas típicas do Douro vindimadas em vinhas velhas da Quinta do Seixo, com 100 hectares de vinha e restaurante Sandeman Seixo by Vasco Coelho Santos, e da Quinta da Leda, com aproximadamente 80 hectares de vinha, localizadas, respectivamente, nas sub-regiões do Cima Corgo e do Douro Superior. As uvas foram vinificadas sob a supervisão de Luís Sottomayor, enólogo da Casa Ferreirinha, da Sogrape. Elegância e complexidade são dois atributos a destacar a respeito deste tinto.
+ Sogrape

Tartes de caça, carne de porco e de vaca assadas no forno são as recomendações para a harmonização com CV – Curriculum Vitae tinto 2020 (€100). Nesta equação gastronómica entra ainda o perú recheado, presente à mesa da noite da consoada em muitas casas do país. Este vinho da Van Zellers & Co. denota em notas subtis de fruta vermelha, taninos elegantes e uma complexidade que apetece explorar nos dias frios do ano. A enologia está nas mãos de Cristiano van Zeller – proprietário desta empresa fundada em 1620 e que lhe foi entregue em mãos, como presente de Natal, em 2017 – e Joana Pinhão. Do universo da Van Zellers & Co fazem parte a mulher, Joana van Zeller, e os filhos Francisca, Cristiano e João.
+ Van Zellers & Co.

Gouveio, Viosinho, Arinto e Rabigato são as variedades de uva que constituem o lote do Casa Velha Grande Reserva branco 2022 (€15), da Adega de Favaios. As notas cítricas, a frescura e a acidez deste quarteto de castas estão presentes neste vinho, que contou com a enologia de Miguel Ferreira, Filipe Carvalho e Rodrigo Poço. Favaios é freguesia de Alijó, na sub-região de Cima Corgo, considerada uma zona com condições edafoclimáticas ideiais para castas brancas e uma mais-valia para a Adega de Favaios, fundada em 1952.
+ Adega de Favaios
Dão

Frescura e acidez, elegância e complexidade são os atributos que melhor definem o Casa de Santar Vinha dos Amores Encruzado 2021 (€30), da Casa de Santar. A casta é vindimada na emblemática Vinha dos Amores, contemplada por quem está junto ao sobreiro centenário da propriedade, local de eleição para os piqueniques, entre outras atividades realizadas no âmbito do enoturismo. Já a história da Casa de Santar, uma das propriedades vitivinícolas mais icónicas do Dão, conta com 200 anos. Hoje, a Encruzado e a Touriga Nacional, as castas-rainhas da referida região demarcada, predominam na vinha da Casa de Santar.
+ Casa de Santar

Submetido a um estágio de oito meses em depósito de cimento do ano de 1939, este Cimento branco 2022 (preço sob consulta), da Magnum Wine, deixa transparecer as características das castas Cerceal Branco, Encruzado e Malvasia Fina. As notas de frutas tropicais revelam-se no nariz, enquanto na boca enaltece a untuosidade e a acidez e a frescura conferidas pelas três variedades de uva. Este vinho é feito a partir das uvas vindimadas na Quinta do Ribeiro Santo, localizada na freguesia de Oliveira do Conde, no concelho de Carregal do Sal, adquirida em 1994 pela família do produtor e enólogo Carlos Lucas.
+ Magnum Wines

Taboadella Caementa rosé 2021 (€15) marca a estreia dos rosés no portefólio da Taboadella, propriedade vitivinícola localizada em Silvã de Cima, Castendo, no distrito de Viseu pertencente à família Amorim, e que tem Luísa Amorim como CEO. A casta eleita é a Tinta Roriz, que confere mineralidade, frescura e, agora, uma acidez mais polida a este vinho delicado. A vinha, de sequeiro, ocupa 42 hectares da propriedade e é supervisionada pela responsável pela equipa de viticultura Ana Mota. Na adega, o trabalho é feito pela dupla de enólogos Jorge Alves e Rodrigo Costa.
+ Taboadella

