Agenda 2025

Notas rápidas do que se pode ir vendo e fazendo ao longo deste ano de 2025. Uma agenda em constante actualização…

JULHO 2025

música / Bill Callahan

Bill Callahan regressa a Portugal, em julho, para dois concertos especiais. Nascido no Maryland e sediado em Austin, no Texas (E.U.A.), Bill Callahan é um dos mais brilhantes cantores e compositores a emergir da cena indie-rock do fim dos anos 1980. Um mestre na arte da escrita de canções e detentor de uma voz grave e inconfundível, a lírica de Bill Callahan é profunda, intensa e intimista. Enquanto Smog, lançou vários álbuns aclamados pela crítica mas desde 2007 tem vindo a apresentar a sua música em nome próprio e em inúmeros outros projetos. 

Mais recentemente, em outubro de 2022 lançou “Ytilayer” e, dois anos depois, em julho de 2024, o álbum ao vivo “Resuscitate!”, que resultou de um dos espetáculos da digressão de “Ytilayer”, em Chicago. Nesse mesmo ano, lançou o EP “The Holy Grail: Bill Callahan’s “Smog” Dec. 10, 2001 Peel Session” e já em 2025 saiu o mais recente projeto musical colaborativo em que participou, Everything Is Recorded, centrado no produtor Richard Russel e com o título “”Temporary”, para o qual contribuiu em dois temas, “Porcupine Tattoo” (feat. Noah Cyrus e Bill Callahan) e “Norm” (feat. Bill Callahan), este último em tributo ao comediante favorito do músico e compositor, Norm MacDonald.

A primeira parte dos espetáculos será assegurada por Jerry David DeCicca, autor, songwriter, compositor e produtor de Bulverde, Texas, que trará na bagagem o novo álbum “Cardiac Country” (25 de abril, 2025).

10 de julho no Teatro Tivoli BBVA, Lisboa. / 11 de julho na Casa da Música, Porto.
+ Bill Callahan / Fotografia: DR.

ABRIL 2025

teatro / O Dragón de Ouro

Da Galiza chega, a Coimbra, o espectáculo O Dragón de Ouro, a mais recente produção da companhia Sarabela Teatro, sediada em Ourense. A fábula leva-nos para “algum lugar da Europa” onde existe um restaurante de comida rápida tailandês-chinês-vietnamita (“O Dragón de Ouro”). Na cozinha, um jovem chinês sente uma forte dor de dentes. Sem autorização de residência e sem dinheiro e, por isso, sem poder ir ao dentista, é ajudado pelos colegas, que decidem arrancar-lhe o dente. A história vai-se cruzando com as vivências dos restantes habitantes e frequentadores do prédio: um idoso que quer recuar no tempo; a sua neta, grávida e com um namorado que não quer ter filhos; um homem que foi deixado pela sua mulher; um comerciante enigmático que obriga uma jovem chinesa à prostituição; duas hospedeiras de bordo que comem no restaurante e encontram um dente que caiu na sopa tailandesa.

Com encenação de Ánxeles Cuña Bóveda, “O Dragón de Ouro” foi recentemente distinguido com quatro Prémios María Casares, atribuídos pela Associação de Actores e Actrizes da Galiza, nas categorias de melhor actriz secundária (Sabela Gago), adaptação-tradução (Catuxa Pato), iluminação (Laura Iturralde) e espaço cénico (Iris Branco).

Ánxeles Cuña Bóveda dirige actualmente em Coimbra uma outra peça do dramaturgo alemão Roland Schimmelpfennig, “O Grande Incêndio”, numa co-produção entre A Escola da Noite e o Sarabela Teatro que tem estreia prevista para a última semana de Maio.

Dia 17/04, pelas 21h30, no Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB), Coimbra.
+ TCSB / © Fotografia: Rubén Vilanova.


teatro / Tudo a Que Se Chama Nada

Carla Bolito é um dos nomes atuais do teatro em Portugal. Já participou em séries, telenovelas, no cinema, na dança e em muitas e variadas peças de teatro. Foi atriz em espetáculos de Lúcia Sigalho, Mónica Calle, Jorge Silva Melo, Carlos J. Pessoa, Richard Foreman, Rafaela Santos, Rita Natálio, Teresa Sobral, Martim Pedroso, Jorge Andrade, Tiago Rodrigues, Gonçalo Waddington e Miguel Loureiro. A atriz e encenadora Carla Bolito passou a “adolescência numa Coimbra efervescente”. Regressa a Coimbra como encenadora da peça Tudo a Que Se Chama Nada.

Na viragem do milénio, diz ter-se “atirado à primeira encenação, em parceria com Rafaela Santos: AREENA, cuja estreia teve lugar no Centro Cultural de Belém. A partir daí, passou a encenar esporadicamente e depois, com maior regularidade nos últimos anos.   

O espetáculo Tudo a Que Se Chama Nada é uma adaptação de duas peças de teatro de Nathalie Sarraute (Escritora francesa, de origem russa): “Por tudo e por nada” e “Aqui está ela”. Em “Por tudo e por nada”, dois homens quase terminam a sua longa relação de amizade por causa de uma frase; em “Aqui está ela”, um homem fica perturbado pela possibilidade de uma mulher ter ouvido uma conversa que ele acabou de ter com uma outra pessoa e pela ideia de que ela tenha ficado em desacordo com o que ouviu.  A junção destas peças procura acentuar o jogo das palavras no máximo do seu esplendor e no aparente e superficial “Nada” que as personagens vivem.  

Tudo A Que Se Chama Nada, adaptação de duas peças de Nathalie Sarraute, traduzidas por Ricardo Marques e Carla Bolito, com encenação de Carla Bolito e interpretação de Anabela Brígida, Álvaro Correia, João Cabral e Marcello Urgeghe, o desenho de luz é de Daniel Worm, cenografia de Carlos Bártolo, figurinos de Ricardo Preto, efeito sonoro de Rui Dâmaso, produção executiva de Lorena Pirro. Tudo A Que Se Chama Nada é uma coprodução Estado Zero/Teatro São Luiz com o apoio do Fundo Cultural da SPA. 

Dia 17/04, pelas 21h30, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), Coimbra.
+ TAGV / © Fotografia: DR.


Backyard ©Christoph Johann
cinema / European Outdoor Film Tour
Primeira vez em Portugal

O maior festival de cinema de aventura e natureza da Europa – European Outdoor Film Tour (EOFT) – estreia em Portugal no próximo dia 22 de abril, uma data simbólica, pois celebra-se o Dia Internacional da Mãe Terra.

O festival apresenta seis documentários que celebram a natureza, a superação e o espírito de aventura. O evento será apresentado por Veridiana Bressane, representante da associação GIRLS ON BOARD  — parceira do evento e organização que promove a igualdade no desporto, assim como outros valores fundamentais. Conta, ainda, com a presença especial da austríaca Anna Pixner, protagonista do documentário ANNA, que foi parcialmente filmado na nossa Serra da Estrela.

Os filmes são legendados em português e para maiores de 6 anos. Não perca cerca de 150 minutos de pura aventura.

