2013 o ano dos vinhos brancos / Bacalhôa

A Bacalhôa, empresa fundada em 1922, elegeu 2013 como o melhor ano para os seus vinhos brancos. Provenientes de cinco regiões, cada uma com as suas características únicas, foram nove os vinhos brancos apresentados na manhã do dia 7 de maio, no Museu Colecção Berardo, em Lisboa.

Os vinhos e os seus criadores: Hugo Carvalho, Francisco Antunes e Filipa Tomaz da Costa
Dão

Começamos pelo Dão, de onde nos chega o Quinta da Garrida, nome da quinta com solos graníticos, situada no sopé da Serra da Estrela. Este branco foi elaborado a partir da casta Encruzado, típica e exclusiva desta região e o estágio feito 60% em cubas de inox, enquanto 40% foi fermentado em barricas de carvalho francês, ao qual é feito battonnage (remexer as borras finas para incremento da estrutura gustativa do vinho) durante três meses.
Enólogo: Francisco Antunes / Álcool (%vol.): 13,5
Gastronomia: Combina com carnes leves, peixes gordos e saladas com marisco.

Bairrada

O Aliança Bairrada Reserva Branco 2013 foi feito a partir das castas Maria Gomes e Bical, castas brancas encontradas principalmente na região da Bairrada. Durante a vinificação existe uma maceração pelicular durante 12 horas, seguida de fermentação alcoólica a 16º C, aproveitando-se apenas o mosto lágrima mais puro.
Enólogo: Francisco Antunes / Álcool (%vol.): 12,5
Gastronomia: A acidez equilibrada deste vinho mineral e fresco combina com mariscos, carnes brancas, saladas leves, massas e aperitivos, como amendoins e amêndoas torradas.

Lisboa

De Óbidos, na região de Lisboa, uma zona muito fresca e húmida, situada perto da costa Atlântica, temos o Quinta dos Loridos Alvarinho, a casta branca portuguesa mais famosa e conhecida pelos seus vinhos frescos, complexos com boa capacidade de envelhecimento.
Enólogo: Vasco Penha Garcia / Álcool (%vol.): 13
Gastronomia: Para acompanhar com sopas, mariscos, peixe e pratos leves de carne.

Península de Setúbal

A Península de Setúbal é a região com mais representantes no portfólio de brancos da Bacalhôa. Assim temos:

Quinta da Bacalhôa branco, composto por 50% Sémillon, 25% Alvarinho e 25% Sauvignon blanc. Cada variedade foi vinificada separadamente respeitando o seu amadurecimento. Com um início de fermentação em cubas de inox, 10% do mosto da casta Sémillon fermentou e estagiou em barricas novas de carvalho francês, seguido de estágio de quatro meses com batonnage.
Enóloga: Filipa Tomaz da Costa / Álcool (%vol.): 13,8
Gastronomia: Combina com peixe de sabores intensos ou carne de aves e queijo DOP Azeitão.

Cova da Ursa, produzido 100% com uvas da casta Chardonnay, a qual apresenta uma fermentação e uma maturação integral em barricas novas de carvalho francês grão fino. Também à maneira tradicional, é feita diariamente batonnage, para uma maior complexidade de aromas e sabores.
Enóloga: Filipa Tomaz da Costa / Álcool (%vol.): 14,5
Gastronomia: A saborear com peixe de sabores intensos ou carne de aves e queijo DOP Azeitão.

Catarina, é um vinho produzido com as duas principais variedades brancas portuguesas da Península de Setúbal, Fernão Pires e Arinto, e a casta branca mais famosa do mundo, Chardonnay. Os mostos Fernão Pires e Arinto fermentaram separadamente, em depósitos de aço inox, enquanto parte do Chardonnay fermentou em barricas de madeira nova de carvalho francês, tendo estagiado nessas mesmas barricas por cinco meses com batonnage.
Enóloga: Filipa Tomaz da Costa / Álcool (%vol.): 14,2
Gastronomia: Para harmonizar com sopas e pratos de peixe, pratos leves de carne ou mais condimentados, dado o seu corpo e complexidade aromática, e para acompanhar queijo DOP Azeitão.

O JP Azeitão, foi produzido, em 2013, com 45% de Fernão Pires e 55% de Moscatel de Setúbal. As castas foram vinificadas separadamente, usando métodos suaves na prensagem e fermentações a baixas temperaturas para  conservar os aromas primários da uva.
Enóloga: Filipa Tomaz da Costa / Álcool (%vol.): 13
Gastronomia: bom acompanhante de peixes grelhados, saladas ou com aperitivos.

Alentejo

Por último, do Alentejo, chegam:

O Quinta do Carmo, produzido com uvas das principais castas brancas da região – Roupeiro (50%), Antão Vaz (30%) e  Arinto (20%) –, vindimadas na 2.ª quinzena de agosto, durante a noite, para proteger e preservar todos os aromas das uvas. As castas foram vinificadas separadamente e fermentadas a baixas temperaturas. Após uma prensagem muito suave, o mosto sofre uma decantação estática a frio, estagiando durante sete dias sur lies, a fermentação ocorre em cubas de aço inox com temperatura controlada.
Enólogo: Hugo Carvalho / Álcool (%vol.): 13,5
Gastronomia: A acidez equilibrada deste vinho mineral e fresco rima com mariscos, carnes brancas, saladas leves, massas e aperitivos, como amendoins e amêndoas torradas.

O Alabastro, composto por 50% Roupeiro, 30% Fernão Pires e 20% Antão Vaz. O método de produção é em muito semelhante ao Quinta do Carmo.
Enólogo: Hugo Carvalho / Álcool (%vol.): 13,3
Gastronomia: A equilibrada acidez deste vinho mineral e fresco casa bem com mariscos, carnes brancas, saladas leves, massas e aperitivos, como amendoins e amêndoas torradas.

Depois da prova, e para dar continuidade à filosofia da Bacalhôa – Arte, Vinho e Paixão –, houve uma visita, muito bem orientada, a algumas das obras de arte da exposição do Museu Colecção Berardo, seguida de um almoço/convívio bastante descontraído, onde foi possível conversar e avaliar os vinhos de uma outra forma. •

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© Fotografia: João Pedro Rato