Parcela V tinto 2011 e reserva branco 2015 são as boas novas do projeto criado pelos irmãos Luís e Carlos Serrano Mira, em 1998, em Estremoz, no Alentejo, a somar a outras duas outras referências vínicas que estiveram à prova.
Herdade das Servas Alvarinho branco 2015 acompanha marisco, pratos de peixe grelhado e carnes brancas
Após a entrada do Herdade das Servas Alvarinho branco 2015 no mercado – “um Alvarinho alentejano”, como lhe chamou Luís Mira, até porque “não queremos que se note que seja da região de origem” sendo, por isso, “trabalhado de forma a que se noite que seja de uma região quente” –, eis a estreia de Herdade das Servas Reserva branco 2015, um lote feito a partir das castas Arinto, Verdelho e Alvarinho.
O Herdade das Servas Reserva branco 2015 é uma das estreias do projeto dos irmãos Serrano Mira
Sobre este reserva branco, um dos debutantes no portefólio do projeto de Luís e Carlos Serrano Mira, com entrada no mercado prevista para outubro e uma capacidade notável de evoluir em garrafa por mais um ano, é de salientar que a fermentação e o estágio decorreram em barricas novas de carvalho francês, tendo sido submetida a battonage (consiste em, com o auxílio de um bastão, agitar as leveduras que se depositam no fundo, para as que as mesmas se misturem no líquido) por nove meses.
Das uvas tintas colhidas em vinhas velhas, com mais de 70 anos, localizada na vinha do Monte dos Clérigos, em Borba, também no Alentejo, nasceu, por sua vez, o primeiro Herdade das Servas Parcelas V tinto 2011, que passa ter lugar no topo da lista de produção vinícola da dupla Serrano Mira e a ida para o mercado agendada para o mês que se avizinha. Demarcado por uma frescura fora de série, este vinho, feito a partir de uma colheita realizada há cinco anos, é o “orgulho” de Luís Serrano Mira, porque denota quão distintos podem ser os vinhos produzidos no Alentejo que, de acordo com estudos e investigações feitas ao longo de décadas, é uma região vinícola que remonta à era dos romanos.
Herdade das Servas Reserva tinto 2013 casa bem com umas bochechas de porco preto estufadas
Nos tintos há, por sua vez, uma nova colheita de Herdade das Servas Reserva tinto 2013 – o primeiro “nasceu” em 2003 –, um blend com predominância do Alicante Bouschet – “tem um perfil mais rústico, mas que melhora com os anos” –, ao qual se juntaram as castas Cabernet Sauvignon, Alfrocheiro e Aragonez, as quais podem variar de ano para ano, pois tudo depende da qualidade das castas.
O pisa a pé está na ordem do dia dentro da adega
No alinhamento das vindimas, época que se estende por todo o país, a Herdade das Servas elaborou um programa que vale a pena vivenciar, no qual não falta “pôr mãos à obra” e dar corda ao pés nos lagares – o convite é extensível aos mais novos que, de certo, irão gostar da experiência – para, de seguida, reconfortar o estômago com as iguarias do restaurante homónimo e desfrutar da paisagem e do sossego na esplanada da loja de vinhos. O melhor é ler o artigo sobre o programa aqui.
Relembramos que o projeto Herdade das Servas foi fundado, em 1998, pela dupla acima mencionada, no sentido de continuar um legado de gerações que reporta a 1667, ano em que há registo de que a família Serrano Mira já se encontrava na produção de vinho no Alentejo, zelando por um património que reúne 300 hectares divididos por sete vinhas – com destaque para a do Azinhal, da Judia, do Monte dos Clérigos e das Servas –, a somar a uma adega que recebeu as primeiras uvas em setembro de 2001 e que foi ampliada há pouco tempo, e à recente aposta na equipa de enologia composta por Luís Serrano Mira e Tiago Garcia e Ricardo Constantino, a jovem aquisição que faz a ponte com o trabalho na vinha, desta feita, ao lado de Carlos Serrano Mira que, desde sempre, teve o pelouro da viticultura nas mãos.
+ Herdade das Servas
© Fotografia: João Pedro Rato
Legenda da foto de entrada: Herdade das Servas Alvarinho branco 2015
+ Agradecemos à DS o apoio na realização da viagem, com o DS3 Cabrio 1.6 BlueHDI 120 Sport Chic
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