Dia 22 de abril às 19h00, no Cinema São Jorge, em Lisboa
Bilhetes
+ European Outdoor Film Tour


viajem / Ruta de la Pasión de Calatrava

Dez pequenas aldeias da região de Calatrava, perto de Ciudad Real, em Castilla La Mancha, Espanha, proporcionam a única rota que permite conhecer como se celebra a Páscoa em cada uma delas, com os seus aspetos comuns, mas, também com a sua personalidade. Há seis aldeias onde se destacam os chamados “armaos”, uma réplica dos soldados romanos e judeus que, além de prender e chicotear, também cumpriram a sentença de morte de Jesús Cristo.

Na BTL, que decorreu em Lisboa no passado mês de março, assistimos à apresentação da Ruta de la Pasión de Calatrava e à atuação de um grupo de “armaos”. A curiosidade por conhecer mais sobre esta tradição, que remonta ao século XVI, e que quer ser reconhecida como Festa de Interesse Turístico Internacional, levar-nos-à ao Campo de Calatrava na próxima semana.

A Páscoa de Calatrava é uma oportunidade para conhecer o património cultural, natural e gastronómico que como identidade coletiva, dá forma a todos os municípios calatravos, herdeiros da Ordem Cisterciense de Calatrava, que a partir da sua sede original no castelo de Calatrava La Vieja, organizou a reconquista do Campo de Calatrava.

Acompanha-nos nesta viagem?

Dia 16 a 20 de abril no Campo de Calatrava – Espanha
+ Ruta de la Pasión de Calatrava
+ Programa


música / Nedyalko Nedyalkov Quartet

Ciclo Músicas do Mundo está de regresso à Fundação Calouste Gulbenkian com o Nedyalko Nedyalkov Quartet. Depois de atuar recentemente no prestigiado Théâtre de la Ville, em Paris, o agrupamento liderado pelo músico Nedyalko Nedyalkov, exímio intérprete da kaval (flauta tradicional dos Balcãs e da Anatólia), chega ao Grande Auditório para interpretar um programa com canções e temas instrumentais das várias regiões da Bulgária.

Nedyalko Nedyalkov é um dos intérpretes músicos mais destacados da música tradicional búlgara, com mais de vinte discos editados; um deles, “Dinastía Borja”, foi distinguido com um Grammy, em 2011. Em quarteto, o virtuoso músico, que já se cruzou em estúdio e em palco com o maestro Jordi Savall, apresenta um repertório profundamente enraizado no folclore búlgaro, combinando melodias tradicionais com arranjos contemporâneos.

Com a sublime voz de Stoimenka Nedyalkova e a mestria instrumental de Pétar Milanov (Tambura) e Martin Vladimirov (Gadulka), a música do Nedyalko Nedyalkov Quartet explora a riqueza cultural da Bulgária, um país que vale a pena descobrir no Grande Auditório através das suas tradições musicais.

Com digressões um pouco por todo o mundo e gravações para cinema e teatro, o Nedyalko Nedyalkov Quartet alia magistralmente a tradição e espiritualidade búlgaras a diferentes estilos, tais como o etno-jazz, world, barroco ou música antiga.

Dia 05 de abril pelas 21h00, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
+ Gulbenkian Música / © Fotografia: Nedyalko Nedyalkov Quartet, DR.

MARÇO 2025

música / Estaca Zero em Concerto(s)

No passado dia 14 de março de 2025, foi lançado o álbum de estreia “As Aventuras do Guitarrinho no País das Possibilidades” (com a chancela Antena 1), no qual o octeto de Coimbra, formado pelos profícuos músicos José Rebola (Anaquim), Pedro Damasceno (Diabo a Sete), Paulo Yoshida (Macadame), Ricardo Grácio ( Brigada Victor Jara), Filipe Ferreira (Anaquim), Daniel Chichorro (Almedina Ensemble), Diogo Miguel (Toeira Trupe) e Guilherme Pinto (Madressilva) lança-se numa aventura bem disposta, de cariz tradicional, que nos revitaliza e nos faz querer pular, de corpo e alma. E agora, é tempo de saltar para os palcos com este álbum na algibeira, começando em casa, em Coimbra.

Nestas primeiras aventuras, e inspirado pelo trabalho da Associação Cultural Museu da Música de Coimbra,  tem por base a criação de repertório para um instrumento quase esquecido: o Guitarrinho. Bebe das raízes tradicionais, mas estende-se para lá delas, incorporando na sua geografia elementos desde a percussão étnica até à guitarra eléctrica. Saltam de instrumento para instrumento, e esperem que com as músicas que fazem, o público salte com eles. Mas não se limitam apenas a música para dançar, propondo ao público outras sonoridades e outras geografias. Desde o folk puro e duro até aos temas mais cinematográficos, a viagem começa agora, na Estaca Zero.

Dia 30 de março17h00 e 21h00, Salão Brazil, Coimbra.
+ Estaca Zero / + Salão Brazil


leitura / Ler Teatro com Ciência

Esta semana a companhia de teatro Marionet volta a dinamizar a iniciativa Ler Teatro com Ciência, desta vez com uma sessão no bar Galeria Santa Clara, em Coimbra. Este ciclo bimestral teve o seu arranque em maio de 2021 e completará agora 24 sessões, nas quais quem participa pode juntar-se à leitura ou apenas assistir.

A obra escolhida para o dia em que se comemora o Dia Mundial do Teatro é “Gravity”, de Arzhang Luke Pezhman. Nesta data especial, o autor de ascendência iraniana fez questão de se associar ao evento e, na impossibilidade de se deslocar a Portugal, irá marcar presença através de vídeo-conferência, durante a qual será dinamizado um pequeno momento de perguntas e respostas.

protagonista desta peça de teatro é um professor de Física que, num ambiente pessoal e profissional complexo, tenta estabelecer uma ligação com os seus alunos. 

O livro está presente no Centro de Documentação em Artes Performativas e Ciência, uma biblioteca iniciada pela Marionet, em 2012, cujo espólio ronda 200 obras que cruzam teatro e diversas temáticas científicas. O texto a ler foi traduzido, do inglês para o português, por um grupo de pessoas voluntárias que integram o Projeto de Tradução Colaborativa, uma iniciativa inspirada em experiências de ciência cidadã. 

A participação tem entrada gratuita, sendo apenas necessária a inscrição prévia através do e-mail ler@marioneteatro.com. 

Dia 27 de março de 2025, pelas 18h00, Galeria Santa Clara – Coimbra.
+ Marionet / + Galeria Santa Clara
© Fotografia (pormenor): Francisca Moreira.


design / Trienal Internacional de Design da Covilhã

Arranca na próxima sexta-feira, dia 21 de março, a Trienal Internacional de Design da Covilhã, que apresentará oito exposições em doze locais diferentes da cidade, além de várias outras iniciativas que vão decorrer até junho de 2025.

Com o mote “Paisagens Têxteis”, a Trienal Internacional de Design é uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal da Covilhã, com organização da Ideias Emergente, e promete ser um marco no panorama cultural e criativo da região, do país e além-fronteiras.

