Vinhos de veraneio: Vamos às compras?

Verão é, para muitos, sinónimo de descanso, de conhecer lugares encantadores, de dedicar o tempo à família e aos amigos, e de mais partilha à mesa, o mote para fazer a degustação néctares de Baco portugueses com a merecida calma.

(© Foto gentilmente cedida pela Quinta da Aveleda)

Iniciemos a viagem pela Região Demarcada dos Vinhos Verdes, com a boa nova da Quinta da AveledaAveleda Loureiro Colheita Selecionada 2016. Um monovarietal feito a partir de uma casta branca que reflecte o terroir desta parte do território português, rico em aromas exuberantes, assim como em notas florais e cítricas. Na boca, sobressaem pequenos apontamentos de fruta tropical, além da estrutura macia e frescura. Para degustar a solo ou num repasto descontraído ao ar livre e harmonizar com carnes brancas, peixes gordos, como o atum, e marisco, exemplos a somar ao sushi ou ao ceviche.

Preço: Sob consulta.
+ Quinta da Aveleda

(© Fotografia: João Pedro Rato)

O Douro é a região que se segue com Contraste rosé 2016, o mais recente elemento da família dos Vinhos Conceito – projeto familiar sediado em Cedovim, em Vila Nova de Foz Côa, no Douro Superior – desenhado pela enóloga Rita Marques, uma das figuras que se encontra na linha da frente da nova geração de enólogos portugueses. Sobre o vinho, há que realçar a personalidade da mais antiga região demarcada do Mundo, graças às castas autóctones Touriga Nacional e Touriga Franca, ambas provenientes de vinhas velhas cuja frescura e elegância combinam com pratos leves de peixe, marisco ou carnes brancas.

Preço: 9,90€
+ Conceito Wines

(© Fotografia: João Pedro Rato)

Ainda no Douro Superior, há que “passar” pela Quinta de Cidrô, da Real Companhia Velha, em São João da Pesqueira que, para este Verão em uma mão cheia de novas colheitas, com os monocastas de 2016 dos brancos Alvarinho (9€) – a prova da ousadia da vetusta Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro em usar uma casta da Região Demarcada dos Vinhos  Verdes no Douro, resultando num dos vinhos mais apetecíveis para esta estação, a servir com peixe e marisco grelhados –, Chardonnay (13,50€), ideal para pratos de bacalhau, mariscos e saladas, Gewurzträminer (13,50€), a combinar com sushi, pratos com caril e saladas à mesa, e Sauvigon Blanc (12,50€), a harmonizar com ostras, peixes grelhados e carpaccios.

A esta lista somamos o Quinta de Cidrô rosé 2016 (8,50€) elaborado pela dupla de castas autóctones do Douro Touriga Nacional e Touriga Franca, um vinho que pede comida, sobretudo pizzas, carpaccios e saladas.

Nos tintos, há o Quinta de Cidrô Touriga Nacional 2015 (14€), um tinto fresco e elegante, que vai bem com carnes vermelhas e queijos, e pratos de caça, caso consiga guardá-lo até à época venatória, e o Pinto Noir, de 2014 (15€), para decantar horas antes de o harmonizar com cabrito e cordeiro e, para quem resistir, empadão de perdiz. Aos (ainda) mais exigentes, recomendamos o Quinta de Cidrô Cabernet Sauvigon Touriga Nacional 2008 (16€), um prodígio da elegância duriense para degustar com carne vermelha, javali e perdiz.

+ Real Companhia Velha

(© Foto gentilmente cedida pela Croft)

No contexto de vinhos frescos e aromáticos, destacamos a ousadia da The Fladgate Partnership que realça o lado cool do Vinho do Porto com o Croft Pink, da secular Croft, com enoturismo na Quinta da Roêda. No alinhamento da versatilidade deste vinho de veraneio, está aberta a época de pôr em prática as receitas que o tornam mais apetecível, com o pink lemonade, o pink sunset ou o caipipink aqui , perfeitos para um piquenique ou uma festa marcada para o final da tarde com os amigos ou como aperitivo, na versão clássica do pink tonic, a servir antes de iniciar o repasto. Quem alinha?

Preço: 10€
+ The Fladgate Partnership

(© Fotografia: João Pedro Rato)

De regresso às novidades, apresentamos Meia Lua tinto 2015, o novo DOC Douro do produtor Lua Cheia em Vinhas Velhas concebido a partir das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca, um quarteto de castas que resultam num néctar de Baco de aromas de amora negra e mirtilo, notas florais discretas. Na boca denota estrutura, equilíbrio e corpo. Um tinto para as noites de Verão e degustar na companhia de pratos da cozinha mediterrânica e de queijos de pasta mole.

Preço: Sob consulta.
+ Lua Cheia em Vinhas Velhas

(© Fotografia: João Pedro Rato)

Desçamos para o Dão com uma novidade da Quinta Vale do Cesto, um projeto familiar recente da sub-região do Alva, rio que nasce na encosta sudoeste da Serra da Estrela e desagua no Mondego, atravessando a região, razão pela qual é homenageado na dupla branco e tinto Alva Magna cujas castas são provenientes de dois hectares de vinhas velhas localizadas em Oliveira do Hospital. Assim temos o Alva Magna branco de 2016, um vinho seco e persistente, equilibrado entre a madeira e a fruta, e com uma mineralidade e cremosidade que vai bem com carnes brancas e o Queijo da Serra. Já o Alva Magna tinto 2015 reflecte a juventude que o caracteriza, pelo que pode guardar a garrafa por mais tempo e acompanhar com carnes vermelhas.

Preço: 12€ e 13€ (respectivamente).
+ Quinta Vale do Cesto

(© Fotografia: João Pedro Rato)

Com os pés assentes no Alentejo, iniciemos o percurso em Reguengos de Monsaraz com Esporão Colheita, o dueto de vinho de lote feitos a partir de uvas submetidas às práticas de agricultura biológica da Herdade do Esporão, ambos com o sêlo de Vinho Regional Alentejano. O Esporão Colheita branco 2016 é elaborado com a casta Antão Vaz e desenhado pelos enólogos David Baverstock e Sandra Alves. Na boca, revela complexidade e uma textura cremosa, é fresco e destaca-se por um final intenso e persistente. O Esporão Colheita tinto 2015, cuja composição é formada pelas castas Touriga Franca e Cabernet Sauvignon e foi determinada pelos enólogos David Baverstock e Luís Patrão. Resultado? Um vinho que, na boca, é cremoso com um final persistente, mas dominado pela elegância.

Preço: 9,90€ (cada).
+ Herdade do Esporão

(© Foto gentilmente cedida pela Herdade da Malhadinha Nova)

Chega a vez de Albernoa, em Beja, onde entramos na Herdade da Malhadinha Nova, com este Monte da Peceguina rosé 2016, um Vinho Regional Alentejano da colheita de 2016 feito a partir de Touriga Nacional e Aragonez. Nas notas de prova redigidas pelo enólogo Nuno Gonzalez é dado destaque à elegância conferida pela fruta vermelha e pelas notas florais que, no conjunto, resultam num vinho fresco e requintado. Na boca, é notória a robustez da fruta que, aliada à frescura, conferem um perfil gastronómico.

Preço: 9,50€
+ Herdade da Malhadinha Nova

Agora, sim, tudo a postos para o Verão! Brindemos! •

© Fotografia: João Pedro Rato

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