Villa Oliveira Vinha Centenária Pai d’Aviz 2018 (€54,50) é feito a partir das castas Baga, Jaen, Tinta Amarela, Tinta Pinheira e demais variedades autóctones do Dão. Todas são colhidas manualmente numa vinha centenária situada no sopé da montanha, dentro da propriedade vinhateira Casa da Passarella, localizada em Lagarinhos, localidade do concelho de Gouveia, na sub-região Serra da Estrela. É um vinho em muito semelhante aos clássicos da referida região demarcada, com notas aromáticas de frutos silvestres, contido e complexo. Este é um dos exemplares da gama Villa Oliveira, que surge há 130 anos, a par com Villa Oliveira Vinha das Pedras Altas tinto 2017 (€54,50) e Villa Oliveira Touriga Nacional 2018 (€49). A enologia é assinada por Paulo Nunes.
+ Casa da Passarella

Caminho tinto 2022 (preço sob consulta) marca a estreia da Cas’Amaro no Dão. É feito a partir de Touriga Nacional, casta-bandeira, nas tintas, desta região demarcada. O lado balsâmico da referida variedade de uva e os taninos sedosos sobressaem neste vinho encorpado, que “pede” mais tempo para ficar em garrafa, bem como a companhia de carnes assadas no forno. As uvas são provenientes da Quinta da Fontalta, propriedade vinhateira localizada na margem direita do Rio Mondego, a escassos quilómetros de Santa Comba Dão. Nas novidades, aguarda-se o futuro boutique wine hotel da Cas’Amaro, cujo proprietário é Paulo Amaro. A enologia está entregue a Ricardo Santos.
+ Cas’Amaro
Tejo

Notas de pimenta preta, volume e complexidade sobressaem na lista de predicados do Detalhe Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon 2017 (€62,38), da Adega do Cartaxo, um vinho com potencial de guarda. Às características acima referidas é de somar a intensidade aromática das duas castas vindimadas na sub-região Cartaxo. À mesa, recomendam-se com pratos de sabor intenso e condimentados. A seleção da matéria-prima e todo o trabalho na adega foi determinado pelo enólogo Pedro Gil. Fundada em 1954, a Adega do Cartaxo conta, atualmente, com a produção de uva de 800 hectares de vinha, sendo a produção predominada pelos vinhos tintos.
+ Adega do Cartaxo

É na Quinta Dom Rodrigo, propriedade localizada em Casével, no concelho de Santarém, que são vindimadas as uvas das castas Alicante Bouschet, Caladoc e Merlot para o Quinta Dom Rodrigo tinto 2019 (€15). Saliente-se o aroma a fruta madura, o volume de boca e a barrica bem integrada, que conferiu complexidade a este tinto produzido sob a batuta do enólogo Ricardo Xarepe Silva. À mesa, reomendam-se pratos de carne ou peixe no forno, bem como tábuas de queijo. Sobre a quinta, cuja origem remonta ao século XVI, tem 90 hectares de vinha, dos quais 30 hectares são de vinha velha de sequeiro.
+ Família Cardoso

Localizada em Alpiarça, na margem Sul do Rio Tejo, a Lagoalva tem uma longa tradição ligada à cultura da vinha e do vinho. Hoje, dos 660 hectares, apenas 45 são ocupados por vinha, onde estão plantadas castas nacionais e estrangeiras. Desta dualidade de mundos varietais surge o Lagoalva Reserva tinto 2021, feito a partir de Alfrocheiro e Syrah (€9,90). Destaque-se o facto de uma das vinhas desta casta ter 40 anos, tendo sido esta a primeira vinha de Syrah plantada em Portugal. Em paralelo, tirar o partido das uvas está nas mãos da equipa de enologia constituída por Pedro Pinhão e Luís Paulino.
+ Lagoalva
Lisboa

As notas cítricas e as ligeiras nuances florais, estrutura e complexidade complementam a lista de predicados do Plátanos Viosinho 2015 (preço sob consulta). Este vinho é feito a partir da casta Viosinho vindimada na Quinta dos Plátanos, propriedade localizada na Aldeia Galega da Merceana, no concelho de Alenquer. Na história desta quinta, surge José de Menezes Jacques Lobo do Torneo, Visconde de Merceana, que desempenha um papel determinante no combate à filoxera, na segunda metade do século XIX, com a importação de um bacelo resistente a esta epidemia. As cocheiras e as cavalariças da época são, hoje, as salas de provas desta centenária casa vitivinícola.
+ Quinta dos Plátanos