Assente em projetos nacionais e internacionais de design, vai estar em vários pontos da cidade da Covilhã, afirmando-se também como um fator dinamizador das diferentes áreas urbanas.

Tem como curadores Vera Sacchetti e Frederico Duarte.

De 21 de março a 21 de junho em diversos espaços da cidade
+ Trienal Internacional de Design da Covilhã


animação / Ode Spring Market
Ode Winery

O Ode Market está de regresso a Vila Chã de Ourique, Santarém, no próximo dia 29 de março, sábado. Por lá, os visitantes poderão encontrar produtos frescos, azeites, doces, compotas, queijo e mel, além de artesanato, decoração, roupa e acessórios. A programação musical começa às 13h00, com a performance de Katana (Catarina + Ana), que levam ao Ribatejo uma mistura vibrante de sons alternativos, e às 16h00, a performance de Brandos Costumes por Pedro Paulos, sob o lema “música portuguesa para além dos hits”.

Haverá um Workshop Vínico sobre a casta Semillon, com a enóloga Maria Vicente, em dois horários disponíveis: 15h30 e 17h30. Os workshops terão um custo de 10€, sendo que os participantes poderão usufruir de 5€ de desconto no mercado, na compra de vinhos ODE take-away apresentando o voucher que lhe será entregue no workshop.

Durante o dia não faltarão petiscos e o restaurante da adega, Cellar Door, estará a funcionar a partir das 12h. Independentemente da escolha gastronómica, haverá um vinho Ode a acompanhar, com destaque para o Semillon, que pela sua frescura é perfeito para celebrar a chegada de dias mais quentes. O parceiro Fuzz do Cartaxo estará igualmente presente com os seus famosos cocktails.

As visitas à adega e suas caves, umas das mais marcantes da região, estão igualmente programadas para as 14h00, 15h00 e 16h00. A adega subterrânea, de inspiração gótica, surpreende pelo seu tamanho, e faz lembrar uma catedral, com diversos barris de carvalho e uma sofisticada sala de degustação. Estas visitas têm custo de 5€ e não incluem prova. Contudo, será oferecido um voucher do mesmo valor que poderão utilizar para a aquisição no mercado de vinhos ODE take-away.

Ao longo do dia, estão também pensadas diversas atividades para os mais novos, incluindo pinturas de rosto, jogos tradicionais e insufláveis, garantindo diversão para toda a família.

Ode Winery,: 20 de março, das 11h00 às 20h00
Entrada Livre
+ Ode Winery


gastronomia / Jantar Vínico
Vinhos da Quinta do Vallado no Bougain

Conduzido pelo enólogo do Vallado, Francisco Ferreira e por Eduardo Ferreira, sommelier do Bougain, o jantar promete uma harmonização perfeita entre dois clássicos: os aromas de uma das mais reconhecidas e antigas marcas do Douro e os sabores de inspiração mediterrânea que a chef Diana Roque escolheu para acompanhar.

Bougain: 26 de março, 20h00
+ The Pergola Boutique Hotel | Cascais Endereço: Av. Valbom 13, 2750-508 Cascais
+ Bougain
+ Quinta do Vallado


gastronomia / Food Love Fest
Herdade da Malhadinha Nova

O Food Love Fest, uma iniciativa do Turismo do Alentejo, é um evento gastronómico que celebra a fusão entre tradição, inovação e sustentabilidade ao qual a Herdade da Malhadinha Nova se associou. O momento é de celebração. A Malhadinha Nova renovou a sua Estrela Verde do Guia Michelin, uma distinção que reconhece os restaurantes que contribuem para uma gastronomia mais sustentável.

Para a festa, os Chefs Joaquim Koerper e Cintia Koerper, que há mais de uma década assinam a proposta gastronómica da Herdade, convidam Dieter Koschina (Chef do Vila Joya) e Rodrigo Madeira (Sous Chef Executivo na Discover Land Company) para um jantar a oito mãos.

Juntos, irão apresentar um menu especial, onde os produtos biológicos e autossustentáveis da Herdade – desde azeites e cereais a carnes, hortícolas e frutas – serão os protagonistas.

Food Love Fest na Herdade da Malhadinha Nova: 22 a 23 de março
+ Informações, programa e reservas
+ Food Love Fest


teatro / Quem Cuida do Jardim

Uma visão apocalíptica e distópica do mundo em vias de extinção, é a mais recente criação da Causas Comuns, onde se procura entender o «génio» da humanidade.

A possibilidade de um futuro colectivo na iminência da extinção em massa da humanidade é o que propõe a mais recente criação da actriz e encenadora Cristina Carvalhal e da companhia Causas Comuns“Quem Cuida do Jardim”. Depois da estreia em Vila Nova de Famalicão e de uma passagem por Loulé, o espectáculo chega finalmente ao Porto e a Lisboa, no Teatro Helena Sá e Costa, e no CAL – Centro de Artes de Lisboa, respectivamente.

Alice AzevedoBruno HucaCarla Bolito Diogo Freitas habitam o universo de “Quem Cuida do Jardim”. Entre estes quatro sobreviventes do colapso da civilização, inclui-se um exemplar de uma nova espécie de ser humano, criada em laboratório, destinada a repovoar a terra, e desenhada geneticamente segundo uma ética do cuidado. Sob a enigmática sugestão “devemos cuidar do nosso jardim”, resgatada à obra “Cândido ou o Optimismo”, de Voltaire, que Cristina Carvalhal dirigiu em 2008, os protagonistas tentam pensar o mundo, ou sonhá-lo, de forma a viverem o melhor possível. O texto parte de uma pesquisa sobre a trajectória das sociedades pré-históricas até à actualidade, com especial enfoque na Europa, questionando modelos organizacionais que perpetuam o colapso de populações, ecossistemas e saberes.Além das apresentações no Porto e em Lisboa, “Quem Cuida do Jardim” sobe aos palcos do Ponto C, em Penafiel, nos dias 6 e 7 de Junho, e do Teatro-Cine de Torres Vedras, a 14 de Junho.
Este espectáculo é uma co-produção da Causas Comuns, Momento – Artistas Independentes, Casa das Artes de Famalicão e Cineteatro Louletano.

Em cena: No Porto, no Teatro Helena Sá e Costa, a 08 e 09 de março – às 21h00 e 16h00, respectivamente; No CAL – Centro de Artes de Lisboa, entre os dias 14 e 25 de maio, de quarta a sábado às 21h00 e domingo às 16h00.
+ Causas Comuns


NA VAGA DE ROHMER – Escritos sobre (65) filmes | O ANO ZERO
Sessão de Lançamento do Livro 

O NA VAGA DE ROHMER (navagaderohmer.com ) decide dar um salto do digital para o livro e imortalizar à sua maneira 65 filmes, no seu primeiro ano de VAGAS: de SALA; de REALIZADOR DO MÊS; de CASA. São escritos (livres) sobre a experiência vivida perante cada filme, durante e depois, até ao momento em que se escreve. Não são críticas que quantificam e estrelam. Dos mais recentes filmes de W.Wenders, N.Moretti, J.Triet, W.Allen, K.Loach, N.Ceylan ou A.Kaurismäki, até ao repousar pelos cinemas de E.Rohmer, A.Farhadi ou L.Martel, vagueando também pelos DOCLISBOA’23, LEFFEST’23, Festa do Cinema Italiano’24 e IndieLisboa’24, esta viagem que une a escrita ao cinema, ou o cinema à escrita, faz-se ainda de outras boas descobertas pelo meio.

