O adeus de Vincent Farges sem regresso marcado

Depois de dez anos dedicados ao restaurante da Fortaleza do Guincho, o chef francês fez as malas e está de partida para as Caraíbas.

Foi no showroom da Bulthaup, no Chiado, e com uma vista primorosa sobre a cidade das sete colinas, que Vincent Farges, um dos principais impulsionadores da alta gastronomia em Portugal, fala sobre o quão marcante é a influência da cozinha portuguesa. Porém, chegou a hora de “decidir fugir”, desta feita para o Sandy Lane, um resort de luxo nas Barbados, nas Caraíbas, na América Central, onde não há “pressão das estrelas Michelin” e com um “objetivo claramente definido”, o qual consiste em melhorar a cozinha do hotel através de uma “cozinha internacional, de fusão, e realçar o nível do fine dining”.

Traçado o perfil estabelecido pelo chef francês, surgiu o convite do outro lado do Atlântico para um food tasting. “Ficaram encantados com o que fiz” e acrescenta a “motivação e uma boa ligação com o pessoal” da cozinha do resort.

Mesmo assim, Vincent Farges reforça o desejo de voltar e abrir um restaurante em Lisboa, “a médio prazo”, diz-nos, pois confessa sair de Portugal “com um aperto no coração”, apesar de antever um regresso, mesmo que por um período curto de tempo, para o verão de 2016, por ocasião da primeira edição do Festival de Bistronomie, no Porto Bay Liberdade, em Lisboa, para o qual foi convidado por Benoît Sinthon, do Il Gallo d’Oro, do Cliff Bay, na Madeira, um dos chefs presentes no evento de despedida de Vincent Farges, “um grande amigo e um grande chef”, razão pela qual fez questão que fosse a estreia do evento.

Até breve Vincent! Leia aqui a entrevista dada à Mutante em 2014 •

Sandy Lane
© Fotografia: João Pedro Rato

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