Notas de especiarias, taninos sedosos e mineralidade constituem os atributos do Vale da Mata Reserva tinto 2021 (€26,10). Este vinho, feito a partir das castas Touriga Nacional e Tinta Roriz, vindimadas nos 3,2 hectares dos quatro hectares de vinha do Vale da Mata, plantados há cerca de 20 anos e localizados nos contrafortes das serras de Aire e Candeeiros, no concelho de Leiria. O rótulo do vinho retrata a forte relação entre Catarina Vieira, CEO da Rocim, à qual pertence este projeto, a respeito do qual também é responsável pela viticultura, missão que conta com a consultoria de Amândio Cruz. Com Pedro Ribeiro, Catarina Vieira partilha a missão de enologia.
+ Rocim
Península de Setúbal

Hexagon tinto 2017 (€89) é a mais recente colheita deste topo de gama da José Maria da Fonseca que, este ano, celebra 190 anos. O nome representa a sexta geração da família Soares Franco, representada pelos irmãos Domingos Soares Franco e António Soares Franco. Esta também é a razão pela qual é feito por seis castas: Touriga Francesa, Touriga Nacional, Trincadeira, Tinto Cão, Tannat e Syrah. Apesar de se manter afastado da enologia desta casa, este topo de gama preserva a assinatura e a dedicação de Domingos Soares Franco. Pratos de caça e queijos de pasta mole combinam com este tinto, com um potencial de guarda de mais de uma dúzia de anos.
+ José Maria da Fonseca
Alentejo

Notas de especiarias, frescura e elegância formam o trio de elogios ao Arché branco 2021 (preço sob consulta), da Herdade do Sobroso, ideal para acompanhar pratos de marisco e queijos de meia-cura. Este branco é elaborado a partir de um lote das castas Arinto e Antão Vaz vindimadas na vinha da referida propriedade de 1600 hectares localizada na sub-região da Vidigueira, no distrito de Beja, e representada pelo casal Sofia Machado e Filipe Teixeira Pinto, o enólogo responsável pelos vinhos. Há ainda o wine hotel, com 11 quartos e seis suítes, entre as quais está a principal e a master, e o restaurante de cozinha típica alentejana a conhecer.
+ Herdade do Sobroso

Adega Mayor Pai Chão Grande Reserva tinto 2020 (€70) é uma edição especial da Adega Mayor, localizada em Campo Maior, no distrito de Portalegre. Alicante Bouschet e Touriga Nacional são as castas que integram este vinho com notas de especiarias e de frutos negros envolventes. Caça e pratos de carnes assadas em forno a lenha são perfeitos para acompanhar este vinho, que é uma homenagem a Rui Nabeiro, rosto maior da Adega Mayor, agora representada pela neta, Rita Nabeiro. Na enologia está Carlos Rodrigues e o consultor Rui Reguinga.
+ Adega Mayor

Para comemorar os 20 anos de vindimas, Luís Louro decidiu fazer uma edição especial e limitada. Trata-se do Monte Branco XX Vindimas Foudre Premium Wine tinto (preço sob consulta). É feito a partir da colheita de 2017 de Alicante Bouschet envelhecido em foudre (grande barrica de carvalho), a qual foi refrescada com 10 por cento das colheitas de 2018, 2019 e 2020 de vinho elaborado com a casta Trincadeira. Com notas aromáticas de fruta negra, este tinto denota frescura e estrutura, que fica bem à mesa nesta época festiva.
+ Adega Monte Branco

Tapada de Coelheiros Cellar Release tinto 2013 (preço sob consulta) traduz-se no regresso, em 2024, de um clássico, o Tapada de Coelheiros tinto 2013, desta vez pelas mãos do enólogo Luís Patrão. Com notas terciárias em evidência, complexidade e textura sedosa, este vinho está perfeito para harmonizar com cabrito assado e queijos amanteigados. As uvas das castas Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet foram vindimadas na vinha de sequeiro da Tapada de Coelheiros, localizada em Igrejinha, no concelho de Arraiolos.
+ Tapada de Coelheiros