Segundo o autor, Stéphane Pires “Este livro não se dirige a investigadores, académicos e críticos depurados na área do cinema mas sim ao público, ao espectador de cinema: àqueles que buscam – sempre, muito, às vezes, excecionalmente, ou que tenham vontade de – vagas de cinema alternativo a Hollywood; àqueles que gostam de ler antes, depois, ou antes e depois, dos filmes que veem; àqueles que querem continuar a pensar o filme, sob outro olhar, outro sentir, outra perspetiva.”

Stéphane Pires é colaborador da Mutante onde também podem acompanhar os seus escritos.

26 de março, quarta-feira, às 18h30, na Casa do Comum
Rua da Rosa 285, 1200-385 Lisboa


teatro / Atrás da Felicidade pela Marionet

A mais recente criação original da companhia de teatro Marionet estreia para a semana, no Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB), em Coimbra. “Atrás da Felicidade” é um espetáculo escrito com base em testemunhos de pessoas que vivem e convivem com doenças reumáticas, em parceria com o Serviço de Reumatologia da ULS Coimbra.

Segundo o Encenador e Director Artístico da Marionet, Mário Montenegro, uma das finalidades do espetáculo é “aumentar a consciência sobre as doenças reumáticas e o seu impacto social“.

Prosseguindo o seu valioso trabalho de cruzamento entre teatro e ciência, recentemente reconhecido pelo Prémio Fundações, a Marionet “acredita que a partilha, em contexto teatral, de temas ligados às Ciências da Saúde, contribui para uma reflexão aprofundada e informada, que pode melhorar as circunstâncias pessoais e os contextos sociais em que determinadas doenças ocorrem“. Se ainda não conhece o trabalho desta companhia incrível, eis mais uma oportunidade. É a não perder, para a semana e descubra todo o percurso desta reconhecida companhia.

Sinopse
A origem etimológica da palavra doença está no termo latino dolentia, que significa sentir dor. E o sentimento de dor é muito presente nas doenças reumáticas crónicas. A dor é algo com que se vive e que se procura mitigar. É impossível sentirmos a dor de outrem. A dor de cada pessoa é única e intransmissível. Este espetáculo é conduzido pela ideia de tradução da dor. Nele representamos diferentes situações e circunstâncias relacionadas com doenças reumáticas, com o intuito de as tornar mais próximas de quem a ele assiste. Fomos guiados pela ideia de procura de felicidade, e uma conclusão inusitada a que chegámos foi a de que a dor e a felicidade são compatíveis.

Teatro da Cerca de São Bernardo – TCSB, Coimbra.
12/03, 21h30 // 13/03, 19h00 // 14/03, 21h30 // 15/03, 21h30 // 16/03, 16h00 (esta sessão de dia 16 inclui audiodescrição e interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Após a mesma, será realizada uma conversa informal aberta ao público em geral, mediante lotação do espaço). Classificação etária, M/12. Duração, aprox. 1h45.
+ Marionet / + TCSB


música / a Jigsaw

Dia 28 de março, os a Jigsaw comemoram 25 anos a fazer canções, com um concerto no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), onde aproveitam para juntar em palco amigos e parceiros que ajudaram a moldar o trajeto da banda. Profundamente inspirados pela música popular norte-americana, João Rui e Jorri deitaram mãos ao fascinante e inesgotável legado da folk, da country e do blues e continuam a tornar real o imaginário dessas raízes musicais e literárias. Este ano marca também o regresso à edição, com o seu 5.º álbum de estúdio, desta vez através da Lux Records e com lançamento previsto para o final de 2025. “Perfected Lies” coloca fim a um jejum de 10 anos de edição em nome próprio e será também o primeiro disco em que todo o processo de gravação, mistura e produção ficou a cargo da própria banda, e tudo feito em casa, em Coimbra, na Blue House.

28/03, 21h30, no TAVG, em Coimbra.
+ a Jigsaw / + TAGV


exposição / Seios, 300 desenhos
António Modesto

“Os 300 desenhos aqui expostos foram executados a lápis de cera sobre papel, entre 2010 e 2025, a partir da leitura do livro A Mulher Nua – Um Estudo do Corpo Feminino (2004), de Desmond Morris. São representações de seios de mulheres reais que tiveram sempre uma câmara – a fotografia – de permeio. Se a leitura do texto e as fases da morfologia dos seios humanos femininos me influenciaram nos primeiros desenhos, com o tempo o projeto foi adquirindo outras características, nomeadamente culturais. Assim, para além da expressão artística própria de cada desenho, e das evidências da fisionomia biológica, também podemos ler no seu conjunto uma metáfora da diversidade do Mundo: a forma, a cor/luz, o tempo, a estética, o adorno, a manipulação, o pudor, a exibição, a política, o erotismo, o alimento, a doença, a morte… “António Modesto, 2025

Para além da exposição foi publicado um livro que poderá ser comprado aqui .

Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva Jardim Botânico da Universidade do Porto
1 de março a 30 de abril de 2025
Terça a domingo, 10h00-13h00 e 14h00-18h00


música / BILL FRISELL TRIO
TAGV

Em março, destaque absoluto da programação JACC/Salão Brazil para o Bill Frisell Trio, com Thomas Morgan e Rudy Royston.
A apresentação será fora das portas, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), fruto de uma parceria cujo objetivo é a apresentação de espectáculos com figuras maiores da música internacional.

Ao fim de mais de 40 anos de carreira, Bill Frisell transformou a sua música e biografia numa extensa lista de elogios e prémios, deixando para a história o peso da sua importância no jazz contemporâneo.
A carreira de Bill Frisell como guitarrista e compositor tem uma sólida base, registada numa discografia que é das mais ricas do jazz contemporâneo e que se estende ao longo de quatro décadas. Um dos registos mais felizes dos últimos anos é o disco Valentine (Blue Note Records, 2020) o primeiro disco gravado ao lado do contrabaixista Thomas Morgan e do baterista Rudy Royston. O trio mostra uma sintonia espantosa, fruto de uma cumplicidade musical construída ao longo dos últimos anos. Tem como base um número significativo das composições de Frisell, assim como de um manancial incrível de standards do jazz, temas da música popular e da folk americana, permite ao trio navegar com extrema facilidade por territórios diversos, e também fazer incursões pelo desconhecido. O seu método assenta na interação, num modo quase conversacional que, fazendo uso da proficiência dos três músicos é capaz de entregar performances notáveis e que têm vindo a apresentar em numerosos concertos.

Em palco: Guitarra Bill Frisell; Contrabaixo Thomas Morgan; Bateria Rudy Royston.

