Até agora sem morada fixa, os vinhos Damasceno e Nocturno já podem ser apreciados com a tão merecida serenidade numa quinta convertida num espaço de enoturismo no coração da região da Península de Setúbal.
O sonho tornou-se realidade para Lício Cardoso, o produtor de uma família de produtores de uva que passaram a ter todas as razões para criar o próprio vinho e, mais recentemente, “passar a ter um negócio de A a Z”.
Assim, os vinhos Damasceno e Nocturno, reconhecidos no universo vínico dentro e fora de portas – Japão, Alemanha, Suíça, Bélgica, Reino Unido, Holanda, Brasil e o grupo Emirates – podem ser apreciados na renovada Quinta da Serralheira, a poucos minutos do centro da Vila de Palmela, recuperada e reconvertida em espaços reservados ao universo de Baco, como a loja de vinhos da quinta e produtos regionais, onde o tempo não conta, para que a prova decorra com a merecida calma e à qual se acrescentam workshops e degustações; um centro de estágio de barricas; e um edifício destinado a eventos, sempre sob o traço do rústico que comanda a terra que, do lado de fora, sustenta 2,5 hectares de vinha, de um total de 26 hectares onde predominam, sobretudo, as castas brancas. O próximo passo será a construção da adega, num pavilhão com cerca de 600 metros quadrados, e cuja conclusão está prevista para o início de 2017. Até lá, a vinificação é feita em Catralvos assim como estágio da produção vinícola.
Falemos dos vinhos Nocturno e Damasceno desenhados pelo enólgo consultor Nuno Cancela de Abreu. O primeiro possui a particularidade de ser feito por castas provenientes de colheita noturna e destina-se a um público mais jovem e cosmopolita – o branco é composto por Moscatel e Fernão Pires e o tinto resulta das castas Syrah, Castelão e Touriga Nacional. A juntar a ambos aguarda-se a vinda de um rosé e um tinto Reserva num futuro próximo.
Por sua vez, a gama Damasceno foi desenhada a pensar nos verdadeiros amantes do vinho, nos apreciadores mais exigentes. Quanto às castas, o branco é feito a partir de Chardonnay, Verdelho e Fernão Pires; o tinto resulta das castas Merlot, Syrah e Cabernet Sauvignon; o tinto Reserva regista a Touriga Nacional e a Syrah; e o rosé tem Syrah, Aragonês e Castelão.
Brindemos! •
+ Quinta da Serralheira
© Fotografia: João Pedro Rato
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