A casta Petit Verdot foi a eleita para a produção do Tapada de Coelheiros Taco tinto 2014 (€45). A referida variedade de uva da Tapada de Coelheiros foi colhida na Vinha do Taco, plantada em 2001 e considerada um dos maiores exemplos no que diz respeito à viticultura de sequeiro da propriedade. No nariz, sobressaem as notas de cassis e, na boca, revela uma textura aveludada, com um ligeiro toque terroso, com chocolate e fruta negra. O potencial de envelhecimento em garrafa é uma realidade neste tinto feito na Tapada de Coelheiros, onde a agricultura regenerativa é um compromisso diário com a Natureza, graças à intervenção contínua de João Raposeira.
+ Tapada de Coelheiros

A casta Sousão, vindimada em 2017, destacou-se pela qualidade, atributo que determinou a aposta num monocasta feito a partir desta variedade de uva e com seis anos de estágio em garrafa. O resultado é o Herdade Grande Late Release Sousão 2017 (€35), uma edição limitada a 2000 garrafas, com uma textura aveludada, complexidade, frescura e boa acidez. É um tributo a António Lança, proprietário da Herdade Grande e o pioneiro na plantação desta casta tinta no Baixo Alentejo. Localizada na Vidigueira, a Herdade Grande é igualmente palco de bem comer comida alentejana.
+ Herdade Grande

Ravasqueira Heritage tinto 2020 (€50) é a quinta edição desta referência da WineStone. Syrah, Touriga Nacional, Touriga Franca, Alicante Bouschet e Petit Verdot são as castas que constituem o lote desta colheita, que teve a cargo da equipa de enologia composta por David Baverstock e Vasco Rosa Santos. As notas de fruta preta, de especiarias e balsâmicas, e o lado terroso destacam-se neste tinto da WineStone. As uvas são provenientes do Monte da Ravasqueira, propriedade de 3000 hectares localizada no concelho de Arraiolos, onde as primeiras vinhas foram plantadas em 1998. Atualmente, a Ravasqueira possui 45 hectares de vinha.
+ Ravasqueira

Já Te Disse Grande Reserva Petit Verdot 2021 (€98,50) é o primeiro Grande Reserva da família de Pedro Patrício. Trata-se de uma edição limitada a 877 garrafas e o desenho do cão no rótulo é da autoria do arquitecto Álvaro Siza Vieira. É feito a partir da seleção de três barricas da referida casta tinta, que confere notas de fruta preta e nuances de especiarias, elegância e uma boa acidez a este vinho. A enologia está nas mãos de Joachim Roque. As uvas deste projeto estão na vinha de um hectare do Monte Papa Toucinho, com localização próxima a São Lourenço de Mamporcão, no concelho de Estremoz.
+ Já Te Disse

A dupla António Maçanita e Sandra Sarria elegeram a casta tinta Baga para fazerem os Mainada Baga 2021 (€24), da Mainova. Com taninos suaves, fresco e terroso, este vinho acompanha pratos de carnes vermelhas e queijos curados. À frente da Mainova, que é um negócio de família, está Bárbara Monteiro, a mais nova de três irmãs, que se entregou à cultura da vinha e do vinho na Herdade da Fonte Santa, localizada no Vimieiro, no concelho de Arraiolos. Comprada há 10 anos, tem 20 hectares de vinha. As castas foram selecionadas ainda com o apoio do viticultor inglês David Booth.
+ Mainova

Alicante Bouschet, Alfrocheiro e Syrah é o trio de castas selecionadas para fazer o Quinta do Quetzal Arte Selection tinto 2021 (preço sob consulta), da Quinta do Quetzal, na Vidigueira. No nariz, sentem-se as notas de especiarias e frutos secos; na boca, deixa transparecer nuances de frutos pretos e notas balsâmicas. Se não o guardar, experimentar saborear com pratos de carnes assadas e de caça. Esta referência é uma ode à arte que envolve o vinho e a gastronomia. O rótulo exibe a inspiração da obra “Deusa da Terra e da Fertilidade” da autoria da artista Müge Yilmaz