12/03/2025 – 21h30, no TAGV, em Coimbra.
+ JACC/Salão Brazil / + TAGV


| Nascer do sol na Córsega © João Manaia Rato
viagens / BTL 2025

A 35.ª edição da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market decorrerá de 12 a 16 de março e tem como destinos convidados Cuba como Destino Internacional e Leiria como Município.

A participação de Cuba como Destino Internacional Convidado irá incluir uma presença reforçada com apresentações culturais e gastronómicas, bem como iniciativas especiais para promover o destino junto de agentes e dos visitantes em geral. Segundo Niurka Perez Denis, Conselheira de Turismo de Cuba para Espanha e Portugal: “A participação de Cuba como Destino Internacional Convidado na BTL 2025 é uma oportunidade única para mostrar a riqueza da natureza, cultura e do património deste destino, que se mantém na preferência dos portugueses”.

Para Gonçalo Lopes, Presidente da Câmara Municipal de Leiria, “Ser o Município Convidado da BTL 2025 é o reconhecimento do potencial de Leiria e uma oportunidade estratégica para afirmar esta região como um destino turístico de referência. Queremos posicionar Leiria como um destino de eleição, tanto para os portugueses como para os visitantes internacionais, promovendo uma oferta diversificada que alia património, cultura, natureza, gastronomia e mar. Estamos empenhados em proporcionar experiências autênticas e inesquecíveis, reforçando a notoriedade do nosso território.”

Promovida pela Fundação AIP, a BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market decorrerá de 12 a 16 de Março de 2025, na FIL – Parque das Nações.
Mais informações para expositores e visitantes podem ser encontradas no website da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market


música / Lizz Wright apresenta Shadow

Lizz Wright regressa a Portugal nos dias 16 e 19 março na Casa da Música e no Teatro Tivoli BBVA, respectivamente.

A aclamada vocalista Lizz Wright regressa a Portugal para a apresentação do seu novo álbum SHADOW, um disco de celebração dos seus 20 anos enquanto Artista. Lizz Wright é dona de uma voz inconfundível e convida o espectador para um momento especial, repleto de experiências únicas. Lizz procura ultrapassar as divisões sociais com uma oferta de amor e um profundo sentido de humanidade.
Através da música aceita a beleza da realidade e cria uma experiência coletiva de pertença para o espectador. As canções de Wright personificam uma tradição que nos permite sentir sempre em casa.

+ Lizz Wright

FEVEREIRO 2025

teatro / Marionet leva “Oxímoro” a Seia

Prosseguindo o seu trabalho de cruzamento entre teatro e ciência, a companhia de teatro conimbricense Marionet concebeu um espetáculo baseado na temática da saúde mental, mais concretamente na doença bipolar. 

No âmbito de uma parceria com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, a peça foi escrita por Mário Montenegro, que tem também a seu cargo a encenação. A criação, feita de raiz, inspirou-se num conjunto de entrevistas realizadas a doentes e profissionais de saúde, sendo o resultado mais um trabalho colaborativo que vem caracterizando o trabalho da Marionet.

Depois de ter estreado na cidade de Coimbra, em março de 2024, no Convento São Francisco, “Oxímoro, entre Solstícios e Equinócios” irá agora viajar até à Casa da Cultura de Seia, para uma apresentação única, a 08 de fevereiro.

Este espetáculo enquadra-se num conjunto mais alargado de produções artísticas que a Marionet tem desenvolvido no campo das Ciências da Saúde, focando-se em aprofundar a reflexão e o impacto público da intervenção teatral. Neste contexto, além da proposta artística, um dos objetivos de “Oxímoro, entre Solstícios e Equinócios” é contribuir para o aumento generalizado do conhecimento sobre a doença bipolar e para a redução do estigma que esta ainda lhe tem associado.

Dia 08/02/2025 – 21h30, Casa da Cultura de Seia // Classificação etária: M/14 Duração: aproximadamente 1h45 // Bilhetes: TicketLine  // Informações adicionais: 238 310 293 ou casacultura@cm-seia.pt. Leia mais sobre esta peça aqui.
+ Marionet // © Fotografia: Francisca Moreira


exposição / FLAMBOYANT de Joana Vasconcelos
(Patente até 31.07.2025)

Joana Vasconcelos é a protagonista de uma das exposições mais esperadas de Madrid em 2025Flamboyant, Joana Vasconcelos en el Palacio de Liria.

A exposição de Joana Vasconcelos no Palácio de Liria é um projeto único em que a artista nascida em Lisboa, uma das criadoras mais destacadas no panorama da arte contemporânea, intervirá nos salões e jardins do Palácio de Liria, fundindo-se com uma das mais importantes coleções histórico-artísticas privadas do mundo, que inclui obras de artistas como Velázquez, Goya, Rubens, Ticiano e Murillo. É a primeira vez que ela traz as suas obras para um grande palácio habitado, ao contrário de outras intervenções em espaços históricos, como o Palácio de Versalhes. Isto conferirá à exposição um diálogo especial, não apenas entre as suas obras e o palácio, mas também entre a própria artista e o Duque de Alba. 

A exposição estará aberta ao público no Palácio de Liria a partir de 14 de fevereiro e oferecerá também uma oportunidade única de explorar recantos menos conhecidos, como os deslumbrantes jardins — normalmente fechados ao público — onde os visitantes poderão maravilhar-se com algumas das obras mais icónicas da artista.

É uma honra apresentar o meu trabalho no Palácio de Liria, um local de profunda importância histórica e cultural, que alberga uma das mais prestigiadas coleções privadas de arte do mundo. Flamboyant procura estabelecer um diálogo entre a arte contemporânea e o legado intemporal do palácio, criando uma interação entre passado e presente que reflete a evolução dinâmica da cultura. As minhas instalações exploram esta dualidade, oferecendo novas perspetivas sobre a sua arquitetura, interiores e jardins. Ao unir o clássico ao contemporâneo, esta exposição aspira a homenagear o papel único do Palácio de Liria, tanto como guardião da história, como enquanto espaço de reinvenção cultural.” Joana Vasconcelos. 

Se lhe for possível uma viagem a Madrid, ou estiver pela capital espanhola, não deixe de visitar esta exposição mais que obrigatória: imperdível. Joana Vasconcelos continua a elevar a bitola da sua arte e nunca deixa de nos surpreender.

Patente de 14/02/2025 a 31/07/2025. A exposição abre ao público no dia 14 de fevereiro.
+ Palacio de Liria // + Joana Vasconcelos
© Fotografia: Joana Vasconcelos por Lionel Balteiro LaMousse.


música / Birds are Indie
“15 years of imposter syndrome”

Os Birds Are Indie, trio conimbricense composto por Ricardo Jerónimo, Joana Corker e Henrique Toscano, completam 15 anos de existência em 2025. Uma marca impressionante para uma banda que começou, em fevereiro de 2010, num quarto frio em Coimbra, entre uma guitarra desafinada e uma pequena pandeireta. Ao longo de uma década e meia, lançaram seis álbuns, vários EPs e singles, realizaram centenas de concertos por Portugal e Espanha, aprenderam a tocar vários instrumentos e até passaram a gostar de estar em palco. Mas, como confessam, nunca se livraram por completo da “síndrome do impostor”, uma sensação que deu nome às celebrações deste aniversário: “15 years of imposter syndrome”.
Para assinalar este aniversário nada melhor que concertos! Na primeira noite destas festividades quinceaneras, no dia 07 de fevereiro de 2025, contam com Bea Bandeirinha na 1.ª parte e no dia 08 de fevereiro de 2025 com Rapaz Improvisado, ambas as noites no Salão Brazil, em Coimbra.
As duas noites contam com convidados especiais que irão juntar-se ao trio em palco para revisitar a sua discografia, tornando estas atuações verdadeiramente únicas.

As celebrações continuam, depois, no Barreiro e em Évora… cidade Alentejana onde tudo começou (é ir às festas para ficar a saber como foi aquele primeiro concerto, na cidade do Templo de Diana).

Convidados especiais:
Ana Trindade (Marta Bajouco Trio), Bea Bandeirinha, Filipe Fidalgo (Filipe Furtado Trio/help!), Francisco Frutuoso (Eigreen/Human Natures), João Fragoso (Duques do Precariado), Joel Madeira (Rapaz Improvisado/Ricardo Grácio Trio), Leonel Mendrix (Rapaz Improvisado/Fio-Manta) e Sofia Leonor (So Dead/From Atomic) e Miguel Cordeiro. 

Abertura de portas: 21h30. Bilhetes: Estarão disponíveis nos dias dos concertos no Salão Brazil, a partir da abertura da porta e nos pontos de venda habituais.
Mais sobre Birds are Indie aqui.
+ Birds are Indie


exposição / Black Lies Matter
(Patente até 06.04.2025)

Convidamos todos a descobrir “Black Lies Matter”, uma exposição que ultrapassa os limites da estética para se afirmar como um espaço de reflexão e diálogo. Juntos, podemos transformar a arte numa ponte para a empatia e para a mudança – porque só através de um esforço colectivo podemos construir um mundo mais justo, consciente e inclusivo. Laura Leal, co-fundadora da Afrikanizm.

“Black Lies Matter” destaca as verdades não escolhidas ou as inverdades bem geridas da nossa sociedade. Rómulo Santa Rita, o artista por detrás da coleção, aborda vários temas como, a permanente miséria e desespero das comunidades africanas e a perpetuação da escravatura infantil, que são frequentemente ignorados pelas partes mais privilegiadas do mundo. O Artista critica a falta de empatia e a conversa sobre estas questões e enfatiza a importância de reconhecer e abordar estas mesmas questões para acabar com uma cultura de subjugação e desigualdade.

Rómulo Santa Rita nasceu em Lisboa em 1980. Como autodidacta, mudou-se para Luanda em 2011, onde encontrou a inspiração que o ajudou a definir as suas intervenções urbanas como expressões visuais da vida e do pensamento. Estas são depois materializadas através de composições baseadas em materiais alternativos como o cartão, livros com manchas de tinta acrílica e guache, e pedaços de revistas e papéis, que selecciona cuidadosamente de acordo com os temas políticos, sociais e culturais específicos abordados Rómulo Santa Rita tem vindo a afirmar-se cada vez mais na esfera do activismo, tendo recentemente criado obras de grande impacto utilizando a técnica de “Paper Street Art”. Mais sobre o artista pode ser lido aqui.

Abertura ao público a 02 de fevereiro de 2025, Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, Quinta da Fidalga, Seixal. A exposição estará patente até 06 de abril de 2025.
+ Afrikanizm Art / Imagem: Cartaz da Exposição (pormenor).

JANEIRO 2025

exposições /
Círculo de Artes Plásticas de Coimbra
(Patente até 26.04.2025)

Neste final de janeiro o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) inaugurará duas novas exposições que estarão patentes até 26 de abril de 2025: Adulterina, de Eugénia Mussa, e Manobra, de António Bolota.

Estas exposições apresentam perspectivas distintas e complementares sobre a arte contemporânea, oferecendo ao público experiências que exploram a pintura, a escultura e a relação com os espaços expositivos.

A exposição Adulterina, de Eugénia Mussa, propõe uma reflexão sobre a pintura contemporânea como um meio de subversão e criação, abordando temas como a relação entre o visível e o invisível. Segundo Daniel Madeira, a pintura não é apenas uma representação, mas um ato de transformação, que revela uma «visibilidade secreta das coisas». O título Adulterina inspira-se no significado de falsificação, remetendo para o potencial da pintura de reconfigurar e reimaginar a realidade, num diálogo que funde memórias, imagens e perceções. Nas palavras de Mussa: «São as tais coisas que não sei que sei.»

A exposição Manobra, de António Bolota, explora os limites entre escultura e meta-arquitetura. As suas obras confrontam o público com a instabilidade e a transitoriedade da matéria, desafiando as noções de permanência do espaço construído. Segundo Gabriela Vaz-Pinheiro, a obra de Bolota é «um minimalismo enganador», que vai além da arquitetura, projetando «um tempo que sentimos no e com o corpo». Sobre as obras em exposição, a autora acrescenta que «devolvem-nos também a profunda inquietação que advém daquela dúvida existencial (partilhada, mas não declarada) sobre a estabilidade da paisagem construída — sabemos, mas preferimos não pensar, que os edifícios facilmente se desmoronam».

Inaugurações a 25/01/2025:
Adulterina,
da artista Eugénia Mussa, terá lugar no Círculo Sereia, na Casa Municipal da Cultura, com inauguração às 16h00.
Manobra
, do artista António Bolota, abrirá ao público no Círculo Sede, na Rua Castro Matoso, às 18h00.
+ CAPC / © Fotografia: Sem Título, António Bolota – Tronco de árvore, construção de madeira e vidro temperado laminado, por Jorge das Neves.


“A Festa” / Teatro da Cerca de São Bernardo

A Escola da Noite recebe no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra, o espectáculo do Teatro das Beiras “A Festa”, com encenação de Maria João Luís. Escrita pelo dramaturgo italiano Spiro Scimone, a peça é simultaneamente humorística e trágica, convidando os espectadores a reflectir sobre a natureza das relações interpessoais e o significado de conceitos como família, amor e celebração.

De acordo com a encenadora desta nova produção do Teatro das Beiras, “A Festa” é “uma obra que explora temas profundos e complexos da vida familiar e social, através de uma narrativa aparentemente simples”: numa casa modesta, durante a celebração dos anos de casados, mãe, pai e o seu filho adulto confrontam-se com uma desavença familiar. Segundo Maria João Luís, a peça “apresenta uma crítica subtil, mas incisiva, das dinâmicas familiares, destacando a hipocrisia, os segredos e as frustrações que muitas vezes são mascarados por um verniz de felicidade e normalidade”. “Os diálogos são carregados de subtexto e ironia, reflectindo a complexidade e fragilidade das relações humanas” – acrescenta a encenadora. Estreada na Covilhã em Outubro de 2024, “A Festa” é a 118.ª criação do Teatro das Beiras, companhia que assinalou no ano passado os 50 anos de actividade.

O dramaturgo italiano Spiro Scimone nasceu em 1964, em Messina, cidade portuária da Sicília. Estudou numa escola de teatro em Milão e, juntamente com o seu colega Francesco Sframeli, representou autores como Beckett, Mrozek, Havel. Escreveu a sua primeira peça – “Nunzio” – em 1994, à qual se seguiram “Café” e “A Festa”. Estas três peças estão publicadas em Portugal, com tradução de Jorge Silva Melo, na colecção “Livrinhos de Teatro” (Artistas Unidos / Cotovia).

Sessão única – dia 23 de janeiro, 18h00, no Teatro da Cerca de são Bernardo.
+ Teatro da Cerca de São Bernardo / © Fotografia: “A Festa”, 02 – Ovelha Eléctrica.


Ler Teatro com Ciência / Marionet
“The Water Engine”, de David Mamet

No dia 22 de janeiro, a companhia de teatro Marionet volta a dinamizar a iniciativa Ler Teatro com Ciência, desta vez com uma sessão no Semente Atelier, localizado no Seminário Maior de Coimbra.

A obra escolhida para este encontro — onde quem participa pode ler, mas também apenas assistir —, é “The Water Engine”, do autor norte-americano David Mamet. A ação centra-se num jovem inventor que descobre uma forma de fazer funcionar um motor com água destilada. Inicialmente ridicularizado, é depois cortejado por advogados corruptos que tentam comprar-lhe a invenção, em nome de interesses comerciais duvidosos. Depois de recusar, é ameaçado e, quando tenta contar a sua história aos jornais, percebe que não é apenas a sua criação que está em perigo, mas também a sua própria vida… O jornal The Guardian definiu este texto como “propulsivo e caleidoscópico”. 

O livro “The Water Engine” está presente no Centro de Documentação em Artes Performativas e Ciência, uma biblioteca iniciada pela Marionet, em 2012, cujo espólio ronda 180 obras que cruzam teatro e diversas temáticas científicas. O texto a ler foi traduzido, do inglês para o português, por um grupo de pessoas voluntárias que integram o Projeto de Tradução Colaborativa, um projeto inspirado em experiências de ciência cidadã. 

22 de janeiro de 2024, pelas 18h00, no Semente Atelier, no Seminário Maior de Coimbra – Rua Vandelli, n.º 2.
Entrada gratuita (mediante inscrição – através do email ler@marioneteatro.com).
+ www.marioneteatro.com / © Fotografia: Carolina Costa Andrade.


“Aqui e em todo o lado” / José Pedro Cortes
Exposição de fotografia na Brotéria, em Lisboa
(Patente até 12.03.2025)

Inaugura no dia 30 de janeiro “Aqui e em todo o lado” a nova exposição individual de José Pedro Cortes, na Brotéria – Associação Cultural e Científica, em Lisboa.

Em “Aqui e em todo o lado”, o artista apresenta cerca de 25 fotografias inéditas que refletem sobre um tempo de incerteza e mudança. A relação do corpo humano com a natureza, e em especial com a água, é um tema constante na exposição, onde a ideia de imersão e suspensão cria uma sensação de sedução, mas também de ansiedade.

José Pedro Cortes tem vindo a desenvolver um trabalho em fotografia que se caracteriza pelo constante interesse pela observação do mundo que o rodeia. As suas imagens, fabricadas ou captadas por instinto, são subjetivas e políticas, inscrevendo-se numa tradição realista que aceita o potencial material e pictórico do quotidiano como espelho do mundo contemporâneo.  Em “Aqui e em todo o lado”, Cortes mostra-nos um conjunto de imagens que refletem sobre um tempo de incerteza e mudança. A relação do corpo humano com a natureza, e em especial com a água, é um tema constante na exposição, cujas ideias de imersão e suspensão criam uma sensação de sedução, mas também de ansiedade. 

Exposição patente na Brotéria, em Lisboa, até ao dia 12 de março. A entrada é livre.
Inauguração: 30.01.25, das 18h00 às 20h30
Visita guiada: 4.03.25, das 19h às 20h
Horário: segunda a sábado, 10h às 18h
Brotéria 
Rua São Pedro de Alcântara 3, 1250–237 Lisboa


NA VAGA DE ROHMER – Escritos sobre (65) filmes | O ANO ZERO
Sessão de Lançamento do Livro 

O NA VAGA DE ROHMER (navagaderohmer.com ) decide dar um salto do digital para o livro e imortalizar à sua maneira 65 filmes, no seu primeiro ano de VAGAS: de SALA; de REALIZADOR DO MÊS; de CASA. São escritos (livres) sobre a experiência vivida perante cada filme, durante e depois, até ao momento em que se escreve. Não são críticas que quantificam e estrelam. Dos mais recentes filmes de W.Wenders, N.Moretti, J.Triet, W.Allen, K.Loach, N.Ceylan ou A.Kaurismäki, até ao repousar pelos cinemas de E.Rohmer, A.Farhadi ou L.Martel, vagueando também pelos DOCLISBOA’23, LEFFEST’23, Festa do Cinema Italiano’24 e IndieLisboa’24, esta viagem que une a escrita ao cinema, ou o cinema à escrita, faz-se ainda de outras boas descobertas pelo meio.

Segundo o autor, Stéphane Pires “Este livro não se dirige a investigadores, académicos e críticos depurados na área do cinema mas sim ao público, ao espectador de cinema: àqueles que buscam – sempre, muito, às vezes, excecionalmente, ou que tenham vontade de – vagas de cinema alternativo a Hollywood; àqueles que gostam de ler antes, depois, ou antes e depois, dos filmes que veem; àqueles que querem continuar a pensar o filme, sob outro olhar, outro sentir, outra perspetiva.”

Stéphane Pires é colaborador da Mutante onde também podem acompanhar os seus escritos.

11 de janeiro, sábado, às 15h30, na Biblioteca / Espaço Cultural Cinema Europa.


Paisagens Construídas
Inês d’Orey expõe em Lisboa
(Patente até 29.03.2025)

A exposição PAISAGENS CONSTRUÍDAS inaugura no dia 11 de janeiro, às 16h00, na Fundação Marques da Silva, destacando dezasseis obras de arquitetura portuguesa, publicadas no livro homónimo de Valdemar Cruz e fotografadas por Inês d´Orey. As obras, selecionadas a partir da escolha de mais de meia centena de personalidades ligadas ao mundo da arquitetura, das artes plásticas, da engenharia e da fotografia, mostram os múltiplos e diversos caminhos, com amplo reconhecimento dentro e fora de portas, seguidos pelo(a)s arquiteto(a)s portugueses(as) desde o início do século XX até à atualidade. A partir de uma seleção inevitavelmente circunstancial e provisória, os edifícios aqui representados assumem um mínimo denominador comum assente no facto de se constituírem obras referenciais para a formação, conhecimento e estudo de sucessivas gerações de arquiteto(a)s.  

A exposição, com curadoria conjunta de Valdemar Cruz, Inês d’Orey e Luís Martinho Urbano, e design gráfico de André Cruz Studio, é uma iniciativa da Fundação Marques da Silva, organizada em parceria com a Zet Gallery. As fotografias expostas fazem parte da coleção do dstgroup e os desenhos são oriundos de vários arquivos nacionais.

No dia 11, às 16h, para assinalar a inauguração, decorrerá a primeira de cinco conversas programadas no âmbito de PAISAGENS CONSTRUÍDAS. Nesta sessão participam Valdemar Cruz, Inês d´Orey e André Cruz, denominadores comuns ao livro e à exposição. A moderação estará a cargo de Luís Martinho Urbano. A entrada é livre, sujeita apenas à lotação do espaço. 

Inauguração: 11 de janeiro, sábado, às 16h00
A exposição ficará patente ao público até 29 de março e poderá ser visitada de segunda a sábado, das 14h00 às 18h00 (último acesso às 17h30)
Fundação Marques da Silva | Praça do Marquês de Pombal | Porto 
Inês d’Orey


“Flores e outras pinturas” de Luís Paulo Costa na Galeria 111

“Flores e outras pinturas” é o título da primeira exposição de Luís Paulo Costa na Galeria 111.
O título Flores, corresponde a uma série de pinturas a óleo sobre papel, em pequeno formato, iniciadas no final de 2023, em Novembro, e desenvolvidas ao longo de todo o ano de 2024.
Serão apresentadas ainda quatro pinturas sobre tela de formatos maiores unidas pelo mesmo assunto. São céus pintados. Pinturas de céus. “É bom acordar, beber um café, olhar para cima e ver o céu, ver como o céu se dá a ver, uma coisa para partilhar, olhar o céu e seguir em frente. O dia está só a começar … “.

Inauguração: sábado, dia 11 de janeiro, das 16h00 às 20h00
Morada Galeria 111: Rua Dr. João Soares 5B, 1600-060, Lisboa
Horário Terça-feira a Sábado 10h00 às 19h00
Mais informações aqui .


“Poeta Pop” de Tristão de Andrade celebra portugalidade no palco da Fundação Oriente

“Poeta Pop” nasceu como livro e fez-se álbum musical. Mas é através do espetáculo ao vivo que o cantautor Tristão de Andrade exterioriza tudo o que vai na alma. Na sua e na lusitana. Numa ode às etapas de uma vida que espelha a multiplicidade de temas que, nos últimos 40 anos, construiu a portugalidade que temos por mais contemporânea.

A obra, com duração de uma hora e meia, sobe ao palco do Auditório da Fundação Oriente, em Lisboa, a 18 de janeiro (sábado), às 21h00. “Poeta Pop” é uma dose artística farta que liga o trabalho de 20 profissionais e que coloca à frente dos bastidores três intérpretes de guitarra de primeira água, dois bailarinos de encher o tablado e Tristão de Andrade  a cantar (com Daniela Miranda), e a declamar, as histórias que entrelaçam as suas memórias pessoais com reflexões sociais, poéticas e musicais.

“Procuro vestir a poesia com outra modernidade e trazê-la para a leveza dos nossos dias, porque a poesia está ao alcance de todos e pode ser sublimada até de um gesto aparentemente banalíssimo”, sublinha Tristão de Andrade.

“Poeta Pop”, de Tristão de Andrade
Auditório da Fundação Oriente, Lisboa
18 de janeiro de 2025, 21h00


Exposição/ YEPSEN(S) na Kubik Lisboa
Pedro Tudela & Sérgio Fernandes

“Num tempo marcado pela polarização ideológica, pela agudização das guerras culturais e pelo caudal ininterrupto de imagens fortes que animam a atualidade da economia digital (e a competição mediática no mundo da arte), entrevemos nesta exposição o horizonte de uma gravidade ancorada nas formas concisas de uma fatura de rigor oficinal face aos labirintos da criação, na lentidão do engendramento impercetível das subjetividades e de uma certa benevolência, contra o pano de fundo de um silêncio que transporta a violência dos séculos e a dor calada. Uma espécie de indiferença paisagística – indistintamente arcaica e urbana – que
podemos qualificar de existencial, ascética ou portadora de um anseio espiritual, mas invariavelmente participativa num esclarecido diálogo com a cultura técnica e a história das disciplinas.
Os dois artistas estabelecem nesta mostra um diálogo fraterno que congrega a pintura, o desenho sobre papel, a fotografia, o vídeo e objetos escultóricos, convocando ainda matérias como o metal fundido, o vidro soprado e o som. A aproximação das duas obras permite a iluminação mútua dos respetivos reportórios sob perspetivas renovadas e surpreendentes. Os motivos orgânicos ou vegetalistas nas telas de grande formato de Sérgio Fernandes, por exemplo, recordam alguma da pintura inicial de Pedro Tudela, em meados da década de 80, marcada pelo vocabulário sobrecarregado de um sensualismo (não sem ironia) barroco; enquanto a investigação sonora neste autor (mesmo se vertida em forma escultórica como os cinco galhos vazados em latão que evocam o pentagrama da notação musical) elucida sobre a dimensão tímbrica dos jogos de perceção cromática (as atmosferas, as texturas, as notas de cor, a “luz interior” que o brilho das velaturas em óleo por vezes oferece) em toda a amplitude do leque de reverberações sensíveis na pintura de Sérgio Fernandes.”

Excerto do texto ‘AS MATÉRIAS TEMPORAIS’ de João Sousa Cardoso

Exposição: Inauguração a 23 de janeiro, 18h00
Morada: Calçada de Dom Gastão, 4, porta 45 – 1900-194 Lisboa
Terça a sexta, 14h00 às 19h00 Sábados, 14h00 às 18h00
+ www.kubikgallery.com


Underdogs inaugura o ano de 2025 com exposição individual de Tamara Alves, “And Your Flesh Becomes a Poem”
(Patente até 08.03.2025)

A Underdogs começa 2025 com uma exposição a solo da artista Tamara Alves. Com inauguração agendada para o dia 24 de janeiro, pelas 18h, esta é a primeira exposição individual da artista nesta galeria desde 2020, e apresenta 27 obras que combinam desenho, aguarela, resina e madeira. Quanto aos temas que percorrem as criações, passam sobretudo pela vitalidade instintiva, o amor e as forças selvagens que moldam a experiência humana.

Na nova exposição “And Your Flesh Becomes a Poem”, a dualidade da condição humana mantém-se como um dos temas-chave da artista, a par da noite como cenário, dos instintos e da introspeção, em que somos confrontados com o que há de mais íntimo e verdadeiro em nós. A figura feminina continua a ser “foco central” no trabalho da artista, que considera ainda que nesta mostra, há uma “maior desconstrução da figura e um destaque maior à palavra”. Exemplo disso é o título da exposição, que vai beber ao poema do escritor norte-americano Walt Whitman.  

Exposição: Inauguração a 24 de janeiro, 18h00, patente até 8 de março.
Morada: R. Fernando Palha 56, 1950-132 Lisboa .
Horário: De terça-feira a sábado, das 14h00 às 19h00.
Entrada livre.


Já recebe a Mutante por e-mail? Subscreva aqui       .